11 - As correntes de andromeda

147 19 2
                                    

Hyoga enfaixara a costela e costas que estavam doloridas, mas não fraturadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Hyoga enfaixara a costela e costas que estavam doloridas, mas não fraturadas. Pensou em quão irritado deixara o amigo para conseguir derrubá-lo tão brutalmente com um único chute. Shun era forte. Shun guardava dentro de si ao mesmo tempo tanta força e delicadeza...como um deus.

Tentara chegar perto do amigo para enfim pode se declarar, mas os cavaleiros de ouro não davam trégua, com combate atrás de combate. E Shun fazia de tudo para permanecer longe do amigo cisne. Sentia raiva por saber que iria se casar com outra, e sentia vergonha por revelar seus sentimentos com uma única frase dita em um momento de ira.

...

Estava entardecendo. O Céu era uma mistura de vermelho fogo e azul claro se fundindo.

__Considerando que metade não passou da fase de combates, o último desafio do dia será um dos mais difíceis, realizado há séculos nos treinamentos dos cavaleiros de ouro. É conhecido como desafio de Andromeda – informou Aioria.

__Desafio de Andromeda? Questionaram os cavaleiros de bronze que restavam.

__Sim. – Continua Shaka. Vocês serão lançados ao do fundo do mar aprisionados por correntes e precisam se soltar utilizando seu cosmo. Vamos dificultar um pouco as coisas utilizando o nosso próprio cosmo.

Hyoga fitou o mar, lembrando-se daquela noite em que vira uma imagem de seu amado amigo acorrentado no fundo do mar, impotente em salvá-lo. Virou-se para onde o amigo andromeda estava, mais afastado: __Você não pode ir, Shun! – encarou-o nervosamente.

__É obvio que não vai - respondeu Milo: __Shun se libertou das verdadeiras correntes de Andrômeda. Não faria muito sentido participar deste desafio. Além do mais, estamos em 4 cavaleiros de ouro...ficará mais fácil se cada um de nós encarregar-se de um cavaleiro de bronze.

Shun olhava confuso tentando decifrar o semblante de Hyoga, sem entender o seu pesar:

__M-mas...Hyoga está machucado, Milo – disse o cavaleiro se sentindo culpado: __Eu vo-...

__Não, estou bem. Eu vou fazer o desafio. – Cortou-o Hyoga.

De repente correntes controladas pelos cavaleiros de ouro Milo, Aioria, Shaka e Camus envolvem Shiryu, Seya, Ikki e Hyoga, pelo pescoço, braços, cintura e pernas. Shun observou aflito a violência com que as correntes puxaram os 4 cavaleiros para dentro do mar. Shun ficara com os cavaleiros de ouro na praia.

Os cavaleiros de bronze puxam o máximo de ar que conseguem antes de adentrarem para o fundo do mar. Sentem o cosmo dourando emanando das correntes que apertavam os corpos dos cavaleiros de bronze. Quanto mais forçavam as correntes para quebrá-las, mais se voltavam contra seus corpos, apertando-os dolorosamente.

Shun olhava atento para a superfície calma do mar, preocupado com a ausência de sinais dos amigos e do irmão. Seu semblante outrora irritado cedera lugar à fisionomia naturalmente preocupada do cavaleiro para com o bem-estar dos que ama.

Ikki compreendendo o desafio e lembrando-se da serenidade do irmão ao se sacrificar pelos outros, parara de se mexer, adotando uma postura calma e relaxada, concentrando seu cosmo e fazendo-o elevar-se cada vez mais, até explodir em uma fênix, que tornou em cinzas as correntes, libertando-o para a superfície.

Shun avistou-o com alívio:

__Ikki!Ikki! – chamou o irmão com alegria.

Ikki chegara à praia, um pouco sem fôlego: __Caramba, Shaka. Estava querendo me afogar?

Shaka sorri para o cavaleiro, que era amparado pelo irmão: __Como conseguiu se soltar primeiro, meu irmão? Ikki o olha carinhosamente:__Só fiz o que você faz espontaneamente todas as vezes, Shun. É para isso que você está aqui, irmão. Abraçou o irmão mais novo com carinho, que retribuiu...mas este estremeceu-se ao reparar que não havia sinal de Seya, Shiryu e Hyoga.

Seya, Shiryu e Hyoga, embora um pouco depois, também se deram conta do exemplo do amigo Shun, adotando uma postura serena e de abnegação, relaxando o corpo e elevando o cosmo. Dragões nadavam ao redor de Shiryu entrelaçando as correntes e arrebentando-as. O cosmo de Seya criara pontos de luz brilhantes como meteoros que explodiram as correntes e o cosmo de Hyoga congelara as correntes que se partiram em lindos cristais de gelo.

Os três subiam à superfície, quando de repente surgem outras correntes, visivelmente diferentes, que envolvem rapidamente todo o corpo de Hyoga puxando-o de volta para o fundo do mar. Seya e Shiryu tentam segurar as correntes, mas recebem uma forte onda de choque elétrico que os fazem se contorcer de dor.

Os dois cavaleiros sobem a superfície quase desacordados. Camus usa seu cosmo para criar uma grande onda que os tira rapidamente do mar. Desta saiam faíscas de eletricidade por toda sua superfície, impedindo-os de se aproximar.

Milo e Aioria puxam os cavaleiros da agua para a areia. Shun corre para eles:

__O que aconteceu? Estão feridos? Onde está Hyoga? – desespera-se Shun.

__Shun...- tenta falar Seya:__As suas correntes...as correntes de andromeda acorrentaram Hyoga puxando para o fundo do mar...

__Quando tentamos puxá-lo, ela nos atacou com a corrente elétrica – emenda Shiryu ofegante.

__O que? Imediatamente Shun e os demais olham para a caixa da armadura de andromeda ao longe, junto às demais armaduras. Ela estava aberta e a armadura de andromeda montada, exceto com as correntes.

__Precisamos tirá-lo dali...está ficando sem ar! – brada Shiryu. Os cavaleiros de ouro tentam, mas uma grande força elétrica se formara sob à superfície, atingindo-os também.

Neste instante Shun levanta-se e corre para o mar, elevando o seu cosmo intensamente.

__Shun, não! Grita Ikki, que vendo que era tarde demais, direciona uma explosão de seu próprio cosmo, fazendo uma ave fênix voar rapidamente à frente do irmão, dissipando uma faixa de eletricidade do mar. Cai de joelhos sem energia, vendo o irmão mergulhar.

Cavaleiros do Zodíaco: Sob O Olhar Dos Deuses (Shun x Hyoga)Onde histórias criam vida. Descubra agora