15 | Você quer me dizer alguma coisa, Yoonoh?

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Doyoung não pensou duas vezes antes de decidir ir, tropeçando em seus próprios pés, até o andar de cima para entender o que havia acontecido

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Doyoung não pensou duas vezes antes de decidir ir, tropeçando em seus próprios pés, até o andar de cima para entender o que havia acontecido. No momento em que empurrou a porta que selava o quarto de Yoonoh e observou todo o ambiente, Doyoung o encontrou.

Jaehyun estava encostado quase por completo na parede oposta à porta, trêmulo, com o dedo indicador firmemente apontado para a mãe. Ela, sem dizer uma palavra, apenas soluçava, os olhos vermelhos de tanto chorar, fixos nele.

— Você é a culpada disso. Você e o papai acabaram comigo... Vocês são os culpados! Vocês! — Ele gritou, arremessando com força ao chão o abajur de tonalidade clara que enfeitava parte da bancada que ele usava para ler alguns documentos do trabalho, despedaçando-o imediatamente.

— Yoonoh, você tá descontrolado! Filho, por favor, me escute. — Sunmi tentou se aproximar do dele, porém Doyoung tocou em seu ombro e pediu num sussurro para que ela não se aproximasse tanto. Jaehyun estava exaltado e boa parte de suas coisas haviam sido arremessadas ao chão que, agora, estava tomado de cacos de vidro e alguns outros objetos quebrados.

Nem Sunmi tampouco Doyoung sabiam o que fazer para conseguir acalmá-lo, então a decisão mais sensata a se tomar, era de manter uma distância que fosse segura para todos.

— Sra. Jung, eu acredito que vocês, realmente, precisam conversar. Eu vou sair do quarto, ok? Mas vou estar aqui por perto. Qualquer coisa, pode me chamar. — Com uma expressão triste, a mulher concordou e o assistiu deixar o cômodo, até que a voz de Yoonoh preencheu seus ouvidos mais uma vez.

— Vocês moldaram toda a minha vida. — Ele quebrou o silêncio que havia se instaurado por alguns poucos segundos. — Eu consegui me livrar de vocês por um tempo, mas agora tudo voltou... Voltei a viver dessa forma miserável. Voltei a viver uma vida que nem mesmo posso escolher o que quero fazer com o meu futuro!

— Mas você nunca teve problemas com isso, Yoonoh!

— Eu sempre tive problemas com isso, mãe, mas eu tava tentando! — rebateu aos gritos. — Mas eu não consigo mais, mãe... — Agora, sua voz havia saído fraca e falha. E aos poucos, Jaehyun deslizou suas costas até o chão, onde apoiou a cabeça em seus joelhos que estavam na altura do peito.

Sunmi não pensou duas vezes antes de correr em direção ao filho e o envolver em um abraço, agarrando-o mais forte ainda quando sentiu que estava sendo correspondida. Em pouco tempo, a mulher já conseguia sentir a manga esquerda de sua blusa ficar molhada devido as lágrimas grossas que escorriam do rosto de Jaehyun sem dar trégua alguma.

Ele precisava daquilo. Jaehyun precisava da sua mãe ali, apoiando-o.

— Eu tô cansado, mãe. — sussurrou assim que seus olhos tornaram a se cruzar com os dela, e sorriu aliviado quando a viu assentir freneticamente.

— Filho, eu preciso te contar uma coisa. — A mulher segurou seu rosto com delicadeza, afastando as lágrimas que ainda transbordavam de seus olhos. — Você ainda se lembra do seu tio Changmin? — Jaehyun apenas murmurou um "sim" quase inaudível, sem desviar o olhar, esperando que ela continuasse.

𝗺𝘂𝘁𝗲𝗱 | 𝗱𝗼𝘁𝗮𝗲; 𝘆𝘂𝘄𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora