O Cachorrinho Do Professor (Adrino)

13 Olhando o pau dele

Ser odiado por uma pessoa que não consegue odiar de volta, mesmo que mude de cidade, de país, minha mãe não iria me deixar em paz; uso de exemplo Mateo, meu irmão mais velho (ainda mais que Zane) não tive tantos momentos com a mais velho Lahiffe.

Por que é tão doloroso minhas relações com homens mais velhos? Apenas quero sentir afeto de um e estou fazendo as coisas mais idiotas possíveis para tentar suprimir toda a mágoa e angústia que preenche meu pequeno peito e tudo isso era demais para mim.

Depois de entrar com Adrien no carro, decidi continuar com ele, deixá-lo fazer o que quiser com meu corpo, mesmo com tanta vergonha e constrangimento, odiava meu corpo, odiava minha pernas e braços finos, odiava meu peito por serem tão pequenos e nada atraente mas sentia mais raiva ainda dá vontade de chorar enquanto as mãos dele me tocavam.

Me odiei, queria deixar Adrien feliz; se apenas decepcionar ele, meu objetivo de ser apreciado por outra pessoa vai para longe de minhas mãos.

E ele não parou, parece que gostou do que via, um garoto triste e frágil, a palavra "dono" soou amargo em sua boca, mas se sentiu assim, percebia o quão imaturo e a falta de experiencia que eu tinha apesar de minha idade, isso o incomodou bastante; não estava acostumado a fazer sexo com garotos de dezoito.

Os lábios grossos dele vieram até minha boca, estava sendo beijado e foi desengonçado, me odiei por não conseguir fazer direito. O gosto de bebida e cigarro que a boca dele tinha neste momento estava sendo horrível para mim, não gostei do gosto do beijo.

⏤ Quer beber, príncipe? ⏤ o maior disse enquanto parava o beijo. ⏤ Você também deveria se divertir um pouco. ⏤ ele estava me convencendo, Adrien já estava tonto pela bebida, ainda irá dirigir assim mas não parecia ser a primeira vez que dirige um carro estando alcoolizado.

⏤ Eu não sei, tenho que voltar para casa logo. ⏤ falei baixo me arrependendo amargamente de ter saído.

⏤ Se você beber, eu te levo para casa. ⏤ ele sorri tentando desesperadamente ficar comigo.

⏤ Mas quando eu voltar pra casa vou estar bêbado.

⏤ Apenas não volte para casa. ⏤ ficamos em silêncio, ele esperava uma resposta de mim mas apenas desviei o olhar, claramente não aprovando a ideia. O que faz o adulto perder a paciência comigo, vai em direção ao banco da frente e liga o carro. ⏤ Você me ouviu, se não quer beber eu não vou te levar para casa. ⏤ cuspiu a palavra com raiva e começou a dirigir o carro, fazendo de tudo para conseguir prestar atenção para não bater.

⏤ Onde você está me levando Adrien? ⏤ estava com medo enquanto olhava para janela, cogitando até mesmo abrir a portar do carro em movimento e sair; porém, o medo era maior.

Não obtive resposta, olhava as casas e prédios, me odiei por deixar meu telefone em casa, se eu não fosse tão burro poderia pedir ajuda para os meus irmãos, senti raiva de mim mesmo e começei a sentir a ansiedade formigando seu mamilo. Olhava para Adrien dirigindo, nas ruas não havia tantas pessoas. ⏤ Não fique tão assustado, vamos apenas para minha casa cariño. ⏤ ele nota que fiquei menos nervoso com a situação, tentou dizer isso para me tranquilizar e deu certo; fiquei sentado sem me movimentar no banco de trás, mas meu rostinho claramente mostrava que estava assustado.

⏤ Pode me levar para casa? ⏤ abaixei a cabeça, brincava com meus dedos ansiosamente enquanto meu peito doía, toda vez que tentava respirar meus pulmões ardiam, não conseguia respirar, sentia suas pernas dormentes. ⏤ Por favor? ⏤ minha voz a esse ponto já estava quebrada, começei a me afundar em um choro baixo onde tentava desesperadamente buscar oxigênio, me sentia tonto.

