Capítulo 27 - Geeber - Bissexual

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Esse é o terceiro e provavelmente último capítulo que vou tratar como um capítulo normal, mas ao mesmo tempo como um tipo de Bônus dentro da história.

Onde o Geeber decide enfrentar não somente os próprios medos, mas também encarar o próprio pai.

Aproveite a leitura! 😁

Meu pai sempre foi um homem pontual, até mesmo para compromissos familiares, mas eu estava ansioso demais e acabei chegando muito antes dele

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Meu pai sempre foi um homem pontual, até mesmo para compromissos familiares, mas eu estava ansioso demais e acabei chegando muito antes dele. O restaurante do hotel em que ele está hospedado é também um bar ou uma versão muito rica disso. Não me importo.

Decidi que contaria para meu pai a verdade sobre ser bissexual e teria que fazer isso logo. Conversei com minha irmã antes disso e ela apoia minha decisão, apesar de não ver necessidade de falar sobre sua própria orientação sexual para a família, afinal para ela isso não é da conta deles e está tranquila quanto a isso. De alguma forma, comigo é diferente, eu simplesmente sei que preciso disso. Por mais que seja difícil admitir, eu me sinto preso e preciso tirar esse peso do peito.

Não peço nada para beber. Enquanto espero, apenas observo as poucas pessoas ao meu redor: de costas para mim, sentado em um dos bancos em frente ao balcão do bar, há um homem bem postado. Não sei dizer, pelas roupas que veste, se é tão rico quanto os dois casais de, provavelmente, hóspedes do hotel que estão sentados em duas das mesas dispostas no salão. Também não me demoro observando, pois percebo a chegada de meu pai.

Estou de costas para a porta de entrada, então só o vejo chegar quando se coloca na minha frente. Ele está vestindo uma camisa social azul marinho que, somada a calça preta e os sapatos de marca que usa, deve custar mais que a mensalidade da faculdade de Engenharia Civil custeada pela minha mesada.

Não somente pela minha intuição, sei que ele não se vestiu assim para encontrar com o próprio filho, afinal em nenhum jantares de família ele chegou a usar tanto gel assim no cabelo.

— Sobre o quê quer conversar? — ele puxa a cadeira à minha frente e senta, com sua expressão séria típica no rosto.

Sua pergunta só confirma que pretende encontrar alguém assim que conseguir me dispensar e isso me irrita, afinal eu gostaria muito de ter uma conversa decente com um pai que normalmente não está tão presente assim para a família. Principalmente quando estou uma pilha de nervos para falar algo que sequer eu deveria me sentir obrigado a falar.

— Se tem algum compromisso mais importante que seu próprio filho, acho melhor deixarmos isso pra lá — tento não soar tão amargurado, e sei que o tom de deboche vai irritá-lo.

— Não banque um adolescente, Geeber, você já tem quase vinte anos — ele se ajusta na cadeira e faz sinal com a mão para o garçom, que prontamente vem até a mesa — Duas doses de whisky, por favor.

Meu pai aguarda calado o rapaz acenar, se afastar, encher dois copos com o Whisky que aparentemente meu pai costuma consumir aqui e depois retornar com eles para a mesa. Eu também fico calado até que ele volte a se afastar. Não toco no copo até que meu pai o faça e leve-o à boca. Ele ergue uma sobrancelha ao notar o meu nervosismo.

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⏰ Última atualização: Jan 26 ⏰

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