24   Apanhando com o pau, de novo

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Adrien deslizou suas mãos pela minha cintura, foi uma má ideia ter tomado remédios da enfermaria escondida.

Tomei zolpidem e ansiolítico pela primeira vez e um relaxante muscular; queria me livrar da dor física e mental.

Queria ter apagado e dormido mas por algum motivo não consegui, até o horário acabar e ser pego por ele no portão me mantive acordado já que queria descansar nos braços do homem.

Meu corpo está mole, queria dormir. A sensação quentinha de Adrien passando uma pomada nas queimaduras do meu cu. A mão quente deslizava cuidadosamente na parte interna nas coxas, que senti uma sensação boa quando a pasta aliviava a dor. ⏤ Você poderia ser menos burro e ter passado uma pomada. ⏤ bufou Adrien não gostando do serviço.

⏤ Eu não sabia o que usar. ⏤ justifiquei sentindo enjoos, na escola foi o mesmo, parei na enfermaria graças a Ady que me viu quase caindo.

⏤ Sua mãe não te ensinou o se cuidar? ⏤ havia rancor nessa pergunta.

⏤ Não, ela não fala comigo. ⏤ resmunguei como um sussurro, o loiro escutou entretanto ignorou.

Pov Adrien

20:22

Não quero dizer nada e nem senti pena, estava farto de saber sobre a vida triste de Nino, era patética para mim, me perguntava o motivo dele não sentir raiva, querer arrancar os olhos dos seus próprios pais.

Quando era criança e algo ruim acontecia dentro de casa ou quando não tinha apoio da minha mãe, sentia desejo de matá-la. Aos meus 12 anos já ataquei Emilie com um prato de vidro.

Não senti orgulho do que fazia nesta idade, parecia uma besta. Sempre problemas para a minha mãe na escola, Emilie sempre era chamada na sala do diretor; o motivo era sempre parecido, eu tinha um costume exótico de atacar alunos desconhecidos na escola.

Sempre entrava em brigas, durou até meus 14 anos, após ser expulso da segunda escola; mas era estranho uma coisa, sempre fui inteligente, tirava notas altas em ciências exatas sem precisar estudar e sabia explicar bem o conteúdo.

Era um gênio que sempre causava bagunça na escola.

Se desenhou um sorriso malicioso em meu rosto quando finalmente terminei de passar a pomada, deslizei meu dedão em uma ferida sadicamente apertando, vendo ele ter uma reação ruim.

Apertei seu rosto franzindoa testa, surgiu algumas rugas, dizendo: Isso dói! Pare!

Para a surpresa de Nino realmente parei, mas logo levei meus lábios para o seu rosto, dando pequenos beijos. ⏤ Pensou muito em mim hoje? ⏤ perguntei com malícia, quero ouvir da boca do pequeno as palavras certas.

⏤ Sim, o dia inteiro. ⏤ ele sorriu gostando dos beijinhos. ⏤ E você? Pensou em mim? ⏤ seus olhos brilharam com expectativa.

Logo desapareceram, o meu rosto começou a ficar apagado o todo o ambiente colorido, até demais, isso o fez fechar seus olhos com força. ⏤ Tanto que fiquei duro. ⏤ falei sensualmente, esfregando as mãos no seu corpo subindo cada vez mais.

Nino não respondeu, se tornou distante na conversa, apenas conseguia sentir o meu toque quente e familiar que o deixou eufórico. ⏤ Eu gosto tanto de ficar com você, promete não contar pra ninguém, não é? ⏤ iniciou, soava triste, o tom mudou completamente em questão de segundos.

⏤ Você sabe que eu seria capaz de matar apenas para ter você ainda, aposto que você sabe. ⏤ fiquei agressivo puxando o tecido da blusa do pequeno, que voltou a abrir os olhos se encolhendo. Era verdade, minha vida era insignificante e chata, não havia tanto prazer quando estava sem Nino; estou totalmente dependente do seu choro e do seu orifício apertado. Já havia feito loucuras antes, sem ele iria ficar sozinho, iria me afundar novamente na pornográfica e em putas passivos onde não tinha relações reais. Com o Lahiffe era tudo real, me sentia vivo fazendo-o sofrer, vendo sua dor, amava de todo o coração, era como uma maldita droga. A alucinação não deu tempo; no seu campo de visão após abrir os olhos novamente havia diversos pontos negros com formas e cores diferentes. Não teve tempo para reclamar, gemeu quando sentiu eu tentar puxar seus shorts escolares com brutalidade. ⏤ Eu prometi que seria alguém maduro para você, se lembra? ⏤ provoquei beijando o pescoço. ⏤ Lembra do dia que eu prometi todas essas coisas para você? ⏤ logo mordi o local, iria deixar uma marca, não era algo novo. A sensação ruim dominou seu peito, se lembrando das palavras amargas e ameaçadoras que falei e não apenas quando foi sem piedade penetrado no banheiro da escola, de todas as vezes.

⏤ É pra você responder! ⏤ dei um golpe no seu rosto, que logo encheu os olhos de lágrimas tentando digerir os acontecimentos de agora.

Pov Nino

Primeiro, foi carinhoso, fui buscado por Adrien na escola, nas mensagens o adulto tinha dito: Você tem a mim, não precisa desses seus pais, sempre vou te escutar, docinho.

No carro, mesmo estando tão conturbado e enjoado pelos remédios, escutei a voz madura e linda cantar uma canção, parecia alegre e feliz, a sensação de ser olhado por Adrien; querer ser tocado e amado no carro foi maravilhoso.

E neste exato momento, acabei de levar um golpe da pessoa que estava saindo sentindo que fiz algo errado, meu corpo estava mole e apenas queria dormi, meus olhos me enganavam e criavam cores e imagens distorcidas em minha frente. ⏤ Eu sinto muito! Por favor, podemos não fazer dessa vez? Você acabou de cuidar dos meus machucados... ⏤ disse com a voz quebrada.

⏤ Parece que eu terei que fazer mais. ⏤ pegou o canivete do seu bolso, sempre leva um para escola para algo simples, apontar seus lápis.

Seu quarto estava gelado, o sangue em minha roupa íntima fez meu estômago revirar. Me lembrei da gentileza que fui recompensado mais cedo.

Ainda se repetiam as palavras legais que sairam da boca de Ady, me deixava esquisito e confuso, foram suaves, deixaram meu coração quente.

O diálogo se repetiu brevemente em minha cabeça, foi desta forma:

⏤ Nino? Você esta bem? ⏤ Ady viu as minhas pernas fraquejar durante a pequena caminhada até o laboratório.

Luka logo atrás olhou preocupado assim como o loiro. ⏤ Eu estou bem, apenas não consegui tomar café da manhã, estou enjoado apenas. ⏤ menti de forma descarada, não comia bem a dias.

⏤ Anda saindo com garotas? ⏤ Luka riu, a piada fez Ady olhar perplexo e arrancou um olhar de horror de mim.

A pergunta foi incômoda, havíamos conversado pela primeira vez faz poucas horas; realmente senti horror, mas não havia tempo para uma gravidez. Além de ter problemas com minha lubrificação, sempre sangrava porque não era produzido o suficiente para alguém grande como Adrien.

Era pouco, o sangue sempre acabava deixando mais fácil deslizar mesmo sendo a parte mais doloroso. ⏤ Eca, não tem chances. ⏤ apesar da última vez Adrien ter me lotado com esperma até o ponto sensível.

Quase caindo no chão e me apoiando em uma das mesinhas, o suor descia por minha testa, não sei quanto tempo iria aguentar com aquela dor atrás entre as pernas e meus músculos estarem a ponto de rasgar.

Ady se aproximou de forma amigável.

⏤ Você está tão pálido. ⏤ sua voz era dolorosa. ⏤ Eu te juro que vou te levar para a enfermeira e falar com ela sobre, alguns tem vergonha de falar, eu sei pode deixar comigo! ⏤ piscou para Nino esperando uma resposta.

⏤ Eu estou falando sério, eu realmente não preciso. ⏤ após terminar de falar as pernas tremeram e perdi o ponto de equilíbrio, se não fosse a mesa ao meu lado iria ter caído. Isso foi o suficiente para fazer Ady segurar na minha mão enquanto Luka foi falar com o professor, a respiração ficou rápida e minha visão turva. ⏤ Irei te levar, ok? Amanhã vou trazer um pão para você comer já que não se alimenta em casa. ⏤ falou com preocupação, Ady era sempre gentil e amável.

Deixando de pensar na cena de manhã me olhei no espelho, olhando minha nádega; fui cortado por Adrien com o canivete antes de ser penetrado brutalmente mesmo tendo pedido pra ele não enfiar em mim por causa dos ferimentos, os cortes e rasgos não haviam sido tão fundos.

Me lembro o quanto tentei me contorcer e me soltar das suas garras e ao mesmo tempo havia alucinações, duvidei diversas vezes se os cortes estavam sendo reais ou era apenas minha mente pregando peças.

Olhei vagamente para meu corpo, me sentia mais feio pelas marcas, iriam ficar para sempre em meu corpo.

O Cachorrinho Do Professor (Adrino)Onde histórias criam vida. Descubra agora