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Nos levantamos num pulo.

- Mãe eu...- Killian mal consegue se explicar.

Sua mãe apenas estende os braços e ele logo se aconchega no abraço de sua mãe.

- Me deixou preocupada meu filho rebelde.

- Desculpe!- ele ri.

Ela se afasta e assim como Eiran o observa atentamente e em seguida me encara.

Eu mantenho meu olhar firme.

A rainha caminha calmamente em minha direção.

- Mãe....- Killian tenta mais uma vez falar, porém sem olhar ela apenas levanta a mão em sinal de silêncio e ele se cala.

Respiro fundo sem sair do lugar.

Quando ela finalmente para muito perto de mim imagino as piores situações possíveis. A rainha me encara como se pudesse ler minha alma e por fim ela me abraça suavemente. Um abraço apertado e amoroso, não sei se era real ou não, apenas fique ali imóvel até que se afastasse.

- Fico feliz que meus filhos estejam bem!- ela sorri nos olhando.

Killian olha para mim com contentamento. Filhos? Ela se referia a mim também?

- Onde está nosso pai? - Eiran questiona.

- Em sua sala discutindo assuntos de guerra. - respira fundo.

- Vamos contar a ele? - Killian pergunta a mãe.

- É preciso mas, deixe isso comigo e com Eiran.

Aquilo me irrita.

O cervo me escolheu. Eu devia unir povos e estava fazendo tudo oposto. Ainda estava com medo e tinha que resolver isso.

- Quero falar com ele! - digo.

- Não! - Killian protesta.

- Ele vai matá-la!- Eiran avisa.

- Não me importo!

- Eu me importo! Não seja tola! - Killian se irrita. - Se persistir eu a levo daqui nesse instante!

- Não saio daqui até encara meu medo e fazer o que devia ter feito antes!

- Deixe-a ir! - a rainha intervém. - Czar pode ser teimoso mas, não irá ferir alguém que seu filho ama.

- Eu não confio nele! - Killian se negava aceitar.

- Confie em mim então. - digo.- Eu não vou morrer!

Com grande relutância e Killian concorda.

Seguimos rumo a sala em que o rei está.

O local era grande com janelas que iam do chão ao teto dando vista completa ao jardim florido.

O rei estava numa mesa circular com mais três elfos diante de um mapa.

Quando o rei me vê sua expressão se fecha.

- O que significa isso?- encara a esposa.

- Preciso fala com o senhor! - digo.

- Não tenho nada para falar com uma humana!

- Mas eu tenho muito a falar! - me aproximo. - Fui fraca na primeira vez que nos encontramos, porém isso não vai se repetir. Fiquei com raiva do senhor, confesso, contudo acontecimentos recentes me fizeram repensar.

- O que quer dizer?

- Os elfos negros, eles são um problema maior do que pensava.

Eu começo a falar e não paro até explicar tudo o que sabia.

𝔓𝔯í𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢 𝔈𝔩𝔣𝔬: ℜ𝔢𝔦𝔫𝔬 𝔈𝔰𝔠𝔬𝔫𝔡𝔦𝔡𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora