Capítulo 2

920 70 18
                                        


Me espremo entre as pessoas, tentando alcançar a área de desembarque. Caminho a passos largos, os meninos não me mandaram mais nenhuma mensagem e não me respondem também. Estou começando a ficar preocupada. Pego o celular e disco o número do Jungkook pela décima vez. Toca, toca e cai na caixa postal. Vejo uma multidão se reunindo um pouco distante, respiro fundo. Será que eles foram descobertos? Corro até eles.

— Com licença, com licença.

Como é?

Um garoto com um jogo de baralho em cima de uma mesinha improvisada de papelão. As pessoas apostam em qual carta estará a escolhida, e dessa forma arrisca uma quantidade de dinheiro e se acertar, ganha. Um flashback de um episódio do Chris me vem a mente e seguro a risada. Ao mesmo tempo aliviada por não ser os meninos no meio de uma multidão.

— Essa.

Um rapaz encapuzado, com óculos escuros, moletom preto e máscara fala pausadamente e com a voz arrastada colocando cem reais em cima de uma carta virada para baixo.

Encaro ele intensamente.

Após apostar, o rapaz inclina o corpo para frente, ansioso pelo o resultado. Ao seu lado, outro todo coberto parece um pouco entediado.

O garoto que controla as cartas vira a escolhida e não era a correta. Um " oh " e risadas se espalha pelo o lugar. O que perdeu, resmunga coisas inaudíveis. Mas só quando levanta os braços até a cabeça, se lamentando. Eu o reconheço. A tatuagem com o nome " Army " fica bem evidente agora. Te achei.

Me afasto da multidão, indo por trás dos meninos. Coloco uma mão em cada ombro.

— Peguei vocês.

Jimin estremece com o toque, Jungkook por sua vez, parece não se importar.

— Vamos! Alguém pode reconhecer vocês.

Tento puxar eles.

— Por favor, S/n. Só essa?

Estamos conversando em inglês, Jungkook me olha com aquele olhar choroso. Sim, ele está usando óculos, mas isso não o impede de levantar o suficiente para que eu os veja.

Viro o rosto para o Jimin, que levanta as mãos em rendição.

Suspiro fundo.

— Só essa vez. E ver se arruma esse óculos.

Ele assente repetidas vezes. Se virando para o garoto das cartas e apostando em mais uma carta.

— Como vocês entenderam o jogo?

Pergunto para o Jimin. Afinal, eles não falam português.

— Sabe como é o Jungkook, não é? Não há nada que esse garoto não saiba fazer. Ele viu de longe esse tanto de gente e logo ficou curioso. Praticamente me arrastou até aqui, eu avisei que devíamos ficar te esperando. Mas não poderia deixa-lo vir sozinho.

— Então você veio junto. — completo, o mais velho assente. Faz sentido.

— Fez certo, Jeon perdido por aí sozinho é um perigo.

Rimos.

O Maknae pula de alegria depois de finalmente acertar o jogo.

Ele conta as notas enquanto caminhamos até o carro da minha mãe.

— One, two, three...

— Jungkook?

O chamo, ele responde um " hum? " sem me encarar. Está muito concentrado no dinheiro.

— Você está conseguindo contar quanto ganhou?

Ele para bruscamente, nos fazendo parar também.

— Tenho cinco nota.

BTS: AS MUSASOnde histórias criam vida. Descubra agora