Capítulo 14

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—— Layla!! —— Kito gritou desesperado quando a mulher entrou no seu quarto. Depois do episódio que teve com Patrick, pediu a um dos empregados que chamasse a mulher.

—— O que foi? —— Perguntou ao ver as lágrimas no homem. Kito levantou-se e abaixou o calção até mostrar a cicatriz abaixo do umbigo.

—— Já tentei de tudo mas não saí —— A ómega caminhou até o homem desesperado e segurou as suas mãos.

—— Isso é normal para todos os parceiros dos alfas da família Ironhrust, querido —— Respondeu também mostrando o mesmo símbolo para o menor.

O mesmo símbolo de um ventre estava delineado na pele abaixo do umbigo de Layla também, o que tranquilizou o humano mas sentiu a vergonha tomar conta de si ao lembrar da outra parte.

—— Simboliza a maternidade que Luna abençoou a nós. Ser o parceiro do alfa é muito mais do que gerar herdeiros, Kito, nós representamos a vida e o equilíbrio entre as criaturas mágicas —— Disse Layla suavemente.


Kito fechou os olhos ao escutar herdeiros vindo da boca de Layla, Lito tocou a pequena tatuagem em formato de um ventre que estava impregnada na sua pele enquanto escutava a mulher.

—— Você é a mãe de todos, pode parecer confuso mas vai entender quando começar a conhecer o seu povo —— O humano ficou intrigado com a explicação de Layla.

—— Povo? Espera, o Patrick vai assumir o lugar do Hunter? —— Perguntou caindo na realidade.

—— Sim mas esse assunto para outra hora e Kito… —— Olhou seria para o homem de pele negra e disse:

—— Jamais mostre para alguém não conheça ou confie, está bem? —— Assentiu logo, pelo tom de voz dela parecia que algo mau aconteceria se descobrissem e ele faria questão de esconder por enquanto.


—— E o seu corpo vai mudar um pouco mas acho que você percebeu —— Comentou risonha quando o homem abaixou a cabeça envergonhado.

—— Não tem graça, Layla e o idiota do Patrick me deixou assim —— Exclamou puxando as suas tranças que estavam ficando gastas.

—— Tem um salão por aqui? Preciso tratar do meu cabelo —— A mulher tirou o seu celular empolgada para mostrar novas ideias para o menor, os dois passaram horas conversando.



Na manhã seguinte, o professor seguiu a sua rotina de sempre e saiu da mansão em direção ao carro que iria acompanhá-lo até a escola junto de Yumna.

—— Você é uma traíra!—— Exclamou Kito para a filha que ria divertida com a reação do pai.

—— O homem quer você, dá uma chance para ele, pai  —— Yumna disse fazendo o seu pai revirar os olhos castanhos.

—— E por falar nele —— O professor respirou fundo antes de direccionar os olhos ao motorista que o levaria ao trabalho.

Patrick estava encostado no seu carro. Vestia calças pretas com rasgos nos joelhos, com uma jaqueta igualmente preta. Os seus fios negros penteados numa franja cobrindo a sua testa, o maxilar quadrado, os lábios curvaram-se num sorriso sedutor.

O jovem alfa abriu a porta do carro para que Kito podesse entrar.

—— Por favor  —— Disse educado surpreendendo Kito e ele não questão de esconder.

—— Você é muito bipolar, sabia? —— Yumna revirou os olhos e empurrou levemente o homem para que entrasse no carro.

—— E você, não vem? —— A menina gesticulou para Patrick se aproximasse e assim que ele se inclinou, a albina segredou no seu ouvido, o alfa olhou para Kito depois voltou atenção para Yumna.


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