Capítulo 19 - Eu Te Amo

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POV Zendaya

- Eu vou matar aquele imbecil idiota, asno sem amor a vida! - gritei tentando controlar meus dedos furiosos no touch screen do maldito iphone que ele havia me dado. Para os constantes envios de fotos para alegrar nosso dia - que às vezes eram em compromissos separados - ele me deu um iphone. A qualidade da foto era incrível. E a parada vibrava muito bem também. Agora eu ia quebrar esse novo brinquedinho na cara dele. - Tyler, eu quero ir para o shopping... Tipo, A-G-O-R-A!

- Sinto muito, Sra. Holland. Se o Sr. Holland autorizar, nós a levaremos. Só é preciso de uma...

- Não fale autorização. - cortei ficando realmente colérica. Eu já devia estar fazendo uma cena na porta do restaurante que tinha acabado de sair. - Tom é meu marido. Não é meu dono. Quer saber? Dane-se vocês dois, eu pego um táxi.

- Sinto muito Sra. Holland. Se você pegar um táxi, terá que ser para residência ou para empresa acompanhada de um dos seguranças. Você não está autorizada a desviar rotas. - Tyler disse parecendo constrangido.

- Eu não estou autorizada? O inferno que não.

- Se a senhora insistir, terei que colocá-la à força dentro de um veículo oficial da The Brothers Trust. - disse meio cansado. Respirei fundo e enviei uma única mensagem ao futuro homem morto. O celular de Tyler tocou logo depois - Sim, ela está aqui. Não, ela se recusa. Sim, ela está fazendo uma cena.

Bom, isso atraiu minha atenção.

- Ele acha? Esse maldito acha que eu estou fazendo uma cena? Diga que posso fazer pior, olha, MUITO PIOR.

- Por favor... - Tyler pediu sussurrando - Ele quer falar com você. - Tyler estendeu o telefone e eu neguei, secando minhas lágrimas - Ela se recusa a atendê-lo. E ela também está chorando.

- Ela está mandando-o a merda! - disse bem alto, dando ênfase.

- Zendaya, atende esse maldito telefone. - Tom gritou pelo telefone de Tyler no viva-voz. 

Foi então que meu celular começou a tocar. Dei um beijinho nele joguei no chão e pisei em cima. Os saltos do meu sapato destruíram o aparelho.

- Ops... Que telefones? - murmurei sorrindo docemente para Tyler.

- Ela quebrou, Sr.

- Leve-me para casa dos meus pais, agora! - disse bem calma, talvez não tão calma assim, mas controlada.

Tyler pediu, fodidamente PEDIU a ele e pela expressão... Não, isso não está acontecendo comigo.

- Ele está pedindo que a Senhora vá para casa... Ele disse até por favor.

Engoli todo palavrão que veio a minha garganta, chutei os caquinhos de telefone de perto e calculei a distância que o táxi parado atrás do carro da The Brothers Trust poderia sair sem Tyler pular em cima. Eu esperei, respirei fundo e comecei a caminhar como quem não quer nada. Sequei mais algumas lágrimas, mexi na minha bolsa e encostei-me ao táxi parecendo querer distância de Tyler. Ele olhou para frente do restaurante e continuou a falar com Tom ao telefone, reuni toda coragem do mundo, abri a porta e me joguei dentro.

- Esses homens querem me sequestrar! Me tira daqui! - disse ao taxista, estar chorando ajudou muito. O bom moço travou as portas e saiu disparado. Eu vi Tyler colocar a mão na cabeça parecendo perdido. Também vi Sam correndo para entrar no carro. - Espero que o senhor seja muito bom em corridas, estou disposta a te dar um cheque de três mil dólares por ela. É bom que eles não me encontrem. - disse ao motorista já tirando meu talão de cheque.

ALÉM DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora