018; - Refúgio.

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"Fawley prodígio.

Sabe que eu e seu pai nunca fomos do costume de enviar cartas a você, e não se acostume, essa é a primeira e a última. Temos que tratar de um assunto muito importante quando você vir para cá no feriado, teremos um baile puro-sangue realizado em nossa casa devido aos últimos comportamentos seus e de alguns filhos que acabaram nos traindo.

Estou extremamente decepcionada com você, novamente. Não sei o que eu deveria esperar, já que você sempre foi nomeada a prodígio mas nunca fez nada por esta família. Você deveria ter mais respeito conosco, você quer ser alguém na vida? Então trate de se dedicar melhor aos estudos! Caso contrário, diga adeus as suas palavras, sabe o que acontece quando fica de castigo!

Outro assunto no qual eu esqueci de te dizer quando você estava saindo daqui, você diminuiu as quantidades de comida, estou certa? Seria uma vergonha ter uma obesa em nossa família, você estava bem cheinha quando pegou o trem. Mas não entraremos em detalhes.

Somente estes os assuntos que te interessam e são importantes no momento, se dedique, foco! Pra uma filha prodígio você anda nos decepcionando excessivamente!

Ass: Abigail Fawley."

LÁGRIMAS COMEÇARAM A escorrer pelo papel. Uma fúria incontrolável tomando conta do corpo de Aurora, ela simplesmente rasgou o bilhete e o jogou na lixeira, apontando a varinha em sequência e queimando a carta.

Nada.

Nenhum “Eu te amo”, “Estamos com saudade”, ou até mesmo a palavra “Filha”. Nada. Nenhuma palavra de amor, como era possível os próprios pais não amarem a filha? Se ela era a filha prodígio, porque arrancava tantas decepções?

Sua vontade era chorar e gritar até não aguentar mais, mas ela já não estava aguentando, como é que os outros filhos de uma família sangue puro aguentavam toda essa pressão? Como sequer eles conseguiam seguir sabendo que os próprios pais ligavam mais para a linhagem deles de um sangue estúpido ao invés do próprio filho?

Talvez porque eles eram iguais a eles.

E Aurora não era igual aos pais.

Ela se jogou na cama, perdida nos próprios pensamentos. Tanta coisa estava acontecendo, e ela só queria ser amada pela família, era difícil?

Fechou os olhos, pronta para pegar no sono.

Quando adormeceu, aquele mesmo sonho que ela não tinha sonhado a um mês apareceu. Ela acordava ao lado de um homem desconhecido, ouvi a voz de um bebê e alguém chamando seu nome.

Mas agora, tinha algo diferente. Uma luz vinha de uma das portas, uma luz branca.

Aurora caminhou até essa luz em específico, ignorando o choro do bebê que estava no quarto, assim que chegou no campo de vista e não encontrou nada, abaixou o olhar. No tapete tinha uma garota bebê também, mas ela parecia mais tranquila, bem mais tranquila que a situação da outra criança que berrava e gritava.

E novamente, um raio de luz verde a pegou de surpresa.

Ela acordou, mas não era de madrugada, já era de manhã e possivelmente Camila não estava mais no quarto. Sempre saia mais cedo e chegava tarde. Fawley notou que estava suada e pálida, foi até o banheiro se perguntando como ela conseguia ver aqueles sonhos, e o que eles significavam?

Ir na biblioteca uma hora dessas era perca de tempo, ela possivelmente não acharia uma respostas decente. Tudo estava tão difícil.

Pela tarde, ela decidiu sair um pouco de Hogwarts, as vestes grossas para a esquentar e um gorro na cabeça. Os passos de seu coturno fazia marcas na terra, devido a terra estar úmida. Suas bochechas e nariz estavam vermelhos devido a temperatura.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍, (James Potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora