13 - O seu lugar

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Shaka levita Hyoga e Shun para fora da água, repousando-os sobre a areia da praia

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Shaka levita Hyoga e Shun para fora da água, repousando-os sobre a areia da praia. Os amigos tentam reanimá-los. Ambos se curvam lateralmente para o mesmo lado, tossindo e liberando a água que sai pela boca. Suas pupilas se encontram vagamente, com os olhos entreabertos. Hyoga tenta alcançar com a mão a face de Shun, mas perde a consciência exausto.

...

Shun acorda assustado. Está na casa de virgem, em seu quarto, deitado sobre a cama. Ao seu lado está Ikki, que o abraça imediatamente.

__Hyoga? Onde ele está? Seya e Shiryu?

__Seya e Shiryu acabaram de sair, queriam te esperar acordar, mas já estava ficando tarde para visitarem o Hyoga... - observou o semblante aflito do irmão:__Se você não tivesse tido o trabalho de salvá-lo, eu o mataria para poupar transtornos futuros.

__Mas...ele está bem?! Onde ele está?

__Sim, sim...o médico passou aqui depois de acompanhar o Hyoga. Disse que está bem, mas está de repouso na casa de aquário. Ora, não se preocupe. Para quem mergulha até as profundezas do mar congelante do norte, engolir um pouco d'água não vai matar. Só teve um desgaste maior e ele também precisa repousar. Aqueles dois que você surrou pela manhã estão em bem pior estado – ri ironicamente o irmão mais velho.

__Preciso vê-lo – levantou-se rapidamente da cama, ao que sentiu uma tontura, sendo acudido pelo irmão.

__Calma, Shun. Você ainda está fraco.

__Eu preciso ir Ikki – fitou com seriedade o irmão, que assentiu com a cabeça.

...

À porta da casa de aquário, Shun não avistara ninguém. Seguiu pelo corredor. Avistara a porta entreaberta do quarto de Hyoga. Fitou-o de longe adormecido. Estava com o peito enfaixado, fruto do combate que travaram pela manhã. Não só...viam-se marcas horríveis em seu pescoço, braços e pulsos, feitas pelas correntes de Shun. Seu peito doeu ao vê-lo tão machucado: "Eu provoquei isso? Eu? Questionou-se duramente"

Ouviu vozes lá dentro:

__ O que o médico disse, mestre Camus? – pergunta Shiryu preocupado.

__Hyoga está bem, não há mais água em seus pulmões. Mas deve continuar em repouso. O sono regenerará o corpo mais depressa.

__Não dá para acreditar...por que a corrente do Shun o atacou desta forma? Tudo bem que o Shun e o Hyoga se estranharam na luta da manhã, mas...não seria motivo. Shun nunca machucaria ninguém de proposito, muito menos o Hyoga. Tudo bem que ele massacrou o Jabu e o Nachi, mas...Não entendo. A corrente do Shun quase o matou!

Shun tapara a boca com uma das mãos neste instante, profundamente sentido. Seu cosmo estava tão fraco que ninguém percebeu sua presença. Ouvira os soluços de uma mulher. Eiri pega nas mãos de Hyoga:

__Olhe para ele. Todo ferido... – dizia com as lágrimas correndo aos olhos. Eu sei porque tudo isso aconteceu...foi por minha causa.

__Por sua causa, Eiri? – questiona Seya não entendendo nada.

__Sim...eu já havia percebido. O cavaleiro de andromeda...bem...ele não aceita o nosso amor. desde que chegamos ao Santuário, vocês não vêem? Esse ciúme só vem aumentando. Eu implorei para que nos deixasse em paz, mas não adiantou. E agora que vamos nos casar... – começa a soluçar – Hyoga está assim, todo ferido.

__Bem...é...acho que não é bem assim...é...eu tenho certeza de que Shun não teve intenção...- Shiryu não sabia o que dizer sem correr o risco expor os amigos.

__Qual é!! Desculpe, Eiri, mas você está enganada! – disse Seya firmemente. Todos somos muito amigos, desde a nossa infância no orfanato. Tenho certeza de que não é nada disso. Hyoga sempre protegeu Shun na ausência do Ikki porque o Shun sempre foi como um irmão mais novo para ele. É obvio que se importam um com o outro.

__Se importa tanto que tenta matá-lo? – rebateu Eiri.

Shun não podia mais ficar ouvindo aquilo. Saiu o mais rápido que pode da casa de aquário.

__Não é isso. Responde Shaka firmemente, deixando os demais surpresos. A corrente de Shun não atacou Hyoga. A corrente está ligada ao cosmo de Shun, mas também tem consciência própria. Ela não quis matá-lo... – Shaka abre lentamente os olhos e olha para a janela pode onde visualiza a constelação de andromeda: __Ela quis uni-los.

...

Shun voltara para a praia onde tudo tinha acontecido, ajoelhando-se na areia, fitando a luz da lua refletir no mar. Fechou os olhos tentando se lembrar "quando?"..."quando?" quanto tinha feito a caixa de sua armadura se abrir e as correntes adentrarem o mar para atacar seu amigo.

"Não entendo....por que?" ... "Por que?" ..."Eiri tem razão...eu sai de casa hoje sentindo uma raiva que jamais sentira antes...uma raiva contra quem eu mais amo"...eu provoquei tudo isso.

__Caro cavaleiro de andromeda...meu belo rapaz. Quanto sofrimento jaz em sua alma. – surge diante de si Dionísio.

Shun fita-o desconfiado.

__É tão claro o tormento que sentes, quando tudo poderia ser facilmente suprimido.

__Do que está falando?

__Não te pertences a este mundo, meu bom jovem. É tempo de conheceres a verdade que há tempo te obliteram. Aquele que nasce sob o signo de virgem, prometido à constelação de andromeda, não pertence a este mundo. Pertences ao nosso, meu rapaz. Venha comigo e não sentiras mais nenhum pesar...eu prometo. Este não é o teu lugar.

Cavaleiros do Zodíaco: Sob O Olhar Dos Deuses (Shun x Hyoga)Onde histórias criam vida. Descubra agora