Festa dos sinais.

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Capítulo está sem betagem.

Boa leitura💜

×××

A lei de Murphy diz que tudo que pode dar errado, dará. Ela só não especifica que tudo que pode dar errado no mundo, dará apenas na minha vida. Porque não é possível duas pessoas que se odeiam ficar presas, juntas, em qualquer lugar, como a cena clichê de um filme romântico.

Mas cá estou eu, surtando diante da porta trancada, repensando em todos os erros da minha vida que me trouxe até esse momento enquanto Park Jimin ri da nossa situação, como se fosse algo que realmente fizesse algum tipo de graça.

Em algum momento, não sei se depois de tanto se acabar de rir ou me ver ainda vidrado olhando as malditas portas duplas, o garoto parece enfim entender a real situação e para de rir.

— Princesa? — Sinto mãos em volta dos meus braços, me sacudindo sutilmente, mas ainda estou estatelado.

Como puderam trancar sem conferir se a quadra estava vazia?! Ah, mas com certeza isso deve se configurar em algum tipo de crime.

— Jungkook, você está bem? — as mãos sobem para meus ombros e passam a apertar com mais força.

Mesmo que o local seja enorme e com muita ventilação, ainda me deixa claustrofóbico pensar que estou trancado aqui.

— Ei, olha para mim! — Jimin dita, entrando em meu campo de visão. — Só respira, não precisa surtar.

Eu não vou surtar, já estou surtando!

O ruivo faz movimentos de sugar grandes lufada de ar pelo nariz e soltar pela boca fazendo um biquinho. Já conheço bem esse exercício, meu psicólogo me ensinou para usar em momentos de pânico, mas era engraçado ver os lábios rechonchudos do Park abertos como um O perfeito enquanto ele me olha com os olhos arregalados, esperando que eu o acompanhe.

E eu faço, o acompanho sem revirar os olhos ou fazer qualquer piada, o porque eu não sei, mas Jimin parecia empenhado em me acalmar que não pude afastá-lo.

Fora que se descabelar não vai ajudar a resolver nosso problema.

Mais calmo, pego meu celular no bolso, Jimin ainda está me tocando, mas não me importo. A única coisa que quero é sair daqui. Tento desbloquear o aparelho e nada acontece, continua com a tela desligada, várias tentativas depois e a ficha cai: a bateria acabou.

Sorrio nervoso. Sério isso? Justo hoje?!

— Você está com seu celular? O meu acabou a bateria. — pergunto, olhando diretamente nos olhos do ruivo que até agora não parou de me encarar e nem me segurar, parece realmente preocupado com algo.

Minha voz o faz sair desse estado de topor e ele se afasta, procurando na mochila pelo seu iPhone. Ele disca um número, e me esticou um pouco para ler o nome do Taehyung na tela, a ligação chama até cair, Jimin franze o cenho.

— Estranho... o Tae não atende, vou tentar de novo.

Jimin liga mais umas cinco vezes e a chamada não é atendida, eu já me remexe impaciente, roendo a unha do dedão durante todo o tempo.

— Deve ser por causa do "passeio" com a Yoone. — digo, e reviro os olhos.

— É, deve ser. — ele não parece muito convencido de suas próprias palavras. — Vou tentar o Félix.

Félix também não atende, isso só vai me deixando mais nervoso. Porque justo hoje todo mundo resolve sumir.

— Tenta outro amigo seu. — dito, impaciente, olhando a enorme quadra e vendo os últimos raios de sol passar pelas janelas, logo vai escurecer.

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