27   Um pau com cada vez mais tesão

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Pov Adrien

14:53

Estou em minha mesa, os alunos estão conversando; não é algo novo, peguei meu caderno. Minhas noites haviam sido horríveis, hoje não foi diferente, o que me deixava satisfeito é que irei ver Nino hoje.

Sonhei que estava com fúria e gritando contra uma criança, até mesmo dei um soco forte no rosto da criança, o que me deixou pensativo é que a criança que estava com raiva e bati era eu; aos 10 anos de idade.

O caderno que estava na mesa logo começou a ser preenchido por escrituras, quando pensava no castanho atualmente vinha sentimentos de paixão, amor, obsessão.

Não pretendo ter algo leve, fofo, amoroso, quero ter algo violento, adoro a violência, está em meu sangue, correndo por minhas veias a vontade de matar e torturar outras pessoas.

Principalmente garotinhos bonitos, sempre mostro quem sou quando quero; mostrei para Nino diversas vezes o quão mau posso ser, mesmo assim o pequeno ficou.

Talvez encontrei alguém tão louco como eu.

O pensamento é excitante, um garoto lindo como Nino, ingênuo, inofensivo, delicado e apenas para mim.

Minhas mãos se movimentaram no papel, fazendo uma frase, colocando todo meu desejo em uma linha.

"Eu quero usá-lo e destruí-lo, quero fazê-lo lembrar de mim para sempre, e eu quero me destruir junto."

Ri pelo quão doente isso soou, mas me deixava duro; não tinha culpa se fui criado por um homem obsessivo, não é atoa que sou sozinho nos dias de hoje.

Todavia, no fracasso ainda há uma luz, e a minha é Nino Lahiffe.

Já estive no fracasso uma vez, aos meus dezenove anos quando fui rejeitado por minha mãe, quando escutei sair da própria boca da mulher que me criou como se arrependia de me ter tido.

Desde então, minha relação com minha mãe se tornou fria, somos completamente distantes na minha vida adulta. Não buscava contato, e a raiva intensa por meu irmão mais novo apenas cresceu nesse meio tempo.

Quando fiz vinte e sete anos, desapareceu meu carinho por meu irmão, era o meu aniversário e Ady recebeu toda a atenção da nossa mãe, odiei a forma que me senti carente de amor naquele dia, nesses anos me tornei frio, até conhecer Nino.

Me lembrei da promessa quando consegui alugar meu apartamento, o local era vazio e fazia eco o lugar; me aproveitei da minha vitória e disse em voz alta: Se eu voltar a fracassar, com as minhas próprias mãos irei me tirar deste mundo.

Não via razão para estar vivo se fracassar, se voltar a ser um adolescente começando a vida, se falhar como eu mesmo e principalmente; deixar de fazer as coisas que era negado.

Sempre fui desta forma, meus desejos e vontades eram tirados a força pelos socos do papai. Quando ele morreu, chorei de felicidade, apesar de amá-lo.

Iria ter paz, teoricamente, mas nunca realmente conheci a paz, meu peito sempre ardia em raiva e angústia, minha mente me matava todos os dias.

Nunca tive ninguém em minha vida para me ensinar a amar alguém, minha forma de amar era idêntica a forma de amor do meu pai, Emilie após a morte do marido se afundou, estava grávida e sozinha.

Eu tinha 15 anos de idade quando Ady veio ao mundo, não gostava da criança, sempre chorona e irritante; principalmente odiava a forma que mamãe cuidou dele, afinal, eu sabia que quando era um bebê ela nunca me carregou no colo de verdade.

Até meus dezenove anos, nunca consegui culpar Emilie por tudo, dizia que era culpa do desgraçado do Gabriel, fingi por anos que não tinha raiva da minha própria mãe.

Agora, tinha Nino; o garoto nunca teve ninguém como eu, sabia disso, somos semelhantes, sozinhos. Quando soube da relação familiar dele meu peito se encheu de euforia.

Sempre tive Félix, um homem sereno que cresci junto, considerava o homem como um irmão, até ele dessaparecer da minha vida. Por culpa de Nino.

Friamente enxergei aquilo como uma troca, o ter por perto era não se importar, honestamente sinto falta de correr perigo.

O sentimento sempre me deixava nostálgico sobre o ambiente que cresci, minha casa antiga, memórias dolorosas do meu passado, trouxe a tona toda a minha raiva que fingi não ter na vida adulta.

Estou farto de fingir que não sou aquilo, que sou um homem bom, mostrar para minha mãe e família que sou uma pessoa com estabilidade financeira e vencendo na vida como deveria ser.

Quero isso, mas sentia falta de correr perigo. Nino deixava em perigo todo meu esforço nesses últimos anos.

Pensar no pequeno, lembrei-me da última vez que a gente se viu em meu apartamento, a sensação de fazer pequenos cortes na bunda pálida e ver o garoto completamente indefeso, parecia que estava dopado.

Havia percebido, queria fingir que apenas não sabia, não sou burro ao ponto de não saber distinguir quando uma pessoa estava sana ou não.

Minhas calças apertaram em torno do meu pau, percebi a ereção pensando em Nino, era a terceira vez na semana, ele me deixava louco.

Em meus pensamentos apenas havia Nino, o cheiro que sentia era o perfume do pequeno, morango e doce, me deixava incrivelmente atraente o cheiro.

Meu pecado, meu erro, meu passado, meu presente, Nino era tudo isso para mim.

Logo o sinal bateu, senti-me aliviado, senti saudades de o ter na escola; bati na mesa, se não fosse pela maldita mãe do meu príncipe não teria que lidar com a ereção sozinho.

Me imaginei chegando no ouvido do jovem adulto, dizendo: Vamos para o banheiro, cariño? Tenho uma coisinha pra você. E Nino iria me olhar com vergonha e constrangimento, diria que não ia conseguir mas logo eu iria retrucar, dizendo: Você não escolhe aqui, e o levaria.

Senti meu membro latejando, queria ver meu pequeno morango hoje; meu delicado Nino Lahiffe.

Assim fui ao banheiro me deixando permitir ter um pouco de prazer e tirando uma foto ousada para o castanho, era a primeira vez que fazia algo assim, estava ansioso para saber qual seria a reação dele.

Não tranquei minha cabine, foi algo em meio a desespero e submersão ao meus pensamentos sujos acabou entrando dois adolescentes no banheiro.

O Cachorrinho Do Professor (Adrino)Onde histórias criam vida. Descubra agora