𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍, (James Potter)

005; - Vestido.

NESTA NOITE OCORRERIA A primeira festa do ano. Os quintanistas da Sonserina se responsabilizaram por toda a organização e convidaram todos. Aurora se concentrou nos vestidos que iria pagar para a costureira fazer dela e de Camila. Os professores e diretores não ligam muito. Dumbledore acredita que devemos nos divertir independente do que estamos passando. E eu concordo com ele.

— Narcissa! - A chamei.

E ela logo apareceu.

— Aurora! O que foi? Meu vestido chegou? - A Black se entusiasmou no mesmo segundo, ficando contente.

— Bem, está aqui. Mas se você preferir falar de ideais supremacistas e sangue puro com Bellatrix, não irei te interromper. - Fawley apontou pra cama, em direção ao vestido preto maravilhoso que estava sob os lençóis.

— Aura, você sabe que o que eu faço é pelo o meu bem. - Ela sussurrou, baixinho.

— Claro que sei.

— Saberia melhor se também se preocupasse com você! Bellatrix suspeita que você é uma traidora de sangue. - Narcissa se aproximou.

— Só porque eu não pratico bullying e não debocho dos nascidos trouxa? - Aurora revirou os olhos.

— Sabe o que pode acontecer se isso chegar em seus pais. - Black sussurrou, já que havia somente as duas no cômodo.

Fawley levantou o olhar, olhando em seus olhos e sentindo sua pele se arrepiar. Seus pais seriam capazes de praticar um inferno em sua vida caso descobrissem que ela não era igual aos outros da Sonserina. Não andava com nascidos trouxas, mas também não os julgava e os maltratava como se fosse uma raça inferior, assim como sua mãe jurou que sempre tivesse sido.

Ela engoliu em seco, pensando nessa possibilidade de ser expulsa da família, da casa, e de sobra ganharia várias cicatrizes e um trauma em sua mente. Pois bem, era melhor ela se cuidar mesmo.

— Já entendi. - A menor afirmou. E saiu do quarto.

Chegou na sala comunal e se sentou ao lado de Camila, que lia um livro baseado no documentário de uma banda trouxa.

— Camila! Pare de ler, e venha me ajudar! - Aurora berrou para a mesma, desviando de pessoas que andavam com decorações e outras coisas por cada canto.

— Espere! Essa parte está interessante. - Ela afirmou. Fawley pegou o livro das mãos da Nott, colocou o marca páginas e o fechou.

— Temos que pegar nossos vestidos em Hogsmeade. - A latina disse, e Camila bufou, se dando por vencida.

Aurora pegou seu casaco e saiu, sendo seguida pela mais alta. Ambas iam em direção às carruagens que partiam para Hogsmeade, ela teve que subornar um dos guardas para isso.

Subiram nas carroças e os testrálios seguiram o caminho pela passarela gelada e congelante. Aurora não conseguia os ver, mas na maioria das vezes tentava os tocar e fazer um carinho, por mais que não os enxergasse. Era até melhor, pois ela sentiria medo caso ele "rosnasse" para ela.

Foi um caminho silencioso, assim que chegaram, se direcionaram até a loja de moda que havia ali. Fizeram uma encomenda há uns dias atrás, 2 vestidos, um azul escuro e outro branco. Camila combinava com o branco, com a cor em si. Não era atoa que sempre vestia alguma peça daquela cor.

Aurora experimentou o vestido, notando que estava ótimo, as duas fizeram os devidos pagamentos, e saíram da loja, sentindo o frio entrar em contato com sua pele.

— Jesus, não me lembrava que aqui era tão frio. - Aurora comentou, quando sua pele se arrepiou e sentiu seu nariz esquentar, ficando vermelho.

— Passou tanto tempo assim no México? - Camila a lembrou, cruzando os braços enquanto segurava a sacola, tentando se esquentar.

— Vamos logo, não quero morrer congelada. - Aurora fez drama.

— Piranha não morre de frio.

Ela se virou ao escutar a voz masculina, encontrando Sirius.

— Andando muito com James, Black. Pegando até seus insultos. - Camila disse, avançando.

— Nesse eu fui mais criativo. - Ele debochou, se aproximando dela. — Podemos conversar?

— Não. - Aurora o interrompeu. — Temos que voltar para Hogwarts.

— Acredito que não será um problema a bela dama caminhar sozinha. - Ele a ofendeu.

Camila bufou, irritada.

— Como você mesmo disse, a Bela Dama precisa de companhia. - Fawley rebateu.

— Relaxe, não ficará sozinha. - Sirius disse, e James surgiu do nada carregando doces de dedos de mel.

— E então, cadê? - Potter falou.

Sirius apontou em direção da latina. James revirou os olhos, frustrado e irritado.

— Me disse que seria uma pessoa. Nem para especificar se era decente ou não. - Potter ameaçou de o atacar.

— 50 galeões, pontas. - Sirius o lembrou.

Ele bufou, se dando por vencida.

— Está de brincadeira com a minha cara? - Aurora se demonstrou irritada.

— Tá vendo eu rir?

— Só pode ser piada. Não vou voltar para Hogwarts com ele! Irei o matar durante o caminho. - Fawley reclamou, batendo o pé.

— Acha que tem coragem pra isso? - Ele se virou em sua direção, a encarando cara a cara.

— Acho que tenho coragem pra tantas coisas que você não tem ideia. - Ela se virou para ele de volta.

Todos ficaram em silêncio, e de repente, Sirius ficou sem paciência. Agarrou o pulso de Camila e a puxou para longe, enquanto Aurora gritava, pedindo para que ele a deixasse em paz, mas James agarrou sua cintura a impedindo.

— Me solta! - Ela o empurrou.

— A última coisa que poderia sair dos dois é ela morta. Relaxa, almofadinhas não mata nem uma mosca. - James disse, apertando o maxilar dela levemente, a obrigando a olhar para ele.

Ela não assentiu, apenas o encarou irritada. Potter tentou segurar sua mão, porém ela recusou.

— Fique para trás, se assim desejar. - Ele falou, seguindo o caminho até as carruagens que iriam para Hogwarts de volta.

E então ela duvidou que ele realmente fosse a deixar, quando olhou para trás, ele já estava longe.

— Ei! Me espere! - Ela ordenou, correndo com as perninhas curtas em sua direção, enquanto segurava sua sacola.

Assim que o alcançou, os dois subiram na carruagem e retornaram para Hogwarts em completo silêncio. Não se sentiram obrigados a falar alguma coisa, o silêncio não era desconfortável, era até bem relaxado.

Aurora se mantinha concentrada em um ponto fixo da carruagem, parada.

— Dia difícil, Fawley?

— Cale-se, Potter. - Ela rebateu, grosseiramente.

James sabia que não havia motivo para continuar a conversa, então se calou de volta.