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CHRISTOPHER UCKERMANN 📜

Mirei o chão completamente sem reação, senti meu coração bater acelerado e por alguns minutos eu não sabia o que falar que pudesse fazer com que ela mudasse de ideia.

— Você está terminando comigo? — perguntei.

— Sim, é o melhor pra nós dois.

— Você me ama e eu te amo! A gente se desentendeu, mas não precisa ser assim.

— Eu realmente te amo, mas é claro que você não se sente da mesma forma.

— Quero conversar com você e tentar resolver essa história, a gente não pode acabar assim. — fiquei muito alterado, desesperado para que ela mudasse de ideia.

— Christopher, para! Eu já decidi e não quero mais namorar com você, melhor que cada um siga o seu caminho e fique em paz.

— Não acredito! Por favor, Miranda.

— Você está desesperado com a minha decisão, isso é óbvio, mas não se preocupe que isso irá passar.

— Ainda não acredito que você tá me deixando.

— De qualquer forma obrigada por ter sido meu companheiro durante esse tempo que estivemos juntos, espero que você fique bem e saiba que eu sempre vou te amar e ter carinho por você. — se aproximou de mim e beijou carinhosamente o meu rosto, saindo logo em seguida.

Ela foi embora, me deixando sozinho com meus pensamentos e a cabeça completamente confusa. Então, vejo Dulce voltar após ter olhado de relance para a sala e logo fez menção de sair.

— Espera! — gritei e ela revirou os olhos ao me olhar novamente.

— O que você quer? Pode por favor sair, para que eu possa fechar a sala?

— Você estava me espionando? Ouvindo minha conversa com a minha namorada, ex na verdade, porque ela acabou de terminar comigo por sua causa!

— Isso não é problema meu e que bom que ela fez isso, você não passa de um idiota! — aumentou o tom de voz.

— Um idiota? Mas você bem que me queria não é? Já que voltou de viagem e veio correndo até a minha casa pra me ver! — falei aos gritos.

— Eu só fui atrás de você pra pedir desculpas, seu imbecil! Em nenhum momento te pedi pra voltar a namorar comigo.

— Mentirosa, sei muito bem que você queria isso.

— Se eu quisesse, com certeza teria mudado de ideia depois de ver quem você é agora!

A peguei pelos braços e a encostei com toda a força na parede, fazendo com que as coisas que ela segurava caíssem no chão. Aproximei meu rosto do dela e a encarei, na tentativa de assustá-la.

— Me solta, seu idiota! Você tá me machucando. — gritou.

— Cala a boca! Não vai querer um escândalo justo aqui no seu ambiente de trabalho, não é?

— Por que ainda está aqui? Se me odeia tanto, não deveria perder seu tempo aqui comigo.

A puxei pela cintura, colando seu corpo junto ao meu e mantendo nossos rostos cada vez mais próximos conforme eu a pressionava.

— Eu disse alguma vez que te odiava?

— Não precisa dizer, isso se nota só pelo jeito que você tem me tratado desde de que eu voltei.

— Ainda sim não te odeio. — falei quase contra a sua boca.

— Me solta! — gritou e imediatamente coloquei minha mão em sua boca, tampando o som.

— Imbecil! — era a voz de uma mulher que me deu um chute na perna, fazendo com que eu soltasse Dulce no mesmo instante.

— Anahi! — Dulce disse a abraçando.

— Christopher! — disse Alfonso me ajudando a levantar.

— Não acredito que você é amigo desse estupido. — disse a tal mulher para ele.

— Melhor amigo, na verdade, nos conhecemos na faculdade e trabalhamos juntos.

— Como suporta ser amigo disso? — ela disse novamente em um tom debochado.

— Eu estou ouvindo, ok? — falei resmungando por causa da dor forte na perna.

— Onde você estava? — perguntou Dulce para ela que sorriu.

— Com ele, em uma das salas. — apontou para Alfonso que deu uma piscadinha para as duas.

— Espera, vocês estavam se pegando? — perguntei e ela mudou a expressão assim que me olhou.

— Isso não é da sua conta, mas sim.

— A gente ouviu alguns gritos e vinhemos ver o que era. — disse Alfonso.

— Seu amigo tá puto porque a namorada terminou e resolveu me culpar. — disse Dulce.

— A Miranda terminou com você? — perguntou Alfonso surpreso.

— Eu não tinha outra namorada, então era ela!

— Alguém com bom senso, onde ela tá? — perguntou Anahi.

— Por que quer saber onde ela tá? — Alfonso disse.

— Para dar os parabéns, essa foi a melhor coisa que ela podia fazer por si mesma. — respondeu Anahi.

— Está claro que você me odeia, mas poupa os comentários porque ninguém tá perguntando nada, tá? — eu disse e ela me olhou com raiva.

— Tenho o direito de dizer o que eu quiser, porque você faz a mesma coisa com a minha amiga e não se importa nenhum pouco.

— Chega! Vocês dois podem sair? Eu preciso fechar a sala e voltar lá pra baixo. — pediu Dulce novamente e tivemos que sair.

— Você ainda vai me ouvir, Christopher. Tenho muita coisa pra te dizer, não pense que eu esqueci. — disse Anahi com tom de ameaça.

— Te vejo depois, gata? — perguntou Alfonso ficando de frente pra ela que assentiu e depois o beijou.

— Eca! Vamos, Alfonso? — o chamei e ele veio.

— Vou te perdoar por ser amigo desse imbecil, me liga depois. — disse Anahi dando tchau.

Eu olhei para Dulce, mas ela estava concentrada fechando a sala e recolhendo as coisas que haviam caído no chão. Entrei no elevador com Alfonso ao meu lado e ficamos em silêncio.

— Você e a amiga da Dulce? — perguntei após alguns minutos de silêncio.

— Algum problema? O pior foi como você estava com ela lá em cima.

— Nenhum e eu só tava conversando com ela.

— Parecia que você ia fazer outra coisa.

— Miranda terminou comigo e me deixou muito bravo e impaciente. A Dulce apareceu e eu acabei explodindo em cima dela.

— Você precisa parar com esse ódio todo que tem da Dulce.

— Eu não a odeio! — gritei.

— Pode até não odiar, mas que você não suporta o que ela te fez no passado. Isso é nítido pra todo mundo aqui, até pra ela.

As portas do elevador se abriram e ele saiu na minha frente, aquela última frase ficou ecoando na minha cabeça durante todo caminho de volta para casa.

Fighting for Love (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora