DULCE MARIA 📜
Eu assisti o tempo passar de todas as formas possíveis enquanto esperava ansiosamente por alguma notícia e tentava conviver com as minhas angústias dia após dia, quase um ano se passou e ele ainda estava na mesma situação. Em todos esses meses não desisti de continuar indo visitá-lo e muitas vezes falei sobre coisas que eu nem sei se ele poderia estar ouvindo em algum momento. Desde de então Téo tem sido um ótimo amigo e ouvinte também, confesso que atualmente só tenho vivido no automático e não tem sido nada fácil. Tirei o dia para andar pelas ruas do centro, tentando espairecer e esquecer tudo que está acontecendo, mas é inevitável.
— Dulce? — era a voz de Téo.
— Oi. — dei um meio sorriso quando o vi.
— Você está bem? — perguntou.
— Na mesma, e você?
— Tenho estado bem, mas tenho me preocupado mesmo é com você.
— Por que? Eu estou fazendo as coisas que normalmente faço e agora estou indo ao hospital.
— Já faz quase um ano que você vai ao hospital sem parar, não acha melhor se dar uns dias em outros ambientes?
— Eu acho que devo fazer o que me der vontade! — falei em tom alto e ele abaixou a cabeça.
— Me desculpa, eu não devia ter falado assim com você. — toquei o ombro dele.
— Só não fico com raiva porque sei o motivo pelo o qual você está assim.
— É que, tem sido tudo tão difícil. — minha voz embargou.
— Já te disse que pode desabafar comigo.
— Eu só queria que ele acordasse. — tentei segurar as lágrimas, mas chorei desesperada.
— Calma. — Téo me abraçou e eu chorei mais ainda enquanto era consolada por ele.
— Sinto como se me faltasse o ar, tudo em meu corpo dói e eu estou tão exausta. — disse após ele desfazer o abraço.
— Você está sofrendo porque não sabe quando o Christopher vai acordar e isso te preocupa muito.
— Eu não sei se aguento mais um ano ou sabe sei lá quantos mais, sinto que vou morrer.
— Ei, não fale isso! Tá? — segurou meu rosto.
— Tenho medo dele não acordar nunca, são tantas coisas que se passam na minha cabeça.
— Você não pode dar voz pra essas coisas, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Até agora não se ouviu falar de uma piora, existe uma chance dele acordar mais cedo do que se imagina.
— Mais cedo? Esse mês vai fazer um ano do acidente, ele está em coma há meses.
— Muitas pessoas ficam em coma por anos, muito tempo se passou, mas ele ainda pode acordar.
— De qualquer forma, eu quero ir ao hospital ficar perto dele como tenho feito desde do início do ano e continuarei fazendo.
— Tudo bem, qualquer coisa me liga.
— Claro, eu vou antes porque a mãe dele também vai pra lá fazer uma visita.
— Te vejo depois. — ele disse me dando um último abraço e indo embora.
Depois de chegar ao hospital, entrei para fazer minha visita e ele ainda estava da mesma forma que o encontrei tantas outras vezes. Sentei ao seu lado e toquei sua mão, olhei para o seu rosto e chorei quando encarei os seus olhos fechados.
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Fighting for Love (Vondy)
SonstigesChristopher Uckermann viu tudo mudar quando o amor de sua vida teve que ir embora, seguir o caminho rumo para a tão sonhada faculdade. O tempo foi passando e ele não teve mais esperanças de voltar a ver Dulce Maria, o seu primeiro amor, alguém com q...