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Seguíamos para fora da floresta com a nossa escolta. Havíamos passado na casa de Brann e pegando algumas coisas.

Ivy estava sentada no meu ombro o cervo a nossa frente, Brann, Killian e eu íamos lado a lado em silêncio. Tanto Brann quanto eu estava cabisbaixo.

Eu me perguntava o que havia feito de errado. Me precipitei? Não insisti o bastante? O que eu devia ter feito? Como corrigir tudo isso?  Se os elfos  desprezavam tanto os humanos qual o motivo de agir extremamente como  nós?

Encaro Killian brevemente. Ele caminhava de cabeça erguida, sem esboçar nenhuma reação, era difícil dizer o que ele sentia naquele momento.

Quando chegamos na borda da floresta dos elfos o cervo nos encara. Seu olhar estava vazio.

— Me perdoe!— sussurro antes dele sumir entre as árvores.

— Fim da linha então?— Brann encara o amigo e Killian estranhamente sorri. Brann acaba fazendo o mesmo.

— Não tem que vir sabia?— me dirijo a Ivy.— O exílio não se aplica a você.

Ela apenas dá os ombros, olha para os guardas e faz um sinal feio com o dedo para os guardas mostrando língua antes se seguir em frente.

Brann encara a floresta mais uma vez antes se seguir em frente, Killian não olhar para trás, ao contrário de mim. Eu não queria dizer adeus aquele mundo.

— Ande logo humana!— um dos elfos me olha com repúdio.

Eu atravesso para fora daquele mundo com uma grande dor no peito.

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Atravessamos o riacho e nos sentamos  num canto. Ficamos horas em silêncio.

— Onde vamos montar nossa nova morada?— Brann encara Killian trivialmente.

— Acho que podemos ir mais a dentro,  numa parte mais fechada.— Killian diz.

— Vamos fazer uma casa grande, não quero dividir o quarto com você. Você me irrita!— Brann ri.

— Se não fosse tão desorganizado não precisaria falar nada. — zomba.

Killian nunca foi de esboçar risos ou brincadeiras e agora exilado resolveu esbanjar bom humor.

— Qual o problema de vocês dois?— me irrito.

— Quer que eu chore?— Killian me encara.

— Eu quero que se revolte!

— Maeli, se acalme!— diz Brann.

— Não tem como eu me acalmar, fomos exilados. Vocês foram exilados!  Não aceitem isso facilmente. É a casa de vocês!

— Meu pai não quer nos ouvir, deixem que se matem, não é nossa responsabilidade mais.

— É minha responsabilidade! É o seu reino! Lute por ele!

— Eu não sou mais príncipe! Não tenho mais nada haver com aquele lugar!

— Aquele lugar é sua casa!  E não importa o que aconteça,  seu sangue não nega sua origem!

Silêncio.

— Ela tem razão!— uma voz ecoa da floresta. Uma figura encapuzada surge de trás de uma carvalho.— Você nunca se rendeu facilmente!— a figura joga o capuz para trás revelando o rosto de Freda.

Ivy solta seu grito de guerra e avança em direção a Freda.

— Ei!— Brann a segura pelas.— Para uma criatura tão pequena você agressiva demais. — Ele a solta.

𝔓𝔯í𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢 𝔈𝔩𝔣𝔬: ℜ𝔢𝔦𝔫𝔬 𝔈𝔰𝔠𝔬𝔫𝔡𝔦𝔡𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora