Capítulo 15 - Minha Pra Sempre

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POV Tom

Thomas Stewart.

Nascido em Nova Iorque, no ano de 1960, tinha dois carros, três filhos, quatro ex-esposas, duas casas hipotecadas, uma carreira falida. E as respostas que eu precisava. Tyler dirigia com Sam ao seu lado. Dois seguranças e um carro simples. Nada de chamar atenção... Coisa que já devia ter feito há muito tempo. Os últimos meses, desde o vídeo, eu me sentia fodido. Quebrado. Ver meu pai tão perto, tão – quase – real me fez perder os sentidos. Minha Zendaya esteve me segurando... Mas eu não podia negar. Estava pesado demais até pra mim mesmo.

E até quando ela iria suportar?

Neste momento, ela estava ao meu lado, olhando a paisagem ao redor, com os dedos entrelaçados nos meus, cantarolando o CD da Beyoncé que não parava de ouvir e eu me arrependi amargamente por ter dado de presente.

- Chegamos? – Zendaya perguntou quando parou – Casinhas bonitinhas.

Quer uma? – provoquei

- Estou satisfeita com a que temos... – respondeu rindo – A próxima semana nós vamos ficar no apartamento... Já arrumou suas coisas?

- Mulher, você deveria fazer isso por mim.

- Homem, ainda bem que você está sentado e confortável nesse banco de couro, porque eu não vou fazer isso. Continue esperando. – murmurou docemente, sem esconder o sorriso.

- Agora chegamos, Sra. Holland. – Tyler disse docemente e eu bufei.

Todos os homens ao meu redor lambiam o chão que ela pisava. Isso me irritava pra caramba. Sam desceu e abriu a porta para minha – eu disse minha – mulher sair e sorriu docemente.

- Obrigada Samuel. – Zendaya agradeceu e eu saí agarrando-a. A casa era uma singular americana, branca com janelas vermelhas e porta azul. Balanço no quintal, brinquedos espalhados e uma minivan no quintal. Zendaya olhou ao redor e sorriu. - Parece minha casa quando era criança. – disse rindo docemente – Também tinha um pneu desses. Kazembe me balançava por horas a fio.

- Eu imagino... Você teve uma infância divertida. Eu me lembro do meu pai brincando comigo de carrinho, bolinha de gude ou apenas correndo comigo com um cachorro que ele me deu. O nome era Pluto. Ele morreu quando fui para faculdade.

- Meu pai não me deixava ter um cachorro. – murmurou tristemente – Daí, quando fui morar sozinha, encontrei Noon em uma feira de doação de animais. Foi amor à primeira vista. E agora, meu lindo marido me deu uma pentelhinha fofa! – disse animada e me beijou.

- Preparada?

- Preparado? – retrucou e assenti – Então, vamos.

Thomas Stewart sorriu apogelicamente quando nos recebeu, apresentando sua casa brevemente, onde conversamos na sala. Ele era um homem robusto, cabeludo com cara de hippie, mas vestia-se de forma normal. Ou pelo menos no momento.

- Separei todas as fotos que tinha do seu pai. Todas. Está tudo aqui. – disse empurrando uma caixa.

- Por que você tinha problemas com meu pai? – perguntei sério

- Eu sabia demais. E quando ele achou que isso era bom, ele me pagou para fazer serviços exclusivos porque era bom o suficiente para não ser visto. – deu de ombros sorrindo – E ele nunca me pediu as fotos...

- Sua família é muito bonita. – Zendaya disse docemente analisando a foto e o homem sorriu e de repente, o olhar dela se tornou felino, feroz – Publique qualquer foto ou diga que nós estivemos em contato com você e se prepare para se despedir da sua família ou procure um bom lugar para se esconder... Um lugar que um Holland não seja capaz de te encontrar.

ALÉM DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora