28   Predador e o pau da sua presa

113 6 4
                                    

Pov Nino

14:45

O grande homem penetrou sua espada no peito de um dragão vermelho vibrante, rasgando sua carne e escama, logo salvando sua princesa.

Contos clichê e romances sempre comovia o coração de Ady, que sorriu animado enquanto eu fechada o livro.

⏤ Você gostou? Eu sempre lia esses quando criança. ⏤ tinha lido para Ady um livro, aproveitando o intervalo na biblioteca.

⏤ Eu nunca fui de ler romances ou contos de fadas. ⏤ escapou um sorriso envergonhado.

⏤ E viver? Já conseguiu?

A voz quebrou com a incerteza, o que ando vivendo com Adrien era algo esquisito, doloroso, não sabia se era meu conto de fadas. ⏤ Estou vivendo, eu acho.

⏤ Porquê? Está saindo com alguém? ⏤ olhou curioso e andou pela biblioteca, buscando mais um livro.

⏤ Sim, mas as vezes me deixa confuso. ⏤ percebi que estava falando demais sobre mim novamente, com Ady as coisas eram tão leves que me fazia esquecer que não merecia.

⏤ Eu acho que te entendo, em março eu fui enrolado por uma garota mais velha. ⏤ Ady soltou uma risada cansada e um olhar envergonhado para mim.

Olhei assustado, achando semelhante algumas coisas. ⏤ Ela tinha quantos anos?

⏤ Apenas dois anos mais velha, tinha 16. ⏤ explicou se aproximando com um outro livro para mim.

⏤ Ela também te enrola? ⏤ seus olhos brilharam inocentemente, o livro era sobre mais um romance tonto, logo agarrei dando uma olhada.

⏤ Não, so é rude demais mas eu entendo. ⏤ confessei não segurando a língua, deixando levar pelo momento confortável. ⏤ E é ele, ele é legal, bem bonito. ⏤ terminei com um sorriso bobo no rosto.

Pensei que poderia viver um desses romances com o loiro, meu conto de fadas.

Pov Adrien

Estou extremamente irritado, meu apartamento está uma bagunça, objetos jogados no chão, explodi; sem ter preocupação com os vizinhos.

Pegei um dos meus copos de vidros e apertei, meu cérebro repetia as palavras do meu superior diversas vezes. O vidro não suportou a pressão que fazia, quebrando e voando pedaços pelo chão.

Olhei para o chão, havia gotas de sangue, a mão esquerda estava ensanguentada. Fiz uma péssima bagunça sangrenta em meu apartamento, não era novidade agir desta forma quando as coisas fugiam do controle.

Eu sou tão burro! pensei sentindo um pouco de dor nos primeiros segundos, segurei a mão esperando o sangramento parar.

Recebi uma notificação do diretor que acabou com minha vida, fiquei com raiva de mim mesmo, foi uma péssima ideia me tocar no banheiro, mesmo local que violentei Nino pela primeira vez.

Pegei meu celular, mancando minhas digitais com sangue na tela; liguei para Nino, que devia estar no portão da escola, esperando os irmãos buscá-lo.

Ele atendeu, alegremente disse "Oi", todavia foi respondido com a minha voz amarga.

⏤ Onde você está? Estou indo te buscar. ⏤ questionei querendo ter a certeza saindo do apartamento, nem se quer limpei minha mão ou parei o sangramento.

⏤ Não dá, meus irmãos estão vindo me buscar na escola. ⏤ retrucou com medo.

⏤ Pouco me importa, saia daí, se esconda em qualquer lugar e me manda sua localização exata. ⏤ desci as escadas, aquilo não era um pedido gentil.

O Cachorrinho Do Professor (Adrino)Onde histórias criam vida. Descubra agora