Após chegar em casa, me deparo com meu pai assistindo algo na TV.
Como hoje é sábado, ele não trabalha e por isso, temos o costume de passar o dia todo juntos.
- Pai, me desculpe por chegar só agora. - falo cabisbaixa.
- Tudo bem filha. Ainda temos a tarde inteira para fazermos algo. - ele responde tranquilo.
- Qual é a programação de hoje? - pergunto animada.
- O que você acha de irmos tomar sorvete? - ele propõe.
- Ótimo!! - vou me arrumar rapidinho e já vamos - falo e sigo em direção ao meu quarto.
Antes, deixo minhas roupas sujas na lavanderia e enfim vou para meu quarto.
Decido escolher uma roupa mais aconchegante e que seja boa para a ocasião.
Pego um vestido branco com flores amarelas delicadas e calço um tênis branco.
- Prontinho pai! Vamos? - pergunto chegando na sala onde ele ainda se encontrava sentando, mas dessa vez já pronto.
- Vamos! Você está linda filha! - fala com um sorriso fofo.
Agradeço gentilmente, e após isso, nós direcionamos à saída de casa.
Decidimos ir andando, já que a sorveteria era bem próxima de casa. Não demoramos nem cinco minutos e já chegamos.
Um lugar tranquilo com as paredes pintadas em reconfortantes tons claros acompanhados de um ambiente que exalava um cheiro doce incrível.
Uma das melhores sorveteria italianas localizadas em Seul: Amor e Gelato.
Definitivamente essa sorveteria me trazia uma memória afetiva muito preciosa e importante.
Eu e meu pai fomos a procura de uma mesa para que fizéssemos nosso pedido em seguida.
Como sempre, meu sorvete favorito foi requisitado: sorvete de chocolate com menta e capuccino acompanhando pedaços de chocolate.
A mulher que nos atendeu, já era uma velha conhecida porque praticamente todo final de semana ela me via junta de meu pai para comprar sorvete.
Meu pai pede o sorvete de mousse de chocolate amargo com cereja que é o seu favorito e ficamos apenas esperando a entrega.
Após a chegada dos pedidos, nos deliciando com o maravilho sorvete enquanto jogávamos conversas fora.
E então meu pai toca no assunto da noite passada aparentemente preocupado.
- Ari, onde você passou a noite de ontem? Noze me ligou perguntando se eu sabia em que lugar você estava.
- Pai, aconteceram algumas coisas na festa que me incomodaram um pouco, e por volta da três e pouco da manhã, eu decidi ir embora porque não queria mais dormir lá. Uma amiga minha que mora a algumas casas da nossa, me chamou para dormir na casa dela já que estava tarde para te acordar.
- Eu prefiro que você me acorde, ou me ligue para avisar que seus planos mudaram. Eu sei que você já se considera independente, mas eu vou te considerar como meu bebê pelo resto de nossas vidas. - ele fala segurando uma de minhas mãos.
- Me desculpa pai? Na hora eu não pensei dessa maneira. Sinto muito por te deixar preocupado. - falo triste por ter esquecido de avisá-lo.
- Está tudo bem filha! Sou grato por nada ter te acontecido. Mas dá próxima vez, por favor me avise.
- Tudo bem!
Após esse diálogo, terminamos de comer e pagamos pelos pedidos.
Em seguida fomos para casa passar o resto da tarde assistindo a filmes da Marvel.
No momento, eu me encontrava chorando pela morte do meu personagem favorito dos vingadores.
- Por que o Stark teve que morrer? - questiono em lágrimas.
- Não fica triste Ari, é só um filme! Na vida real ele está bem. - meu pai fala enquanto me abraça rindo da situação.
Esse é um dos meus momentos favoritos com ele. Apesar de todo o cansaço acumulado do trabalho, todo fim de semana meu pai sempre arruma esse tempo para se divertir comigo.
Ele disse que sempre vai querer aproveitar a vida junto de mim até o dia que ele não esteja mais aqui.
Eu agradeço muito por ter um pai tão incrível em minha vida, eu me considero a garota mais sortuda do mundo!
Depois da tarde de filmes nós fomos descansar por que já estava tarde.
Tomei banho e coloquei meu pijama para ir dormir, mesmo não estando tão cansada assim, é bom organizar a mente.
Deitada em minha cama encarando o teto e pensando um pouco sobre a vida, é assim que me encontro durante mais de meia hora.
Meus pensamentos acabam voltando na noite de ontem, insistindo em me recordar de algo que eu fiz, mas que desapareceu do meu subconsciente.
- Bada foi tão fofa e paciente comigo! Enquanto eu só dei trabalho a ela. - penso
Esforçando-me um pouco, acabo me recordando de um breve momento em que estávamos deitadas na cama dela e eu coloquei uma de minhas pernas por cima do corpo da garota.
Essa é uma péssima mania que eu tenho, mas quem sofre com ela é apenas o meu travesseiro.
Essa foi a primeira vez que um ser humano tem que aturar esse meu comportamento.
Sentindo meu rosto queimar de constrangimento, fico me perguntando como terei coragem de falar com a mulher novamente.
- Espero que ela esqueça desse ocorrido. - suplico aos céus para que um peso seja tirado de minha consciência.
Permaneço deitada tentando me desvincular de meus pensamentos para que minha mente finalmente encontre paz.
Em pouco tempo eu acabo dormindo e sonhando com o quarto da mulher.
— Nem dormindo eu fico livre.
Durante o sono, assisto a nós duas como uma espectadora. Eu estava deitada ao lado de Bada deixando uma de minhas pernas por cima do corpo da mulher enquanto a abraço.
Me aconchegando cada vez mais em seu corpo, aproximo meu rosto de seu pescoço, e ela se arrepia instantâneamente.
- Arisa? Por favor não encoste no meu pescoço. Eu tenho cócegas. - ela pede fofa e eu assinto.
O cheiro que ela exalava era incrível! Eu sentia cada vez mais vontade de me aproximar para sentir aquele perfume.
Era um sonho, mas eu juro que conseguia sentir a fragrância perfeitamente.
- Você é muito cheirosa sabia? - falo despretensiosa.
- Muito obrigada Ari. - ela agradece fofa acariciando meu cabelo.
- Eu queria poder sentir seu cheiro todos os dias. - falo mais para mim, mas o tom foi alto o suficiente para que ela escutasse.
- E você pode fazer isso, na faculdade! - fala rindo.
- Não, não é nesse sentido. Eu estou falando sobre estar tão próxima, que você me peça para não chegar tão perto do seu pescoço. - falo olhando para seu rosto.
As bochechas dela se coram automaticamente e nenhuma palavra é dita.
— Meu Deus! Até em sonho eu falo coisas comprometedoras.
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Eu sempre falo que não vou demorar, e sempre acabo demorando. Me desculpem de verdade. Amanhã eu vou postar outro capítulo 🙂
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Até mais waves 🤍
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The waves of destiny - Bada Lee
أدب الهواةEu sei que às vezes nós não conseguimos esquecer os amores antigos, mas era realmente necessário que minha mãe me abandonasse para ir atrás de outro alguém? Isso é algo que eu nunca vou entender. E na verdade, eu nem quero entender o motivo que a le...