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— Céus! Maeli! — Elora estava pálida — Como se mete em algo assim. Poderia estar morta!

— Mas não estou,  meu belo elfo me salvou!

— Mas não antes dele mesmo tentar te matar.— me repreende com olhar.

— Isso não importa agora.

Após fugir do local o cervo me levou para fora do reino dos elfos e me trouxe até o rio no caminho de casa. Ivy veio junto para se despedir.

Cheguei em casa ao fim da tarde e logo me recolhi para o quarto para contar tudo a minha amiga.

Eu estava preocupada com aquela situação.

— Eu preciso voltar lá Elora!

— Ser ameaçada de morte duas vezes afetou sua mente!

— Preciso saber se estão bem. Se ele está bem!

— Sua obsessão por esse elfo pode lhe matar !

— Não seja dramática.

Ela suspira.

— Não importa o que eu diga. — se deita na cama. — No fim sempre faz o que quer! — Me dá as costas.— Tente dormir pelo menos. Lhe fará bem.

Me deito contudo, demoro a dormir.

•••

Acordo bem cedo. A preocupação me roubou horas de sono. Vesti o mesmo traje e sai antes de minha mãe ou Elora acordarem.

Pego um pedaço de pão para comer no caminho e vou para floresta.

Do outro lado do rio o cervo parecia me esperar e junto dele sentado em uma das galhas de seu chifre Ivy acenava.

A floresta estava calma, não havia tido destruição. Tudo estava intacto entretanto,  as criaturas estavam mais acanhadas e atentas .

Eu não entendi o que havia acontecido ali até ir mais a frente e me deparar com uma vila destruída.

Uma pixie havia recolhido minhas orelhas falsas e meu punhal e me entregado. Estava contente por elas serem tão resistente.

Havia trançados meus cabelos de modo que apenas as pontas ficassem à mostra para que ninguém percebesse que eram falsas.

O cervo não me acompanhou fora do bosque e logo sumiu do local porém,  eu segui para a vila.

Casas destruídas, rosto triste, elfos feridos.

Ivy se agarrava em mim observando tudo.

— O que aconteceu aqui?— pergunto a mim mesma.

— Elfos negros.— ouço a voz de uma senhora.— Ele andam saqueando pequenas vilas atrás de comida. Você não é daqui!

— Não senhora.— digo— Sou viajante.

A mulher me olha com curiosidade.

Percebo então um corte em seu braço.

— Está ferida!— vou até ela e rasgo uma boa parte do tecido de minha camisa e  começo  a enrolar no machucado.

— É muita gentiliza sua menina.— ela sorri.

— Os elfos aqui não parecem serem muito gentis.— digo.

𝔓𝔯í𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢 𝔈𝔩𝔣𝔬: ℜ𝔢𝔦𝔫𝔬 𝔈𝔰𝔠𝔬𝔫𝔡𝔦𝔡𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora