The Joker and The Queen

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Olá, suas sem vergonhas! Após ter sido ameaçada, atacada, xingada e presa pelos meus queridos leitores, voltei. Apreciem esse capítulo, foi muito bom e gratificante escrevê-lo.

Música do capítulo: The Joker and The Queen, parceria de Ed Sheeran e Taylor Swift.

Sem mais, boa leitura!

Alguns dias atrás.

O barulho da música alta machucava meus ouvidos. As luzes eram vibrantes demais para os meus olhos e o ar era escasso, tanto quanto o cheiro de calor humano era sufocante.

Havia muita determinação em mim para não ter ido embora naquele momento, então me forcei a passar pelas pessoas. Muitos homens e mulheres me olhavam dos pés à cabeça, tentando chamar a minha atenção para dançar ou lançavam flertes sujos e mal intencionados enquanto eu tentava andar entre eles, para subir até a parte superior daquela boate onde o barulho não era tão estridente. Eu ignorei todos, apenas pedindo licença.

Quando finalmente passei por aquela onda de pessoas, respirei fundo e procurei ar puro ao subir as escadas. Na parte superior da boate, havia mesas mais reservadas e de acordo com as informações que colhi, minha procura seria mais efetiva. Assim que cheguei ao andar, consegui notar muitas informações. Havia um bar exclusivo, onde algumas garotas estavam rapidamente recolhendo as bebidas e levando para as mesas. Nessas mesas, havia grupos bem distintos. Um grupo de garotas pareciam comemorar, erguendo seus drinks flamejantes e virando na boca de uma vez. Gritos foram ouvidos em seguida e elas pediram por mais.

Balancei a cabeça, lembrando de minha adolescência, mas não estava ali para julgar. Olhando um pouco mais, vi que haviam mesas em que todos os tipos de casais praticamente estavam cometendo o ato sexual contra o estofado das mesas. Beijos urgentes, mãos se movendo em suas intimidades, corpos se movendo um pelo outro. Insatisfeitos com apenas um parceiro, havia até mesmo dois homens e uma mulher envolvidos em uma troca de beijos e carícias ousadas. Desviei o olhar, nem um pouco impressionada. Sabia que encontraria esse tipo de coisa em uma boate como aquela.

Finalmente consegui localizar uma mesa que estava vazia e fui até ela. Me sentei segurando firme a minha bolsa e não demorou para uma moça se aproximar, sorrindo para mim com olhos interessados.

— Boa noite! Bem vinda ao Silent. Gostaria de beber alguma coisa? — Ela falou com uma voz melosa por cima da música, que ali não era tão alta.

— Cranberry juice com vodka, por favor. — Foi tudo o que eu disse, ignorando qualquer olhar de flerte que a mulher parecia me lançar. Sabia que precisava parecer intencionada para conseguir a atenção que gostaria. Mas certamente não era da mulher.

Algo mais? — A insinuação foi ouvida e eu levantei os olhos para a mulher, que estava apoiada na mesa, se oferecendo.

— Não! — Fui firme e a mulher fechou a sua expressão parecendo bem ofendida pela resposta negativa que lhe dei. Ela se afastou da mesa, assentindo e se afastou.

Não poderia me incomodar tanto, ainda que me sentisse incomodada porque estava em um lugar que não era exatamente o meu tipo. Nem mesmo que minha adolescência, eu frequentei esse ambiente. O lugar era conhecido pela procura carnalmente imediata. Não era de me surpreender que até os funcionários gostassem de descolar alguma atenção.

Enquanto esperava o drink, fiquei observando as luzes que iluminavam a pista de dança de maneira perdida, olhando sem realmente ver. Estava ali por uma única razão e nada além. Samuel se ofereceu para me acompanhar, mas aquilo era algo que eu gostaria de fazer sozinha. Além disso, eu não queria atrapalhar a noite que ele teria com Archie. Os dois estavam cada vez mais envolvidos e isso me fazia engolir algo doloroso até para mim mesma admitir. Estava invejando meu melhor amigo.

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