CHRISTOPHER UCKERMANN 📜
Todas aquelas palavras ecoando em minha mente enquanto ainda estava em pé há uma certa distância dela, minha irmã apareceu e veio até mim com uma expressão de preocupação pois viu a situação em que eu estava. Dulce continuava lá, mas assim que a olhei novamente ela abaixou a cabeça.
— Christopher, o que aconteceu? — perguntou tocando meu ombro em seguida.
— Você me empresta seu carro? Preciso ir embora. — engoli em seco.
— Claro, não quer que eu vá com você?
— Não precisa, eu quero ficar sozinho agora.
— Tem certeza? Me deixa pelo menos ir com você e depois poder ficar sozinho o tempo que precisar.
— Não, eu só preciso esfriar a cabeça.
— Tudo bem se você não quer que eu vá, te vejo em casa depois. — me entregou as chaves do carro e carinhosamente me deu um beijo no rosto.
Fui caminhando em direção a saída e tudo que eu esperava era que Dulce viesse de encontro a mim, mas eu sabia que aquilo não iria acontecer. Entrei no carro de minha irmã e segui pela estrada com o coração em pedaços, chorando e desejando que nada do que eu fiz antes tivesse acontecido. Resolvi parar em uma boate mais a frente, estacionei o carro e segui em direção a entrada para depois ir ao bar beber algo.
— Oi bonitão. — disse uma mulher loira parando bem ao meu lado.
— Olá. — tomei a dose e pedi outra.
— Você chegou agora? Aconselho ir com mais calma na bebida, se quiser posso te mostrar como se relaxa.
— Desculpe, mas eu não vim para transar. Apenas preciso de uma bebida. — continuei bebendo.
— Por que negar um se pode ter os dois? — ela me olhou sorrindo safada.
— Garçom, uma garrafa para a viagem.
— Já vai? — colocou a mão sobre minha coxa.
— Sim, ver se eu bebo em paz. — o paguei e fui embora com minha garrafa.
Em questão de segundos no lado de fora, tomei um gole e quase caí no chão por me sentir tonto.
— Cuidado, moço! — gritou um homem bem atrás de mim, ignorei e fui até o carro.
Coloquei o cinto de segurança, comecei a dirigir e ao mesmo tempo bebi goles irreparáveis daquela bebida. Torcendo para que aquilo fosse capaz de amenizar a minha dor, ao mesmo tempo me encontrei chorando novamente.
— Merda! — gritei dentro do carro em meio as lágrimas que me faziam soluçar.
Bati com a mão no volante inúmeras vezes e naquele momento achei que morreria. Sinto minha visão embaçada perante a estrada e uma leve tontura, misturada com um pouco de sono. Algumas vezes pisco rapidamente tentando me manter atento, então lembro da minha tentativa falha de conseguir o perdão de Dulce e todas as palavras que ela me disse ainda há pouco. As lágrimas voltam com toda força, como se o ar faltasse em meus pulmões, puxo a respiração fortemente e bebo mais alguns goles. A garrafa está quase vazia e a minha mente mais cheia do que o normal, uma dor inexplicável, maior do que essa só a de quando ela me deixou. Faço uma ultrapassagem arriscada, mas não sinto nada apenas a dor de um coração partido e a raiva de ter sido um imbecil. Pego o celular e até penso em ligar pra ela, mas sei que não atenderia e rapidamente acabo desistindo. Novamente estou fazendo ultrapassagens e bebendo o que falta da bebida, chorando e gritando como um louco. Um grande desespero me bate quando ultrapasso novamente e sinto o carro ir para o lado contrário da pista.
DULCE MARIA 📜
Aquela discussão acabou totalmente com o meu ânimo para a festa, era quase meia noite e tudo que eu queria era ir embora para casa. Claire veio até mim segurando duas garrafas de champanhe, a contagem regressiva acabou de começar e todos esperavam ansiosamente pelo o momento em que o relógio chegaria às zero horas.
— Feliz Ano Novo! — gritamos todos juntos.
Se ouvia os vários fogos lá fora e as pessoas se abraçando sem parar e brindando com taças de champanhe e vinho, fiz o mesmo junto com Claire e meus pais. Anahi veio com Alfonso para juntos brindarmos, eu sorria, mas a minha mente estava em outro lugar que não era aquele. Alguns minutos depois em que todos estavam sentados desfrutando do jantar e jogando conversa fora, o celular de Claire tocou e ela saiu para entender.
— Tudo bem? — perguntou Anahi próximo de mim.
— Mais ou menos, depois te conto. — ela assentiu e carinhosamente fez carinho em meu ombro.
Claire voltou completamente pálida e com o rosto cheio de lágrimas, quando percebemos imediatamente ficamos preocupados.
— O que aconteceu? — perguntei.
— A ambulância de um hospital aqui perto acabou de me ligar, o Christopher sofreu um grave acidente na estrada. — ela disse e imediatamente começou a chorar.
— Meu Deus! — Alfonso colocou as mãos na cabeça extremamente desesperado.
— Temos que ir pra lá.
— Vamos no meu carro. — disse meu pai e todos ficamos de pé indo em direção a saída.
Nos despedimos rapidamente de Maite e de alguns convidados que estavam perto dela, meu pai e minha mãe foram na frente e Claire no banco de trás comigo. Ela chorava muito e para mim também foi inevitável não fazer o mesmo, havíamos discutido e eu o mandei embora.
Não deixava de pensar em como ele estaria, tudo que ele me disse anteriormente e como o tratei.
— Ele estava no meu carro, eu insisti para ir com ele e não me deixou. — disse Claire entre soluços e eu a abracei.
— Alguém deu alguma informação de como ele estava ou coisa assim? — perguntou minha mãe.
— Só falaram que ele estava gravemente ferido, o motorista que vinha atrás ligou para a ambulância depois que viu o carro capotar. — ela começou a chorar novamente.
— Meu Deus. — disse minha mãe.
— Chegamos. — disse meu pai estacionando.
Fomos entrando no hospital e indo falar com a recepcionista, demos as informações a respeito de Christopher e ela pediu para aguardar pois a ambulância ainda não chegou. Ficamos sentados na recepção completamente aflitos esperando por notícias, eu não conseguia parar de pensar nele e em tudo que estava acontecendo. Claire ligou para seu namorado e pediu que ele avisasse a mãe deles, fico pensando em como a Dona Alexandra ficará desesperada quando souber da notícia. Anahi e Alfonso chegaram alguns minutos depois no carro dele, preocupados.
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Fighting for Love (Vondy)
RandomChristopher Uckermann viu tudo mudar quando o amor de sua vida teve que ir embora, seguir o caminho rumo para a tão sonhada faculdade. O tempo foi passando e ele não teve mais esperanças de voltar a ver Dulce Maria, o seu primeiro amor, alguém com q...