Capítulo 27 - O Pai do meu Bebê

367 17 20
                                    

POV Zendaya

Sempre ouvi que existia a sensação de andar nas nuvens. De estar em um universo onde nada mais importa, a não ser, aquele pequeno ser do tamanho de uma uva, dentro do seu ventre. Eu estava nesse meio paralelo desde que descobri – oficialmente comprovado – que eu estava grávida. Na época eram seis semanas, agora dezesseis semanas de puro amor. Eu já tinha o comecinho de uma barriga durinha se desenvolvendo no meu ventre. Tinha escutado seu coraçãozinho. E tinha todas as noites, o pai mais bobo e babão do universo conversando com nosso bebê... Pode ser estranho amar quem nunca viu na vida? Mas eu amava. Eu o sentia todos os dias.

- Bom dia! – Tom disse alto, abrindo as cortinas do quarto com força – Bom dia meu amor!

Eu gemi baixinho e tapei meu rosto com o travesseiro. Ele só queria me ver irritada, só pode. Não era porque estava grávida que resolvi gostar de acordar cedo no final de semana, pelo amor de Deus. O edredom foi puxado com força e logo ele estava deflorando minha barriga com beijos e pequenos sussurros para o bebê. A notícia da minha gravidez tinha sido festa na família inteira. Todos comemoraram e Tom parecia fora de si, meio descontrolado e sendo uma dor enorme na minha bunda. O homem criou tendências irritantes sobre controle. E ficou mil vezes mais ciumento do que era.

A imprensa e o mundo em si não sabiam sobre meu herdeiro. Isso foi um inferno que nós determinamos não viver no momento. Até porque minha barriga ainda dava para esconder e eu não estava fazendo nada além de trabalhar e me irritar com Tom me irritando. A maior parte era intencionalmente. Ele só queria saber se estava bem, se estava com fome, se estava cansada, se o bebê precisava de algo – veja, eu jogava essa quando queria algo estupidamente ruim como picles e uma Dr. Pepper no almoço ou bacon bem fritos no café da manhã. Eu juro que tinha coisas que o bebê ficava feliz. E outras que Tom não queria me dar, era algo como unir o útil ao agradável porque eu estava mais teimosa que o normal.

Se ele não me desse, ia comer de algum modo, só estava tentando ser legal em incluí-lo nos meus desejos. Saltos altos era um problema. Todos os dias uma pequena briga que eu vencia no momento que chorava ou simplesmente o ignorava com argumentos idiotas de que não devo usar salto. Quem ele pensa que é?

O pai do meu bebê.

Meu marido.

Ou simplesmente o mandão da relação.

Era engraçado quando nenhum homem poderia mais me olhar. Olhar! O que eu poderia fazer com os olhos de homens alheios? Esse ponto que Tom não entendia. No meu aniversário foi um barraco a parte porque encontrei com Stephen Curry no restaurante que estávamos. Tom foi pirracento, grosseiro e quase agressivo quando meu amigo me abraçou e desejou felicidades. Eu achei que Tom teria um derrame de tão vermelho e quente.

Foi ridículo e nós discutimos a caminho de casa. Até hoje ele não pediu desculpas e eu desisti de ficar irritada com seus ciúmes.

- Seu filho quer comer ovos ensolarados e panquecas. – sorri acariciando seus cabelos e ele subiu, distribuindo beijos pelo meu corpo nu, até meus lábios. Eu não podia negar... Esse homem era incrível. Tão doce e apaixonado que o amava cada segundo mais.

- Vamos lá, eu vou conseguir seus ovos enquanto você se veste. – disse sorrindo, sem tirar as mãos da minha barriga.

- Me vestir? – perguntei confusa, puxando o edredom novamente porque eu estava considerando voltar a dormir e jogar um charme para que fechasse as cortinas novamente. Ou faria isso sozinha.

- Você tem consulta médica hoje, esqueceu? – Tom respondeu rindo, tirando o edredom novamente – E eu tenho aquele encontro com Steve.

ALÉM DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora