Outrunning Karma

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Olá, suas sem vergonha! Com o trabalho acabando com a minha sanidade mental e pouco tempo, demorei um pouco mais para voltar. Tenham paciência comigo, por favor! Vou tentar voltar o quanto antes.

Então por favor, vamos apoiar, curtir, comentar e compartilhar Shameless com os amigos! A autora fica muito feliz nessa época caótica do ano.

Música do capítulo: Outrunning Karma do Alec Benjamin.

Sem mais delongas, perdoem os erros e boa leitura!

— Vamos fazer isso mesmo? — Lauren me perguntou quando meu carro foi estacionado.

— Sim, nós vamos. — Eu confirmei com a cabeça, olhando a enorme comoção diante de nós.

Lauren e eu estávamos diante de uma das maiores clínicas com especialidade em aborto da Inglaterra. Ela disse que iria me acompanhar quando saísse do estágio da Myers & Partners e aqui estamos. Olhamos para várias pessoas fervorosas erguendo cartazes e protestando contra ao procedimento que Natalie estava disposta a fazer.

Era verdade que o aborto foi legalizado no Reino Unido há alguns anos, desde então, haviam milhares que tomavam a escolha de abortar diariamente, até mesmo com pílulas em casa, mas haviam pessoas que não aceitavam a ideia. Muitos religiosos eram contra e o protesto diante de nós estava lotado dessas pessoas que não aceitavam que uma vida pudesse ser interrompida de ser prosseguida, independente de como ela foi concebida.

Desde que James Norton me falou sobre Natalie, eu percebi que deveria apoiá-la na escolha que decidisse escolher para si. Era difícil demais para ela fazer tudo aquilo sozinha, porque com certeza meu pai não estava feliz com a sua decisão e não iria apoiá-la neste dia porque ele nunca iria se expor, além de todos os outros motivos que o tornavam um homem horrível. Por mais que fosse um médico, ele era um religioso fanático e com certeza estava amaldiçoando Natalie de todas as formas possíveis por ela não ceder as suas chantagens e manipulações.

— Venha, ela está nos esperando. — Eu disse após receber uma mensagem de Natalie confirmando onde estava.

Lauren concordou e saímos do carro naquele momento. Andamos lado a lado, percebendo que teríamos que passar pelas pessoas que estavam gritando em frente a clínica. Quando nos aproximamos, percebemos alguns olhares em nossa direção porque com certeza pensavam que éramos novas mulheres dispostas a abortar. Então começaram a gritar em nossa direção, erguendo seus cartazes diante de nós. Eu estava começando a ficar desconfortável quando Lauren segurou em minha mão e me puxou para mais perto de si, apoiando a mão em meu ombro para me levar consigo.

Passamos por todas as pessoas com passos apressados e logo conseguimos entrar na clínica quando um homem que deveria ser o segurança abriu para nós. Respirei fundo quando alguns olhares femininos se voltaram para nós, mas claro, elas não gostavam de serem olhadas de volta e desviaram os olhares para seus celulares ou revistas. Olhei em volta procurando Natalie pela sala de espera, até que vi ela em um canto, completamente isolada. Natalie acenou para mim quando nossos olhares se encontraram.

— Ali está ela, Lauren. Venha! — Chamei Lauren que pareceu ficar um pouco insegura onde estava, então me virei para ela, genuinamente confusa. — Algo errado?

Lauren hesitou, passou a mão pelo próprio braço para afastar qualquer incômodo em si, o que chamou a minha atenção ainda mais.

— Não sei como te dizer... — Ela começou, mas mordeu o lábio nervosamente.

— Você pode me falar qualquer coisa. — Sorri de maneira encorajadora para ela, dando alguns passos para ficar mais próxima.

— Eu não sei se é uma boa para ela me conhecer nesse momento, Camila. Talvez com a minha presença, não seja uma conversa muito confortável. Além de ser filha do senhor Russell... — Ela se calou timidamente, sem saber como prosseguir.

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