Capítulo 11 - Eu Precisava Protegê-la

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POV Tom

Proteção.

Eu precisava protegê-la.

Meu mundo pareceu parar de repente. Minha mente só conseguia focar que ela estava precisando ser protegida. Mesmo que isso fosse com meu próprio corpo.

Empurrei seu corpo contra o carro a fim de fazê-la entrar nele. Tyler estava fazendo uma barreira com arma em punho com outros dois seguranças se atracando com o atirador. Meu primo Mark.

Abri a porta do carro com Tyler dando ordens para o motorista arrancar. Zendaya estava um pouco pálida, falando alguma coisa que não consegui compreender, tateando meu corpo como se procurasse algo. Eu tinha um pouco de sangue, mas definitivamente não era meu.

- Estou bem. Não estou ferido! – sussurrei segurando-a – Tyler?

- Apenas de raspão senhor, nada grave. – disse rapidamente

- Tom... Ele... Seu primo... Deus... Tentou... Te matar! – engasgou com as palavras – Tyler! Nós precisamos ir a um hospital!

- Não, nós precisamos colocar você em segurança. – disse firme e o celular de Tyler apitou com ele levando-o rapidamente ao ouvido – O que aconteceu?

- Cianeto, senhor. Ele tinha uma cápsula de cianeto presa ao dente. Ele se matou. Sinto muito. – murmurou sombriamente.

Zendaya ofegou alto e escondeu o rosto no meu peito.

- Está tudo bem. Nós estamos indo pra casa. – murmurei no seu cabelo.

Zendaya assentiu levemente e resmungou sobre a velocidade absurda que o carro estava na estrada até a residência. Havia um carro da polícia atrás de nós e eu realmente não sabia o que eles estavam pensando. Foi um silêncio ensurdecedor até o momento que avistei a casa e os portões sendo abertos.

- Fique no carro, vou falar com eles. – murmurei a Zendaya, que demorou um pouco para me soltar.

Ao contrário do que pensei, a polícia foi mais tranquila. Eles fizeram perguntas e como isso ia demorar muito, convidei-os para entrar. Zendaya ficou ao meu lado, a maior parte em silêncio, respondendo perguntas quando necessário. Tudo que realmente foi dito foi que nós o encontramos ontem em seu estabelecimento e hoje íamos sair para almoçar fora, passear um pouco porque estávamos curtindo parte da nossa lua-de-mel na cidade.

Um chefe da polícia prometeu segurança policial até que todas as averiguações fossem concluídas.

- Tyler está bem? – Zendaya perguntou-me observando os policiais saírem.

- Vai ficar. Não foi nada grave. – respondi abraçando-a – Nós sabíamos que isso ia acontecer.

- Não. Nós sabíamos que íamos sofrer ataques, mas não me culpe por ficar nervosa toda vez que alguém tentar te matar! – rebateu se afastando – Principalmente ele! Quer dizer, o homem era estranho, mas ser capaz de te matar depois que entregou aquela carta ontem? É confuso!

- É tudo muito fodido! Eu simplesmente não sei mais o que pensar! – exasperei puxando meus cabelos. – Ele ontem estava solícito, saudoso... Estranho sempre foi, por isso não liguei.

- Isso é atípico. Ontem ele teve a oportunidade perfeita de nos matar e não o fez... Por que hoje? Por que à luz do dia? Por que mostrar o rosto e ter a chance de errar e ser morto? – questionou-me tirando seu casaco e jogando no sofá.

- É errôneo. Talvez ele quisesse errar. Talvez ele estivesse sendo pressionado a fazer isso. Ele já estava com cianeto na boca, ele iria se matar de qualquer modo. Mark nunca foi inteligente e muito menos tem espírito de liderança. Ele idolatrava meu pai... Você viu isso ontem...

ALÉM DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora