Capítulo 07 - Doutor

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— Então a Carolzinha conseguiu pescar o Davi! — a voz de Ana chama a nossa atenção.

A garota saiu do escuro, mais próximo aos fundos da casa, acompanhada de Geeber e os dois outros garotos da turma. Ela sorria e segurava uns litros, já também de biquíni, vindo até a beira da piscina.

Caio e Luiz também riam, aplaudindo o fato de eu estar com a garota, mas o irmão dela não parece compartilhar da mesma alegria. Ele ainda está sem camisa, como antes, e carrega uma garrafa de refrigerante, mas parece sério demais.

Eu não entendia se ele estava assim porque eu estava com sua irmã — ou ela comigo — ou porque, em sua cabeça, algo mais íntimo pode ter rolado enquanto estávamos a sós. De todo modo, fiquei feliz que eles se juntaram a nós. A ideia de ficar com a menina na piscina é excitante, mas para mim parece totalmente errada mesmo que eu também esteja um pouco embriagado.

— E o resto do pessoal? — saio de trás de Carol, nadando até a margem da piscina.

— Somos só nós agora — Ana senta próximo de onde estou e coloca os litros no chão, Geeber permanece de pé com a garrafa que trouxe na mão — A piscina é só para os mais íntimos.

A garota ri, e eu sorrio ao saber que já sou considerado um amigo mais próximo que os outros. Carol então vem até o meu lado, nadando devagar quase sem que eu possa notar, e toca minhas costas, me acariciando com as unhas. Eu tremo com sua provocação.

— Vocês não vão entrar? — sugiro, me incomodando um pouco por — até que tá gostosa a água.

— Relaxa, besta — a garota na água ri para a expressão de nojo da amiga — a gente só se beijou.

Geeber puxa uma cadeira e a coloca próximo, — ele parece mais relaxado — com os outros garotos o imitando. Contudo, Caio não senta. Ele no entanto tira suas roupas — ele usa um short fino — e fica de pé na beirada antes de pular na água com os pés juntos ao corpo, jogando água em todos ali.

— Ei! — Ana grita — seu cuzão.

— Qual é, Aninha, você ia pular de qualquer jeito...

— Eu ia mesmo — então ela se levanta, exibindo todas as curvas de seu corpo, e pula na água. A garota emerge rapidamente e se volta aos dois fora da piscina — anda, vocês precisam entrar aqui, tá uma delícia.

Geeber franze a testa e faz que não, então ele pega o refrigerante e coloca um pouco no copo. Antes de beber, ele se volta a Luiz e vê o garoto sentado, como se esperasse permissão ou quisesse fazer companhia para ele.

— Vai lá cara — ele solta um risinho para o outro — não tô afim agora, mas não precisa ficar aqui só porque eu não vou entrar.

Luiz então se juntou a nós na piscina e Geeber, depois de mexer no seu celular, fez com que uma música alta saísse de algum lugar na área onde estávamos.

Ele não chegou a entrar na piscina, parecia mais observar a todos — principalmente, sua irmã e eu — do que realmente estar se divertindo. De todo modo, isso não me incomodou, afinal nós não estávamos sendo indiscretos, assim como também sequer estávamos nos beijando.

Em determinado momento, quando a garota se aproximou de mim mais uma vez, eu tive que me controlar, afinal não queria ficar com ela assim, eu sabia que ela estava bêbada — e ficando cada vez mais.

Depois de mais algumas horas de bebedeira e saltos sincronizados na piscina, Caio e Luiz encontraram uma bola de futebol e foram para o gramado brincar. Geeber ainda observava a todos e, pelo visto, estava muito preocupado com o quanto sua irmã havia bebido.

A Liberdade de Davi (Romance Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora