Capítulo 13 - Eu Nunca

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Depois de deixar as garrafas em um canto, junto de pequenos copos de shots, e pular dentro da piscina onde passaram alguns minutos. Ana, Carol e Luisa pareceram deixar de lado qualquer tristeza que antes sentiram e se divertiram ao me puxar também para a água. Ver o sorriso em seus rostos arrancou um genuíno do meu e eu me deixei entrar na brincadeira.

Logo eu estava com Carol sobre os ombros enquanto ela agarrava as mãos de Luisa, que estava sobre os ombros de Geeber, tentando derrubá-la. A outra garota filmava de fora a batalha que acontecia na piscina gritando, torcendo para ambas as amigas.

Eu estava mesmo me divertindo, ao menos até notar que havia um sorriso malicioso no garoto à minha frente. Eu não havia entendido do que se tratava até sentir um aperto em meu pau, o que me assustou e fez com que meu corpo se inclinasse um pouco. Carol se desequilibrou e foi vencida por Luisa, que comemorou levantando os braços e rindo alto enquanto eu e a loira emergíamos de volta à superfície.

— Vocês não chamaram os meninos dessa vez? — Carol quis saber, se dirigindo a mim e a seu irmão.

— Eu mandei mensagem, mas parece que eles não ficaram tão bem depois da bebedeira de ontem — Geeber respondeu.

— Hum, verdade, me mandaram uns vídeos dos dois bebendo horrores — Ana pegou uma garrafa de vodca e colocou no centro de uma roda de almofadas — já que somos só a gente hoje, nós também vamos beber horrores! Anda, saiam da água um pouco, vamos ter o resto da tarde para entrar na piscina.

Todos fizemos o que ela mandou, os irmãos parecendo mais animados do que Luisa e eu com a ideia de seja lá o que a garota iria propor, mas nós tampouco relutamos a se juntar aos outros no círculo depois que nos enxugamos.

— Então, qual vai ser? — Geeber esfregou as mãos, de olho no litro.

— Verdade ou consequência, Eu nunca, Jogo da garrafa... — sua irmã sugeriu, o que me fez franzir a testa.

— Ih Davi, nem vem com essa cara — minha colega de apartamento interviu — aposto que você nunca nem jogou algum desses.

Eu dei de ombros, afinal ela tinha razão. Não podia julgar esses jogos como se fossemos velhos demais para isso e muito menos poderia sugerir qualquer outro que envolvesse bebida, afinal às poucas vezes em que saí para alguma social quando mais novo, envolvia mais doces e salgados que qualquer outra coisa.

— Acho que a gente tem que estar um pouco alto para verdade ou consequência, vamos de Eu Nunca primeiro! — Aninha decreta — Você começa Lu...

Confesso que fico um tanto ansioso. Não com o que pode ser revelado a meu respeito, afinal gosto das pessoas que estão comigo no momento e não tenho muito o que revelar, mas por não ter brincado de algo do tipo em toda a vida. É uma ansiedade boa, acho.

— Beleza — a morena ajeita a postura e sorri, enquanto a outra enche os cinco copos com a bebida — Eu nunca... nossa isso é difícil — ela nos faz rir.

— Vai, qualquer coisa boba que você não fez — o loiro estimula — ou só algo para fazer os outros beberem.

— Hum... — ela olha para mim e um sorriso sacana surge no canto da boca — eu nunca transei com alguém que não conhecia — Uau, que suja.

— Que merda... — Ela sabia que eu havia transado com Vinicius, por isso o olhar sacana. Então eu tomei da bebida e notei que Ana e Geeber também o fizeram — achei que a gente fosse começar com algo do tipo eu nunca comi camarão ou nunca roubei bala no mercado.

— Aí não teria graça, né — minha amiga rebate — vai, sua vez, doutor.

— Até você? — ele levanta a sobrancelha, fingindo irritação.

A Liberdade de Davi (Romance Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora