Capítulo 25 - Lucas - Deixar Ficar

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Esse é o segundo capítulo que vou tratar como um capítulo normal, mas ao mesmo tempo como um tipo de Bônus dentro da história.

Onde o Lucas tem sentimentos conflitantes sobre a parte que restou de sua família e precisa lidar com eles... sozinho?

Aproveite a leitura! 😁

Saio do banheiro e observo meu namorado deitado de costas na minha cama, o som que emite enquanto dorme não chega a ser um ronco, mais parece um ronronar de um gato

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Saio do banheiro e observo meu namorado deitado de costas na minha cama, o som que emite enquanto dorme não chega a ser um ronco, mais parece um ronronar de um gato. Me pego sorrindo enquanto o admiro e, por mais que me sinta um pouco patético por o fazer, continuo parado o admirando e pensando em como pode ser possível amar alguém em tão pouco tempo de relacionamento.

Se me perguntassem, não saberia explicar em palavras todos os sentimentos que tenho por Davi, mas estar com ele é especial e tenho certeza de que não quero perder isso. Com ele consigo ser eu mesmo, me sentir seguro e confortável e, acima de tudo, quero que ele se sinta da mesma forma comigo.

Não deixo de pensar nele e o checar se ainda está dormindo a cada pequeno barulho que faço enquanto me troco ou preparo o café da manhã para quando ele acordar — por mais que já esteja próximo da hora do almoço. Não quero acordá-lo, não quando dorme de forma tão bonita e inocente. Me pergunto se ele sentiu algo parecido quando foi embora porque tinha que trabalhar na última vez que dormimos juntos.

Não como nada antes de sair, mas deixo uma mensagem avisando que fiz café para ele e que estava saindo para encontrar com minha mãe. Ele estava certo, eu preciso fazer isso.

***

Estou ansioso, talvez até com um pouco de medo, ao mesmo tempo que tento me manter firme assim que desço do carro e a encontro em frente a um pequeno restaurante que ela escolheu para almoçarmos. Ela veste uma blusa fina e folgada, com estampas coloridas, e uma calça jeans com pequenos rasgos na perna. O all star roxo é a última coisa que falta para me fazer pensar que ela sequer parece uma mãe comum, mas não tenho como saber, afinal não tive uma propriamente dita — apesar de ter amado minha avó como se fosse minha mãe. Não há muitas "marcas da idade" em seu rosto ou expressão senão a forma tranquila e centrada que costuma falar e, talvez, o cansaço em seus olhos. Mas eu diria que esses detalhes são só algo que ela adquiriu com os anos que se dedicou a profissão que exerce.

— Oi, meu filho... — ela faz menção a avançar em um abraço, mas eu me encolho, cruzando os braços.

— Oi — não consigo a repreender por me chamar assim, mas não me sinto confortável quando ela o faz — vamos entrar?

— Sim, claro — ela faz sinal para que eu passe na frente.

O restaurante é bem pequeno, com apenas seis mesas de quatro cadeiras dispostas em duas das paredes laterais. Há um balcão com bancos onde duas mulheres comem batatas e riem descontraídas, mas ninguém mais. Eu já havia vindo aqui quando mais novo, em sua última tentativa de me levar embora. Ela me deixou comer hambúrguer e batatas fritas, por mais que ela achasse a higiene do lugar, na época, bem ruim.

A Liberdade de Davi (Romance Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora