01   O pau dominado

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08:00

O barulho do despertador começa a tocar alto, me fazendo abrir meus olhos pela metade ainda sonolento, ainda tenho desejo de continuar dormindo, porém se dormisse agora não iria acordar tão cedo, já que passei a noite toda estudando, lutei para me levantar ainda meio adormecido comecei a me vestir, assim me arrumando.

Preciso ser pontual na escola como sempre, precisava tirar nota boa, precisava sempre receber aprovação dos mais velhos, ser perfeito; pelo menos para os professores e para minha mãe. Termino de passar meu creme e o perfume de sovaco, pensando na impressão de que preciso passar este meu último ano, olho para o relógio olhando às horas puxando minha mochila saindo daquele quarto.

⏤ Oi, aonde vai sem comer? ⏤ desço imediatamente às escadas indo em direção a porta sendo impedido. O meu irmão mais velho Zane, parece preocupado comigo, que a um bom tempo não coloco nada na boca e logo meu irmão mais novo Chris também aparece na conversa.

⏤ Você precisa se alimentar, essa sua dieta vai matar você um dia! ⏤ diz com um desconforto eminente na voz.

⏤ Não precisa se preocupar comigo, eu sei me virar muito bem. ⏤ asseguro, olhando para ambos com expectativa.

Porém meus irmãos não estavam convencidos com o comentário. ⏤ Tome pelo menos um café Ninito. ⏤ Chris insiste usando meu apelido de infância, provocando um ronco vindo de mim.

Os irmãos propõem, ambos me abraçando; como um conforto físico, não dura muito porque logo depois me afasto deles abrindo a porta para sair mas pegando um café por consideração.

10:21

Não demora muito para chegar na escola e logo fui recebido pelos meus amigos, Nathaniel, Marinette e Alya indo até a sala conversando.

⏤ Eu acredito que a planta Ageratina altíssima é a mais venenosa.

Marinette puxou esse assunto tentando explicar o como elas consegue se adaptar aos diferentes ambientes, o que faz todos concorda menos Alya que continua a insistir que Oleandro é uma planta ornamental. O assunto para quando todos precisam ir para outra sala e eu faço, entrando na minha próxima aula quase atrasado, primeiro fracasso do dia. Com isso eu me cobro terrivelmente.

A aula havia começado, entretanto eu não conseguia prestar atenção, estava desenhando várias coisas em meu caderno e escrevendo poemas, já sabia às respostas, não era necessário prestar atenção nisso, realmente, depois foram mais 3 aulas para o sinal tocar novamente fazendo todos sair da sala indo para o intervalo.

Olho aquelas mesas repleto de adolescentes e alguns maiores que nem eu; procurando meus amigos sentando-se na mesa.

⏤ Estou falando, cara, Superman é mais forte.

⏤ Não Mari, olha o Batman, ele é gatão!

Eles estavam debatendo sobre super-herói, que eu apenas não entendo então pega meu livro, lendo, nunca gostei de coisas geek na verdade.

⏤ Homem aranha, ele é um gostoso, muito melhor que qualquer herói.

⏤ Porra, Alya é DC, não Marvel!

⏤ Foda-se! Ele continua sendo um gostoso. ⏤ Marinette deixa-se vencer por Alya, no mesmo segundo seu rosto mudou imediatamente. ⏤ Falando sobre gente gostosa, fiquei sabendo que chegou vários alunos novos e professores. ⏤ se ergue um pouco dando uma risada ganhando um pouco a minha atenção, começo a parar de ler meu livro.

⏤ Eu não recebi aula de nenhum ainda, já viu algum novo? ⏤ comenta Nathaniel, atraindo novamente olhares curiosos vindos de mim.

⏤ Bom, fiquei sabendo que é um homem, não coloca muita expectativa nisso, talvez seja apenas um velho igual o professor de inglês. ⏤ diz Alya enquanto bebia o leite de caixinha.

14:18

Entro um pouco em pânico caminhando até a sala vendo a porta fechada.

Merda Nino, a sua impressão para a escola, e você não chega na hora certa? Um inútil.

Respiro fundo batendo na porta ansioso e nervoso, os segundos pareciam horas, fazendo eu bate o pé. Logo a porta é aberta por um homem com cabelos lisos curto, pele branca, piercings na orelha e algumas tatuagens no braço dando um sorriso.

⏤ Hola chiquito.

O novo professor cumprimenta me vendo parado na porta abrindo a boca, porém, não sai nada, percebo que estava parecendo um idiota então tentava manter o foco. ⏤ Oi! ⏤ meu rosto se esquenta de vergonha. ⏤ Me desculpa, eu... eu caí no banheiro e sem querer cheguei mais tarde. ⏤ minto descaradamente e isso arranca um sorriso ligeiro do homem.

⏤ Relaxa, está tão nervoso porquê? Pode entrar, eu também cheguei atrasado. ⏤ entro na sala tentando evitar olha para professor, sentando-me em qualquer lugar. ⏤ Bom, como vocês sabem sou o professor novo, Adrien Agreste. E como muitos me perguntaram, não, eu não fico com alunos. ⏤ isso desperta uma risada dos adolescentes ali pelo comentário convencido. ⏤ Sou o professor de matemática espero me dar super bem com vocês. ⏤ ele termina se virando, escrevendo algumas funções, durante o tempo os outros copiava.

No entanto não conseguia para de olha aquele professor, queria entender o motivo de alguém tão jovem ser professor, ele aparentava ter 19 a 22 anos de idade. A tatuagem? O jeito? Não tirava os olhos do professor.

⏤ Quantos anos ele tem? ⏤ falo meio baixo, com uma certa curiosidade.

Balanço a cabeça buscando ignora tudo aquilo pegando meu caderno e desenhando, aquilo era um meio de fugir da realidade, ficar no meu próprio mundo, uma tentativa de ficar calmo, conseguia me fazer ficar bem.

Não percebo, mas o loiro passa nas carteiras, corrigindo as funções. ⏤ Lindo, mas o que isso corresponder com a aula?

Pára em pé diante a mim, me fazendo ficar com um certo calafrio e vergonha com aquilo, escutando aquela voz tranquila, parecia até um sussurro, conseguindo que eu gagueje. ⏤ Me desculpa, e-eu estou fazendo trabalho que o professor pediu.

Me arrependo rapidamente, era a pior desculpa da minha vida, o loiro puxa o caderno sem permissão, vendo o desenho. ⏤ Hum... legal não sabia que o professor... ⏤ ele pisca o olho. ⏤ Gostava de desenho com um garoto se mutilando. ⏤ claramente não sei bem como reagir; ficando envergonhado e desconfortável com ele pegando meu caderno e descobrindo minha mentira, Adrien deixa meu caderno no lugar novamente. ⏤ Está tudo bem, agora precisa fazer as funções. ⏤ ele dá um sorriso se afastando, depois dele se distanciar solto o ar que nem ao menos sabia que estava segurando, ficando aliviado, aquela situação foi estranha.

16:02

Passa um tempo até a aula acabar e às outras duas também, liberando os outros alunos, queria ir embora logo nem esperei meus amigos, não queria nem conversar fui logo para o meu motorista.

⏤ Hoje foi estranho, mas por quê?

Falo pra mim mesmo.

Olhava para janela do carro pensando em como meu dia foi, como aquilo era coisa da minha cabeça e como odiava que às pessoas olhassem meus desenhos, era algo meu, apenas minha privacidade. Era igual alguém dominar o pênis de outra pessoa, era dele e não deve ser dominado, percebo que chego na minha casa dando um suspiro.

Será que mamãe está em casa? Estou muito pensativo não quero ver minha mãe agora, séria frustrante e chato.

O Cachorrinho Do Professor (Adrino)Onde histórias criam vida. Descubra agora