Ep. 14

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Jenna POV

S/n me leva até a saída e saimos da boate, me sinto aliviada por jã não estar no meio daquela gente toda.

-Obrigada S/n, eu...- minha fala é cortada com uma S/n caindo para trás - S/n!- Tentei segurar a mesma, mas como a mais alta era mais pesada que eu, eu acabo caindo com ela em meu colo. - S/n tudo bem? S/n! - falo, a mesma começa a tremer e um líquido começou a sair da boca da mesma. Aquilo parecia espuma, não sei explicar muito bem. Me assusto e não sei o que fazer - SOCORRO! S/N - falo quase chorando.

-Com licença -O segurança que antes estava na porta veio a correr na nossa direção. - CHAMEM UMA AMBULÂNCIA! Com licença - ele se agacha e tira a cabeça de S/n de meu colo, e a deita de lado no chão, provavelmente para a mesma não sufocar. S/n estava tremer e a suar frio e eu me encontrava a chorar.

-JENNA! - Georgie e Emma falam vindo a correr até mim, eles viram i estado de S/n e Emma me abraçou de lado tentando me reconfortar.

A ambulância que Georgie tinha pedido finalmente chega, colocando S/n numa maca e a levando para dentro da ambulância.

-Quem será o acompanhante? - O paramédico pergunta e não espero mais um segundo para me levantar. Entro dentro da ambulância e me sento do lado da maca que S/n estava inconsciente, segurando em sua mão, o paramédico atrás de mim fecha a ambulância e entra dentro da carrinha nos levando rumo ao hospital mais próximo.

(...)

A ambulância estacionou em frente as urgências abrindo as portas e levando S/n, tentei ir com elas mas umas enfermeiras não me deixaram passar da recepção me deixando ainda mais ansiosa por não saber como ela está. Fiquei sentada me culpando, eu vi ela bebendo e não fiz nada, eu sabia da doença dela e mesmo assim não a impedi porque estava com Isaak.

Tim aparace correndo, ele veio até mim preocupado.

-Jenna, Emma e Georgie me ligaram, que porra vocês tinham na cabeça? - nada falei só o olhei cheia de lágrimas nos olhos.

Ele me abraça fazendo movimentos de cima em baixo nas minhas costas numa forma de me reconfortar.

-Já falei com Valentina ( mãe de S/n), chega amanhã.

-Ela vai ficar bem? - perguntei me referindo a S/n.

-Não sei - ele fala baixo- mas a gente rezará por ela. - ele diz cabisbaixo me fazendo chorar mais em silêncio.

Tim recebe uma ligação e atende. - Valentina. Sim estou a espera que digam algo, Jenna veio com ela para o hospital, Sim ela está aqui, Ok. - ele me passa o celular e logo o coloco no ouvido.

(Querida, como está? Lamento por ter visto isso)

-Estou bem...Lamento Sra Harrington, eu- eu vi e... eu tive culpa, eu vi ela bebendo, agi tarde de mais e agora ela.. - falo entre soluços.

(Querida, calma ok? Sn sabe muito bem os cuidados que deve ter, ela foi a irresponsável, você não teve culpa de nada ok?)

-Mas..

(Mas nada querida, S/n é crescida, ela sabia os riscos e mesmo assim fez, você estando ai é muito bom ok? Muito obrigada querida. Vê se dormes um pouco)

-Ok... - passo o celular a Tim e depois de Tim e Valentina trocarem mais algumas palavras, o médico aparece e Tim desliga.

-São familiares de...S/n Harrington? - O senhor de meia idade fala vendo os documentos de Sn.

-A gente não-

-Sou namorada- corto Tim.

-Certo me siga - O médico sai em direção ao quarto de S/n e eu o sigo. Paramos em frente de um quarto e o doutor abre a porta me dando a visão de S/n na cama com soro. - S/n sua namorada está aqui. - ele me deixa entrar e logo sai nos deixando a sós. S/n ri fraco quando me vê.

-Namorada Ortega? Cade o pedido - sorri fraco, essa garota pode estar morrendo que seu humor estará igual.

-Como está? - pergunto ignorando o que a mesma tinha dito.

-Sem contar que não gosto de ver esses seus olhinhos inchados, estou bem.

-Ótimo porque você vai ouvir. Onde tinha a cabeça! Porque bebeu, você é tão irresponsável! Eu achava que você estava a morrer, achava que te ia perder! Ahhh e ainda vem com piada depois de me pregar um susto desses?! - dei um tapa em seu braco, a mesma fez uma careta por causa do soro mas ignorei.

-Quase esqueci que você não era a minha mãe agora. Desculpa JennJenn, eu não te queria preocupar - ela fez beicinho. Sorri para essa babaca, fazer o que né, ela é uma palhaça!

Ela pega em minha mão e me olha séria - Lamento Jenna. Fui irresponsável eu sei.

-Tudo bem -falo - Sua mãe chega amanhã. - Sn revira os olhos e bufa.

-Já começa planejando meu funeral. - eu ri. Sn se mexe um pouco na cama para que eu me pude sentar do lado dela e assim fiz, ela abraça minha cintura e meu coração fica acelerado, faço cafuné na mesma - Vai embora? - ela perguntou num tom baixinho.

-Nunca - falo. Sinto sua respiração calma e fecho os olhos.

(...)

Acordo com o barulho de alguém entrando no quarto, abro os olhos e vejo Valentina.

-Ah desculpe querida, não queria acordar você. - A senhora mais velha diz. Me ajeito na cama me sentando e tirando os bracos de S/n de minha cintura.

-Tudo bem - digo e observo o rosto de S/n. A mesma dormia como uma pedra.

-Conseguiu descansar? - A Harrington mais velhas pergunta e eu assinto.

-E a senhora?

-Muito pouco, como é que ela está?

-Insuportável- falo e ela ri - Está bem melhor.

-Uhm... e vocês ?

- Como?

-Querida eu já tive 20 anos - ela riu - eu consigo ver no seu olhar o quanto gosta da minha garota. Sabe... Quando S/n descobriu sobre sua doença, ela fugiu e esteve desaparecida durante uma semana - fiquei em choque mas Valentina começou a rir - Na verdade a gente encontrou ela no sótão, ela se escondeu ali para que ninguém mais falasse com ela. O que estou dizendo é que... a gente teve de insistir para que S/n aceitasse nosso amor, ela sempre se escondia porque acharia que se agisse assim, a gente pararia de amar ela e...

-não iria magoar tanto vê-la mal. - completei.

-Exato, S/n sempre tenta sugar a dor dos outros mesmo que essa dor fique com ela. Ela tem medo de magoar os outros quando partir.

Paro para pensar durante um pouco e quando finalmente percebo o que ela quis dizer com 'partir' fico em choque. S/n tem seus dias contados daí ela aproveita todos eles enquanto pode.

-Não existe tratamento ou cura? - olho para S/n que dormia em sua cama.

-O tratamento ela já faz mas é só para não piorar, cura não há.

-Quanto tempo? - pergunto baixo.

-Não sabemos. - Valentina fala e uma lágrima solitária cai. Imagino uma mãe solteira ter de carregar o peso que sua filha era doente e que a qualquer momento pode partir.

-Sinto muito. - falo para S/a, pego em sua mão e a beijo.  S/n se mexe e abre os olhos, sorrindo por me ver ali.

-Você ficou. - S/n fala sonolenta.

-Eu disse que ficava.





Jenna Ortega e Sn  - Até que a Morte nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora