Capítulo 22

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Ouço um grito estridente vindo do corredor. Franzo as sobrancelhas, Akemi afasta o livro que estava lendo, não faço ideia do que se trata, o título está em japonês. Na época da seleção eu traduzir algumas cartas para ela, mas não aprendi o idioma. Verônica, salta da cama.

— O que foi isso? O que aconteceu? — pergunta para nós, e corre em direção a porta. Akemi e eu nos encaramos, indo logo atrás.

Reconheço aquele cabelo loiro em qualquer lugar.

Sorrio quando ela nota minha presença.

— S/n — Claire larga Marina e corre em minha direção. A garota quase me derruba no chão.

— Nossa, é assim que você trata a sua namorada?

A morena reclama, mas a parisiense não se deixa abalar.

— Por favor, me diga que já se decidiu, qual deles eu enfim posso chamar de cunhado?

Pigarreio.

Verônica a puxa para um abraço, depois Akemi.

— Não sabia que você estava na cidade.

Digo para fugir da pergunta.

— Pois é, eu vir visitar vocês. Passar uns dias, o que acham?

Marina quase chora, segurando as lágrimas.

— Meu amor, você pode até morar se quiser.

— Não acha que já tem gente demais aqui não?

Camila pergunta com a voz arrastada.

— Se você sair, fica uma a menos.

Marina devolve com os olhos fulminando.

Encaro Verônica que dá de ombros, é nítido que minha amiga também não gosta da Camila, então resolvo intervir.

— Claire, estou tão feliz que esteja aqui.

A loira sorri para mim em agradecimento.

— Quero saber de tud...— ela se cala, seus olhos arregalados. Acompanho seu olhar, Zara adentra a sala com o Lucca nos braços. — Aí meu Deus. — a garota corre até o bebê, o tirando dos braços da mãe. — Que coisinha mais linda da titia, como você tá grande Lucca. — ela ergue o bebê para cima, que deve ter uns 6 ou 7 meses, para ser sincera não faço a menor ideia.

— Claire, que bom vê-la aqui.

Zara sorri para a outra que ainda está enfeitiçada pelo o pequeno Lucca.

O bebê levanta as mãozinhas tocando o cabelo loiro dela, que se desmancha em seus mini dedinhos.

— Ele é tão fofo, quero um também.

Claire olha para Marina, que responde com uma cara de horror.

— Nem pensar.

— Por que não?

Faz bico de forma dramática.

— Bebês choram e fazem cocô toda hora.

Rimos.

— Você seria uma péssima mãe, Marina.

Claire fala com um certo divertimento em sua voz. Por sua vez, a morena finge não escutar.

— Ok, ok, agora devolve meu filho que ele precisa tomar banho.

Zara tenta pegar o bebê, mas Claire da meia volta na sala, se afastando dela.

— Ele não te quer.

Zara coloca as mãos na cintura, encarando nossa amiga.

— Vocês não vão fazer nada? — pergunta em nossa direção. — Essa maluca quer sequestrar meu filho.

BTS: AS MUSASOnde histórias criam vida. Descubra agora