Capítulo 7

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Refleti bastante sobre toda essa situação, pedi auxílio a Deus e cheguei a conclusão que se eu realmente quisesse ser feliz com Felipe e construir nossa família, eu precisava me afastar de vez do Gustavo. Eu o amo, a importância dele em minha vida nunca será substituída por ninguém, mas o amor que eu sinto por ele, me machuca cada vez mais, sem contar que o Felipe não merece alguém pela metade ao lado dele. Apesar de nos últimos meses ele estar se descontrolando com o ciúmes, ele sempre foi uma pessoa boa pra mim. Como eu disse leitora, quando estava afastada do Gu, nossas brigas eram praticamente inexistentes e eu sei que boa parte disso estar acontecendo com frequência tem a ver com eu dedicar um tempo maior ao Gu. Precisava das minhas amigas, conversar e desabafar, elas iriam me entender e também iriam me dar um direcionamento a todas as minhas dúvidas.

Duda: Fala chata - atendeu, amorosa como só ela sabe ser

Ana: To precisando de você. Consegue vir pra cá essa semana pra gente sair? Eu, você e a Nat?

Duda: Vish, o que rolou? Pro Gustavo não dar conta de solucionar, deve ser grave

Ana: Ele te contou que dormiu aqui?

Duda: Contou. Disse também que você e o Felipe brigaram

Ana: Fofoqueiro - ri me sentindo triste em imaginar que doeria me afastar dele - E então, consegue?

Duda: Consigo, mas eu só consigo ir na sexta, pode ser?

Ana: Pode, claro - ri

Duda: O mesmo barzinho de sempre? - perguntou

Ana: Sim, com certeza. Faz tempo que não vamos lá inclusive - ri sentindo saudades das fofocas que compartilhavamos

Conversei mais um tempo com a Duda e me despedi, com a Nat falaria na faculdade, já que nos víamos todos os dias. Os dias iam se passando lentamente e o Felipe não havia me procurado, durante esse tempo aproveitei pra arrumar meus pensamentos e reorganizar minha vida sentimental. Comecei o duro papel em ignorar o Gustavo, era dificil e doia, ainda mais que ele era insistente e me ligou todos os dias, mais de uma vez no dia, atendi em uma das vezes, aliás, coloquei a Nat para atender e fiz ela falar que eu havia esquecido meu celular na faculdade e que ela havia levado com ela pra me entregar depois, dessa forma ele não ligaria e mandaria inúmeras mensagens durante a noite. Todos os dias antes de dormir eu mandava uma mensagem a ele, justificando meu sumiço com inúmeros compromissos, que na verdade nem existiam. A sexta feira chegou e depois de um dia exaustivo de faculdade e prática clínica, finalmente eu poderia desabafar com minhas amigas. Fui pra casa, me arrumei, busquei a Nat em casa e fomos ao encontro da Duda, que havia chegado em Londrina cedo e ido direto pra casa do "amigo" dela. Quando chegamos no barzinho ela já nos esperava lá.

Duda: Até que enfim, achei que ia ficar a noite inteira esperando por vocês - falava fazendo drama e segurando a risada - Já pedi o nosso whisky Ana e sua caipirinha de sempre Nat

Ana: Que prestativa e exagerada também, como sempre - falei revirando meus olhos e abraçando a dramática a minha frente, Duda e Nat também se cumprimentaram e sentamos para nos atualizar.

Nat: E ai Duda, desencalhou? A Ana me contou que você ta saindo com um carinha aqui de Londrina - disse, fazendo com que Duda me olhasse

Duda: Eh Ana Flávia, é uma boca de sacola mesmo ne? - disse indignada - Estamos nos conhecendo Nat

Ana: Conhecendo o corpo um do outro só se for ne Eduarda - disse revirando os olhos

Duda: Vai caçar o caminhão que você caiu menina - disse rindo - Mas não é uma mentira - riu ainda mais - Mas e você Natalia, até parece que já marcou casamento pra cuidar da minha vida amorosa? - sempre tão querida essa Eduarda - E você Na'flávia, já marcou o casamento?

Seu lindo sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora