30- Descoberta

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(Ohana)

O por do sol reluzia dourado e alaranjado ao horizonte, marcando o início da noite da quarta-feira, Larissa e eu pela primeira vez em quase uma semana, desfrutávamos do sossego da nossa privacidade. Eu tinha aproveitado bastante esses dias, passeamos tanto pelas praias paradisíacas e descobrimos tantos lugares lindos nos embrenhando pelas trilhas que mal parávamos em casa. O sorriso manso que desabrochava em meus lábios era prova do meu deleite, porém a felicidade e euforia aos poucos se dissiparam dando lugar ao cansaço.

E, pelos deuses, a cólica que comecei a sentir naquela manhã piorava ainda mais o meu estado de exaustão. Subimos sem pressa pelo caminho que nos levava à entrada da casa. Larissa levou as nossas mãos unidas até os lábios e beijou os nós dos meus dedos com ternura.

— Temos a noite toda para nós querida— murmurou entre as carícias sopradas.

— Finalmente posso me enterrar em você sem precisar abafar os gemidos...

Desferiu os beijos suaves e molhados pela extensão do meu braço até afundar o rosto em minha nuca. Ela então enroscou a minha cintura e me levantou no colo, colidindo nossas bocas em um beijo voraz enquanto me carregava escada acima.

— L-Larissa— soltei um gemido e descolei nossos lábios — Não podemos...

Ela piscou alguma vezes, tentando compreender o significado das minhas palavras e me apertou forte contra si, expelindo o ar dos pulmões de forma audível.

— Não podemos o quê? — Franziu o cenho ao me por de pé para então segurar meu rosto com delicadeza, buscando em meus olhos uma resposta. Sentindo o meu rosto queimar em embaraço eu abaixei a cabeça e fitei meuspés.

— Eu, hã... Eu estou naqueles dias...

— Oh, Está tudo bem Honey. — Abraçou-me por trás, suspirando ao pé do meu ouvido

— Vamos dormir abraçadinhas então...

Bufei irônica, achando aquilo uma graça.

Duvidava muito que ela se contentaria em só dormir de conchinha por quatro dias!

Tinha certeza de que aquela mulher faminta não aguentaria por muito tempo. Logo pediria ajuda para aliviar seu tesão. Não que eu estivesse reclamando, eu adorava provar e explorar o seu corpo divino.

Larissa mordiscou minha orelha, eriçando todos os pelos da minha pele de forma deliciosa. E então nos deitou na cama, enlaçando minha cintura e menpuxando de encontro ao seu peito.

— Boa noite. — Desligou o abajur ao seu lado e nos cobriu com o lençol.

— Boa noite, Lari... — murmurei grogue de sono. Eu estava embarcando no torpor da sonolência quando lábios quentes resvalaram em minha face, trazendo-me de volta à superfície.

— Honey, está acordada? — sussurrou, seu hálito quente afagando o meu rosto.

— Hum... — bocejei — Por um fio...

Ela me beijou novamente e me aconchegou mais em si

— Esquece, amanhã conversamos.

Assenti suavemente, caindo em seguida nos braços de Morfeu.

[...]

Eu estava conversando com Marta na cozinha, bebericando o chocolate quente e esperando o pão de queijo assar no forno quando passos apressados retumbaram no piso de porcelanato em nossa direção.

— Bom dia... — Beijou o topo da minha cabeça e acenou para Marta

— Preciso correr agora, mas voltarei mais cedo para casa — Enterrou o rosto em meus cabelos novamente e me apertou contra si, a sua respiração agitada ondulava meus fios, provocando-me cócegas e me fazendo encolher trêmula em arrepio.

THE BEAST  -  OHANITTAOnde histórias criam vida. Descubra agora