Katsuki acorda em seu próprio quarto, o que em condições normais não seria grande coisa, mas já que não é o caso, despertar com o barulho dos passarinhos cantando lá fora não pode significar nada de bom. Se ele acordou, é porque tava dormindo, se os passarinhos tão berrando, é porque já é de manhã, ou seja, ele passou a noite em seu próprio quarto, que tecnicamente não é o quarto dele, mas sim desse corpo quente e pesado respirando fundo ao seu lado.Surpreendentemente, uma das primeiras coisas que ele consegue pensar é na ideia foda que foi comprar as luvas de lavar louça, porque não fosse isso, os dois estariam dando com a cara no teto. Uraraka tá com a cabeça afundada nos... peitos dele, as pernas dela abrigadas por entre as dele enquanto ele lentamente retira o braço que envolvia os ombros dela. Desde que essa porra toda começou, Katsuki nunca esteve tão perto do próprio corpo, e é impossível não comparar a rigidez de seus músculos em contraste com a maciez do corpo que ele vem habitando, também é impossível não perceber o quão bem esses dois corpos se encaixam, o quão natural é estar perto dela assim e... porra, o que que é isso aqui?
Mexendo a perna um pouco, ele sente algo duro contra a coxa, ai caralho... literalmente, AI. CARALHO!
— Bakugou-kun... — ela diz baixinho, fazendo a voz dele soar rouca e preguiçosa — Vai pro meu quarto antes de amanhecer...
— Tsk, tá um pouco tarde pra você me falar isso, Bochecha! — ele a empurra pra tirá-la de cima dele, não é bem o que ele queria fazer, mas é o que tem que ser feito. Ele estica o pescoço pra olhar o relógio na parede.
— O quê? Que horas...? — ela pula de surpresa e também checa o relógio — Nove horas?! Ai caramba, Bakugou-kun! Eu ia... te chamar quando fosse de madrugada, mas aí... eu acabei dormindo e... eu...
— É, já percebi. Mas parece que você tem um problema maior que esse pra resolver, Cara de Lua. — ele sorri debochadamente, tentando não cair na risada quando ela o olha em confusão. Katsuki lança um olhar ligeiro na direção dos quadris dela, fazendo-a olhar também. A Cara de Anjinho arregala os olhos, encarando-o, depois a si mesma e pula da cama em choque — Eu sabia que você tava com saudade do seu corpo, só não imaginava que era desse jeito, sua pervertida maldita!
— B-B-Bakugou-kun, isso aqui é... é o que eu tô pensando?
— Não sei, o que é que você tá pensando? — ele dá de ombros, apoiando as mãos contra o colchão e cruzando as pernas.
— AAARRGH! Que horror! Que nojo! — ela sacode a cabeça desesperadamente enquanto esconde a cara por entre as mãos — Que coisa horrível! B-Bakugou-kun, eu juro que eu não... que eu não fiz isso de propósito, eu nunca... eu nem sei o que...
— Tesão de mijo. — ele a interrompe.
— HÃ?
— Isso daí é tesão de mijo, acontece com todo cara. É só você mijar que passa.
— C-como assim, você tá falando que... que é normal acordar... assim? — ela faz um gesto apontando para baixo, e ele se segura muito pra não cair na gargalhada.
— Tsk, você não aprendeu nada na aula de biologia? Não lembra quando a gente estudou sistema urinário? A bexiga dos caras fica bem em cima da próstata, quando ela enche, aperta a próstata e aí...
— Ok, já lembrei! Já lembrei! Para de falar! — ela sacode as mãos loucamente, completamente vermelha.
— Não vem dar chilique, Cara de Lua! Não é problema meu se você não presta atenção na aula!
— Ah olha quem tá falando! A gente também aprendeu sobre menstruação não só na aula de biologia, mas também na aula especial de educação sexual da Midnight-sensei, e você ainda assim fez um escândalo quando desceu!
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Eu no seu lugar
Fiksi PenggemarOchako acordou muito mais musculosa e com o cabelo espetado, além disso, sua habilidade de remover gravidade foi substituída pela capacidade de criar explosões. Katsuki acordou com a voz mais fina e alguns centímetros mais baixo, sem falar nas bolin...