002; - O nó no estômago.

1.1K 125 8
                                    

DEMOROU CERCA DE 5 MINUTOS plantada em pé para que os testrálios finalmente chegassem. A carruagem estava vazia assim como o lugar, onde só havia ela e alguns guardas de Hogwarts. Se sentou no banco, mas arregalou os olhos quando viu que mais alguém vinha.

Lily Evans corria rapidamente em direção a carruagem, aparentemente, meio mal por ter perdido as outras.

Subiu na carruagem e a portinha se fechou, indicando que só havia as duas ali que restavam.

— Evans? - Aurora pronunciou-se, confusa.

— Oh, Aurora. - Ela disse, sua voz saiu como um fio. Ela tentou forçar um sorriso, mas Fawley se manteve séria diante dela.

— Por que se atrasou? - Perguntou. Já que Lily Evans nunca se atrasava. Era pontual, esforçada e todo o resto de positividade.

— Me lançaram uma azaração, e, os seus amigos da… Sonserina, me insultaram. - Ela resmungou, mas com uma expressão corajosa.

Aurora ficou em silêncio, apenas a encarando com um olhar julgador.

— Escute…

— O que te faz pensar que você pode falar comigo? - Foi grossa, automaticamente.

Ela tinha esse jeito. Essa mania de ser grossa com pessoas na qual ela denomina sangue ruim. Era quase em automático, como um instinto, o que fez ela se arrepender no mesmo segundo. Aurora cresceu assim. Cresceu para isso. Agir de uma forma diferente era algo estranho para ela.

E então, abriu a boca quando viu Lily ficar chocada, e aparentemente meio triste.

— Me… Desculpe. - Disse.

A ruiva levantou o olhar, com um sorriso no rosto, droga, Lily Evans parecia ser tão gentil. O tipo de garota que nasceu para espalhar o amor, como uma menina da Lufa Lufa.

— Está tudo bem! - Ela disse. — Eu sei o jeito que você foi criada. O jeito que você nasceu para ser.

Foi gentil novamente, e Aurora não soube reagir àquilo.

— James não te esperou?

— Alguém deve ter dito que eu fui na frente. - Respondeu, normalmente. Mas pareceu uma mentira. Fawley soube detectar no mesmo segundo.

O passeio de testrálio pareceu durar uma longa e triste hora. A cada segundo que a carruagem se movimentava, ela sentia vontade de se jogar dali de dentro, pois Lily parecia uma garota tão perfeita, que era quase impossível não querer gostar dela. 

Mas, tinha que se manter concentrada. Se brincar, tinha uma grande inveja da garota ruiva.

Mas esse não era o caso.

Assim que chegaram em Hogwarts, Aurora saiu de dentro da carruagem fazendo cara de nojo, e dando barulhos parecidos ânsia de vômito. É, ela era problemática, mas tinha que fingir. Por incrível que pareça o nível de toxidade dela.

E então ela entrou no castelo. Era noite, e pela manhã as aulas começariam. – o que ela achava um absurdo já que o dia inteiro foi extremamente cansativo. –

Se sentou na mesa da Sonserina, ao lado de Camila, que desfrutava da comida com vontade.

— Como você pôde me deixar naquela estação sozinha? - Perguntou, irritada.

— Lhe deixando, claro. - Respondeu, como se fosse óbvio.

— E se alguém me sequestrasse ou alguém da grifinória me azarasse? Eu a julgaria durante toda a eternidade! - Aurora Falou, ríspida.

— Por Merlin. Largue de ser dramática ou irão lhe confundir com algum deles. - Apontou pra mesa da grifinória, o lugar onde James, Sirius, Remus e Peter estavam. — Em primeiro lugar, você é uma bruxa espetacular. Jamais seria qualquer pessoa que conseguiria te azarar.

A elogiou, limpando a própria boca com um guardanapo.

— E em segundo lugar…? - Fawley esperou.

— Não tem. Só sabia o que dizer no primeiro. - Camila respondeu, normal.

— Ah, eu sei! - Aurora jogou o cabelo para trás, se esnobando e se referindo aos elogios anteriores.

As duas conversaram, e acabaram se enturmando com outras pessoas da mesa, como o Regulus Black, que era um ano mais novo que elas, Severo Snape, Narcissa, que se tornou uma ótima amiga, e Andrômeda.

E então, se iniciou a seleção das casas dos garotos do primeiro ano, e de alguns novatos. Que eram 2, um garoto que foi pra corvinal e uma menina que seu destino a levou até a grifinória.

Bem, estava cansada o suficiente pra não comemorar e ficar feliz com aqueles que foram selecionados para sua própria casa, Camila dava algumas batidinhas leves, sem se importar muito. Enquanto Aurora encarava o prato de comida, como se fosse seu próprio inimigo.

Ela não curtia comer, normalmente despejava toda sua refeição na privada, por influência de sua mãe. E quando comia, ou comia de mais, ou comia de menos. Nunca estava suficiente, mas ela se contentava.

Camila sabia de sua situação, tentava a ajudar a todo momento. Nunca largava dela, até mesmo no banheiro ou qualquer outro lugar. Pois sabia que ela cederia e voltaria a vomitar. Então a Nott sempre a obriga a comer, e a impede de vomitar.

Aurora não gostava de conversar sobre isso. Nunca conversou com sua melhor amiga quando ela descobriu, pois se sentia desconfortável.

Assim que sua refeição foi finalizada, – após muita guerra. – ela se levantou, junto dos monitores e com os alunos da Sonserina, todos indo juntos até as masmorras do grande castelo.

Assim que chegou em seu dormitório, selecionou uma roupa, – pijama verde – tomou um banho e adormeceu tranquilamente. Sabia que na manhã seguinte teria que acordar cedo, aproveitou que estava cansada e dormiu.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍, (James Potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora