Capítulo 6

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— Com certeza o vestido azul.

Camila joga o tecido para Zara que resmunga.

— Você poderia ter acertado meu bebê.

A garota se inclina para frente na missão de proteger seu filho.

A última vez que a vi ela tinha acabado de descobrir que estava grávida. Quase um ano depois, estamos aqui agora. Lucca tem exatos 2 meses de vida.

— Aí, não exagera. Passou longe.

Camila se defende.

As meninas se arrumam na sala enquanto esperamos os staff vir nos buscar para a primeira reunião com o grupo e a empresa.

— Estou ansiosa para começar os preparativos. Imagina, gravar um álbum junto com os meninos. É um sonho sendo realizado.

Sterh se levanta em sobressalto e anda de um lado para o outro, falando.

— Será que vai ter algum MV de casal? Vão dividir? Tipo, somos sete e eles também. Não pode ser uma coincidência, pode?

Pisco os olhos tentando acompanhar seu ritmo.

— Talvez, faz sentido. Um MV romântico, cada um com seu par.

Marina alimenta as possibilidades.

— O Taehyung é meu.

Nica exclama confiante.

Rio.

— Claro Nica, ele é todo seu. — Vou até ela e bagunço seu cabelo, corro antes que ela me acerte com a almofada.

Zara coloca o bebê no carrinho e fica acariciando seu rostinho. Perguntei para ela se estava bem em dividir quarto com mais duas garotas, se não ficava apertado todas elas e mais o pequeno Lucca. Me ofereci para trocar com ela, Zara e o bebê dividiria com a Nica. Mas ela negou, disse que estava ótimo onde estava, que foi ela escolheu. Durante esse tempo afastados, se aproximou muito da Sterh e não queria ficar longe, já que a mesma a ajuda muito com o Lucca e que o quarto era enorme e foi adaptado para eles.

— Vamos, eles já chegaram.

Camila avisa segurando o celular. Ela é a primeira a sair do apartamento, logo depois Zara sai levando o carrinho e Sterh leva o bebê.

— Cadê a Marina? — pergunto para Akemi que dá de ombros.

— Acho que ela foi até o quarto buscar alguma coisa.

Olho para Verônica que troca mensagens com um sorriso bobo no rosto, não preciso nem de uma bola de cristal para saber com quem ela fala, Kim Taehyung.

Me viro para Akemi.

— Pode deixar, eu vou chama-la.

Ela sorri agradecida, arrastando Verônica que não desvia os olhos do celular para fora do apartamento.

Caminho até o quarto delas, levanto a mão para bater na porta, mas antes que eu a toque, a porta se abre. Encontro Marina sentada na cama segurando uma caixinha de música nas mãos. Ela está chorando, me aproximo preocupada.

— Marina? O que aconteceu?

Me sento ao seu lado, arrumo a mecha do cabelo dela, o colocando para trás.

— Essa caixinha — começa, acariciando o metal já velho — é da Claire. — sorri — ela me deu de presente para que pudesse me lembrar dela. — Uma outra lágrima derrama por sua bochecha — Como se precisasse.

Respiro fundo.

— Você sente muita a falta dela, não é?

Marina assente.

BTS: AS MUSASOnde histórias criam vida. Descubra agora