Katsuki teve alta no sábado à tarde, a Recovery Girl fez uma última avaliação e concluiu que tava tudo certo. Graças ao poder de cura dela, os ferimentos se fecharam e as cicatrizes começaram a se formar. Ele não quis ver, não só porque nem fodendo que ia ficar se olhando sem blusa na frente de um espelho, mas também porque… ele não quer se lembrar do tamanho da merda que isso foi.
Katsuki conseguiu sentí-las ao tocá-las brevemente, protuberâncias borbulhando nessas costas macias e fortes. Tsk, mesmo quando ele voltar pro próprio corpo, não vai conseguir esquecer disso, imagina ela que vai ver essa merda sempre que tirar a roupa e se lembrar do quão escroto e imbecil ele é.
Mas é melhor assim, Katsuki nunca teve problema pra lidar com gente que o odeia, ela vai ser só mais uma. Pelo menos a Uraraka já entendeu e não foi tão simpática, doce e gentil na última vez em que eles se viram. E logo ela nem vai ligar, ocupada demais com o Deku, e ai daquele nerd maldito se não deixá-la feliz como ela merece.
“Quanto antes tudo isso acabar, melhor.” Como sempre, ela tá certa. E “antes” não vai demorar. Assim que Katsuki foi liberado, o Aizawa marcou uma reunião com os pais dele e os dela, explicou sobre a individualidade da Menina Unicórnio e marcou a data para levá-los até o instituto de pesquisas da U.A.: essa segunda, depois de amanhã.
Ele ainda passou um monte de instruções sobre o sigilo da coisa toda, explicou que todo mundo que sabe da troca de corpos assinou um termo de confidencialidade: o cagueta dos tentáculos, o Meio a Meio, a Rabo de Cavalo, o Deku maldito e o Kirishima não vão poder falar sobre isso, o Fita Crepe e o Pikachu… são burros demais pra terem percebido alguma coisa, então o segredo tá bem guardado.
Depois que a reunião acabou, o Aizawa recomendou que ele e a Ochako passassem o fim de semana com os pais — os de verdade — e, pela primeira vez em muito tempo, ele ficou aliviado em ir pra casa, sentindo que se ficasse sozinho, ia ficar puxando o celular toda hora e tentar mandar mensagem pra ela. Pra quê? Pra perguntar se ela tá com medo? Pra pedir desculpas por ter sido um babaca na frente dos pais dela? Pra dizer que a ama? Tsk, idiota!
É melhor ele ir pra casa, aí a velha louca vai encher o saco, ele vai ficar puto e ter a chance de descontar toda essa raiva e frustração crescendo dentro de si.
Ou foi o que Katsuki pensou, porque o sábado passou, amanheceu o domingo, e a vaca não deu um berro sequer, até trouxe jantar pra ele no quarto ontem à noite e perguntou o que ele ia querer no café-da-manhã, é quase como se ela tivesse sendo… legal, se isso não fosse uma ideia absurda.
Com certeza uma ideia absurda quando ela aparece no quarto e arreganha a janela, fazendo os raios solares invadirem o ambiente.
— Anda, bota uma roupa decente que você tem visita.
— Pode mandar embora, não quero ver ninguém.
— Eu não tô pedindo, eu tô mandando, Katsuki. Cobre essas pernas aí porque a visita é menino.
— Eu não vou cobrir porra nenhuma, tá um calor do caralho! E o Kirishima nem gosta dessas coisas mesmo.
— Não é o Kirishima-kun.
— Porra, quem é então?
— Sou eu, Kacchan. — a cabeça do nerd brota na porta, e a reação imediata dele é pegar um travesseiro e esconder as pernas. Todos os pijamas dela são perigosamente curtos, ele meio que já se acostumou, mas o Deku nunca deve ter visto tanta pele dela à mostra, e se depender de Katsuki, nem vai — Desculpe já ir entrando, sua mãe falou que não tinha problema...
— E não tem mesmo, meu bem, os Midoriya são sempre bem-vindos! — a velha dá aquele sorriso de cobra dela — Fica à vontade, querido, quer beber alguma coisa?
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Eu no seu lugar
FanficOchako acordou muito mais musculosa e com o cabelo espetado, além disso, sua habilidade de remover gravidade foi substituída pela capacidade de criar explosões. Katsuki acordou com a voz mais fina e alguns centímetros mais baixo, sem falar nas bolin...