Esta é uma fanfic sobre os personagens Shun de Andromeda e Hyoga de Cisne do Anime Cavaleiros do Zodiaco. Eu escrevi esta fanfic faz dois anos e foi a primeira fanfic que escrevi na vida. Pensando bem, eu já gostava de conteudo BL mesmo quando não e...
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__Nenhum sinal de Seya e dos outros? Quando os raios de sol do terceiro dia despontarem, o portal se fechará. Tenho de ir até o Olimpo - resolveu Saori preocupada.
__Dada o estado de paz com os deuses, acha prudente, Athena? - questionou Mu
__Athena, não pode se arriscar a ficar presa no Olimpo. A terra ficaria desprotegida - emendou Aioria.
__Temos de confiar que conseguirão retornar a tempo, não temos outra alternativa - afirmou Shaka.
...
Shun decidira ficar em seu aposento o dia todo. Não queria encontrar com ninguém, principalmente com Hyoga. Sentira-se envergonhado por ter bisbilhotado atrás da porta. Provavelmente o amigo o achava um intrometido. Além disso, começara a perceber o que Seya tentara lhe falar sobre o lugar. De fato o próprio Dionisio fora honesto quanto à filosofia do templo, o que obviamente não coaduna com o seu ser. Provavelmente teria de ir embora, mas não sabia para onde...se sentiu perdido, uma sensação que já parecia sentir antes de estar lá: "Gostaria de estar com meu irmão, mas pelo visto todos estão com outros afazeres no templo"- olhou para a porta que liga os aposentos, baixando o olhar, resignado.
...
Já passava do meio dia quanto Ikki abriu os olhos, parecendo sair de um sonho. Recostou-se no leito e sorriu ao perceber que as duas beldades ainda estavam lá, adormecidas, uma em cada lado de si. Pandora despertara em seguida:
__O que está pensando, Ikki?
__Que isso tudo é bom demais para ser verdade.
__Mas se o satisfaz, não vale a pena?
__Talvez - responde melancolicamente
__Por que?
__Porque não fui capaz de salvá-las, mas meu irmão eu posso.
Pandora ergueu seu corpo, encontrando os lábios de Ikki, beijando-o delicadamente, enquanto uma lágrima escorria em sua face:
__Eu sinto muito, cavaleiro de fenix.
...
Caia a noite quando Hyoga voltara ao quarto. Passara um tempo pelo jardim e depois dera uma volta pelo templo. Encontrou Dionisio pelo meio da tarde e depois cearam. Nenhum dos outros cavaleiros apareceu, ao que o deus atribuiu aos encantos de suas ninfas. Hyoga era bem desprendido nesses assuntos, tão sem pudores quanto Ikki, o que tornava a conversa com Dionisio natural.
__Estas apreciando a estadia em meu templo, cavaleiro cisne?
__Sim, claro, obrigada pela hospitalidade.
__Shun comentou que tens uma noiva...ela sabe que estas aqui?
__Na verdade não. Creio que podemos deixar assim - sorriu.
__Aprecias as belas mulheres eu presumo...
__Aprecio o belo.
__Pensas como os deuses, então, meu caro...para os deuses não existem homens e mulheres...existe o belo.
__ Imagino que sim...
__Alias, lembras-me muito os deuses asgardianos...altos, fortes, louros e olhos cristalinos, bem seguros de si... francamente resistentes a bebidas e inclinados a uma bela diversão - riu-se o deus. __Muito me agradam os deuses asgardianos - sorriu maliciosamente Dionisio.
__É...pode-se dizer que me encaixo no perfil - respondeu Hyoga com seu sorriso presunçoso.__Alias, se me permite, creio que irei me recolher. Talvez encontre alguma diversão a mais em meu aposento, sorriu.
Dionisio assentiu com a cabeça, levantando um cálice para brindá-lo:__Certamente que sim, meu caro.
...
Hyoga retirou-se para seu quarto. Entrou na banheira preparada pelas ninfas, perfumada de flores. Encostou-se na beira da enorme banheira, praticamente uma fonte, fechando os olhos. Saiu do banho, cobrindo-se com uma túnica. Chegando perto da cama encontrara o amigo deitado, sorrindo sensualmente, coberto por um fino tecido transparente:
__ O que voce quer de mim? - pergunta o cavaleiro cisne, deitando-se sobre o amigo.
__ Voce - sussurrou...E você, o que quer de mim?
__ De voce? Tudo que eu tenha vontade até que perca a consciência- respondeu em tom incisivo e dominador.
...
Shun não saiu do quarto. Estava sem fome. Ao cair da noite ouviu uma movimentação intensa no quarto ao lado. Os gemidos eram bem ritmados, altos e desconcertantes. Estava quase chocado com a libido do amigo cisne...com a voracidade que seus ruídos imprimiam. Ouvia a outra voz chamá-lo constantemente no que parecia picos de prazer, mas não ouvia Hyoga falar o nome de ninguém. Ainda assim a outra voz o incomodava demais pela similaridade com a sua. Pensou que se estivesse com Hyoga, "jamais o permitiria agir com tamanha brutalidade...bem... parecia brutal...ou era normal?" Não saberia dizer dado que nunca estivera com ninguém..."muito menos um homem"...Deitou-se em sua cama, virando-se de costas para a porta. Colocou um travesseiro sobre a cabeça e ouvidos. Apertou os olhos e tentou dormir.
...
As imagens se iniciaram esparsas...até se formarem por completo. Avistou um belo jovem, de cabelos e olhos azuis. Parecia um anjo. Com ele estava outro jovem também muito belo, talvez o mais belo que já vira, com cabelos louros como raios de sol. Amavam-se. No meio dos arbustos reparou numa sombra. Outro belo rapaz observava os outros dois. Seu semblante era de ciúmes e inveja. Queria o rapaz de cabelos azuis para si, o humano, Albafica, o mais belo de sua era. Cobiçou-o...e invejava o de cabelos louros, Apolo, considerado o deus mais belo do Olimpo.
O rapaz, Dionisio, fora contar a Leto, mãe de Apolo, sobre o romance do deus com o humano, fazendo-lhe a cabeça quanto a possibilidade de perdê-lo. Leto, extremamente apegada à prole, desesperou-se, ordenando à Artemis que eliminasse imediatamente a ameaça.
Apolo, tentando salvar Albafica, atira uma flecha em seu coração para que fique com raiva dele e o rejeite, o esqueça, e siga com sua vida a salvo, talvez feliz com outra pessoa. E vai embora para o Olimpo, de coração partido, mas se promete observar o amado de longe.
Na terra, contudo, Dionisio se disfarçara de um jovem grego florista que travara amizade com Albafica pelo cultivo de flores. Apolo entendeu que aquele seria um novo pretendente do seu amado, e não suportando aquela que era sua intenção, deixou de observá-lo. Dionisio tentava seduzir Albafica, mas este não tinha olhos a ninguém.
Aos poucos a ilusão da flecha ia perdendo seu efeito tamanho era o amor de Albafica por Apolo. Além disso, o encanto de Apolo em sua flecha não era fruto de uma verdade em seu coração, desfazendo-se. Percebendo-se disso, Dionisio preparou um cálice de seu vinho com uma poção perigosa. Ofereceu a Albafica, sorrindo, como se fosse um agrado. Aquele encanto sim passara a envenenar o coração do jovem, impregnado com os sentimentos impuros de Dionisio e pelo ódio por Apolo. O veneno passou a verter por todo corpo do belo Albafica, e deste para suas lindas rosas. Se Dionisio não podia ter Albafica, ninguém o teria. Assim o jovem fechou-se a qualquer um e passou a desprezar qualquer lembrança de Apolo. O coração envenenado deixara o cavaleiro de peixes fraco, o que fez com que sucumbisse aos espectros de Hades.
Shun sentiu toda angústia e tristeza de Albafica...toda sua dor por ter se sentido rejeitado pelo amor de sua vida...todo veneno circulando em seu ser e destruindo a sua vida por causa de uma mentira baseada no ciúmes e na inveja de alguém. As lágrimas corriam dos seus olhos fechados.
Abre-os, repentinamente, sentindo uma mão tampando sua boca.