⏤ VOCÊ ME IRRITA, NÃO CONSEGUE CALAR A BOCA POR UM SEGUNDO?! ⏤ ele gritou direcionando um golpe forte no volante do carro, simplesmente o olhei assustado; segurei meu choro imediatamente e tentava me acalmar, mas o que apenas consegui pensar nesses segundos foi a ideação suicida.

Quis morrer por ter saído com ele, não imaginei que seria desta forma, em meio a tanto medo depois de ser consensual, de ter brigas com minha mãe e a própria autodepreciação, criei uma imagem idealizada do adulto. Criei cenários onde meu agressor poderia ser gentil comigo, afinal, sinto que ninguém pode concertar o estrago que fez em minha mente e em meu corpo, apenas ele era capaz de me fazer aceitar que pelo menos aquela dor podia ser com alguém, não uma dor sozinha.

Mesmo assim, prefiro acreditar que todas essas atitudes ruins dele foram por conta da bebida. Será melhor pra eu acreditar nisso.

23:12

O quarto estava escuro, era lotado de alguns pôsteres de bandas, tinha bastante sangue nas fotos e pessoas com o peito rasgado; senti um pouco de nojo.

Não conseguia ficar tão distraído com isso, senti minha bunda sendo apertada pelas mãos dele, olhei o mesmo envergonhado, sem jeito, estou ansioso por ficar sozinho no quarto dele tão tarde, já deveria estar em casa.

Mas Adrien não me deixou ter opções, era pra eu estar no quarto dele e ponto.

Estava apenas com a minha roupa intima e blusa, ele parecia está empolgado, pegou o meu pescoço fino e apertou enquanto me beijava, não quis lutar, senti um incômodo; isso é obvio.

O loiro estava completamente bêbado, não conseguia fazer nada além de dizer palavras sujas para mim, me fazendo sentir imundo. Comecei a tirar minha roupa, pela primeira vez vi como é o corpo dele, olhei para o lado; desejando que tudo desta vez fosse rápido e que pelo menos consiga ouvir coisas lindas sair dos lábios dele.

Senti um tapa forte em meu cu, sempre tinha essas brincadeiras dele, odiava os tapas e como minha pele ardia e ficava vermelha logo depois. Os beijos eram violentos e nada agradáveis, tudo era apressado demais para mim, não conseguia acompanhar o ritmo, todos os golpes na barriga que ele direcionava contra mim faziam eu me contorcer; isso não conseguia ser divertido para mim, me sentia como um brinquedo, não conseguia falar "não" para ele. Nem ao menos conseguia parar; nem se eu quisesse, ele é muito grande para mim.

Apenas ficava em silêncio e aguentava os tapas e socos.

⏤ Docinho, você achou que eu estava brincando? ⏤ não respondi, apenas me lembrei de uma piada de Adrien no momento tenso do carro onde ele não quis me deixar ir embora; depois de gritar ele disse "Se você continuar assim eu vou te espancar hoje." Senti minhas paredes se contrairem com a entrada do pênis dele, gemi de dor e Adrien estremeceu pelo meu cu quente e mucoso. ⏤ Você é tão apertado príncipe. ⏤ gemeu enquanto me empurrava, me escondia no pescoço dele e me contorcia a cada estocada.

Tentei não fazer nenhum barulho pela vergonha, me sentia humilhado por estar aqui, me sentia no fundo do poço pela primeira vez, nem quando minha mãe tentou me matar em um ataque de fúria com um vaso de flores. Fui sortudo por ela não ter conseguido acertar, aquilo iria perfurar minha cabeça e me matar. Mas olhando agora, se aquele vaso tivesse aberto minha cabeça e eu morrer na mansão fria dela, eu não estaria nessa situação agora.

No fundo queria que Adrien me matasse, abrindo minha cabeça. Ele mordeu meu ombro, chegando ao orgasmo.