Capítulo 5 - Ela Estava no Controle

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POV Tom

Zendaya ainda estava me olhando torto desde essa manhã. Era engraçado, ridículo, visto que eu pensei que ela fosse morrer de amores por mim quando lhe dei um orgasmo delicioso em cima do meu sofá nunca estreado.

No último mês que convivemos juntos, ela mostrou que aquela fachada de mulher de gelo era para provar sua competência profissional. Em casa, ela andava descalça, cabelos soltos, moletom largo e comia sorvete direto do pote assistindo TV.

Nosso namoro estava em todos os veículos de informação. A assessoria de imprensa recebia e-mails e ligações de jornalistas implorando informações. Nossas famílias estavam alegres e exultantes com o nosso namoro. Ela não era ruim.

Só a parte em que a cada segundo ao lado dela era tortura pura. Um mês sem fazer sexo ou mais, porque não podia simplesmente me deixar levar e nos envolver em algum escândalo. Não faria isso pelo meu pai, mas meu amigo estava implorando por um abrigo quente e um corpo ofegante.

Nos comportávamos como um casal de namorados em público e às vezes, sozinhos, continuava agarrando-a de surpresa e a beijando porque não conseguia ficar perto sem tocá-la. Isso era quase um sonho adolescente. Quantas vezes me toquei imaginando ser Zendaya depois de alguma reunião onde ela colocou suas garras de fora?

E tê-la gozando em meus dedos foi uma puta massagem no meu ego. A bonitinha emburrada entregou os pontos. Assim eu pensei. De qualquer modo, hoje teríamos um dia especial.

Ontem pedi à Nikki o anel. Não havia nenhuma chance de me casar com Zendaya sem a aliança da minha mãe, ou o armagedon iria acontecer antes do previsto. Nikki não ia aceitar. Ela gritou animada, me beijou, abraçou e depois assumiu a postura de mãe e perguntou se eu tinha certeza disso.

- Tom? - Zendaya bateu na minha porta. E como essa mulher era linda. - Você não vem?

- Claro, vamos. - sorri verificando a hora no meu relógio de pulso.

Peguei minhas coisas e entrelacei nossas mãos. Ela ainda estava me evitando e ia esperar para descobrir no carro o que era.

- Tom, como vai ser? Nós precisamos de uma história para isso. - falou baixinho no meu elevador privativo.

- Será algo íntimo. Nós vamos jantar juntos na minha casa, vou te pedir em casamento, você vai dormir por lá e vamos ficar felizes anunciando isso amanhã no jantar de família na casa da minha mãe. E seus pais poderiam ir lá e conhecer a todos. O que acha?

- Plausível. - deu de ombros e a porta se abriu. Discretamente passei a mão da cintura para sua bunda - Tooommmmmm. - resmungou dando um tapa na minha mão - Nós precisamos conversar sobre o que aconteceu hoje.

- Em casa? - sugeri e ela assentiu sorrindo docemente.

- A parte do jantar vai ser de verdade? Estou com fome.

- Eu vou me alimentar de você. - pisquei e ela bateu no meu ombro.

Meu motorista abriu a porta para Zendaya e ela escorregou para o banco, jogando sua bolsa de lado e cruzando as pernas. Não escondi o gemido que saiu espontaneamente dos meus lábios em relação a isso e ela se virou, arqueando a sobrancelha pra mim e me encolhi.

Em casa, ela tirou os sapatos e foi direto para a cozinha, atraída pelo cheiro de algo que minha cozinheira, Carmen, deve ter deixado pronto, como pedi essa manhã. Nós estávamos sozinhos e descobrimos ravióli de ricota nos esperando. Começamos a comer sentados na cozinha, mais precisamente no balcão e nos banquinhos que nunca usei.

Zendaya ligou para os pais, conversou um pouco e falou sobre amanhã, passando o endereço da residência de Nikki.

- Tom o que aconteceu hoje foi ótimo, mas eu não sei o que isso implica entre nós dois. - murmurou sem realmente me olhar - Eu sei que nós vamos nos casar, mas existe outro motivo, um muito mais sério, que precisa da nossa real atenção.

ALÉM DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora