Capítulo 50

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A sanfona começou a tocar em uma música dançante, olhei pro lado e a Nat estava do meu lado, ele ainda iria fazer eu passar mal com essas composições dele, eu amo ele de todo meu coração, sabia que ele tava tentando me provar que tinha mudado, mas o medo ainda estava muito presente no meu coração. Senti a Nat me cutucar apontando pra ele que me olhava no momento que começou a cantar

"Quanto custa um lote no seu coração?

Que eu tô querendo investir

Que eu tô querendo você pra mim

Meu plano é construir uma casa grande aí dentro

E nunca mais sair

Eu já consultei meu coração sobre esse investimento

E ele mandou agir

Você é sol quente no meio do frio

Minha verdade em primeiro de abril

Chuva forte em seca nordestina

É o melhor negócio da minha vida

É sol quente no meio do frio

Minha verdade em primeiro de abril

Chuva forte em seca nordestina

É o melhor negócio da minha vida

Se eu imprimir a escritura agora e aí, 'cê assina?

Deixa esse teu peito ser minha casa minha vida

Ó o xote, vai!"

A música acabou e meu coração estava disparado, vi ele vindo em minha direção e gelei, ele não seria doido, seria?

Gustavo: É pra você, caso não tenha ficado claro - disse baixinho no meu ouvido, deu um beijo no meu rosto e voltou pro palco, pra continuar o show. Em um determinado momento ele chamou todos os formandos pro palco e foi uma bagunça enorme. Ele terminou o show e voltamos pra onde minha família e amigos estavam, peguei um copo de bebida e estava bebendo aos poucos, de repente Duda parou na minha frente com uma garrafa de tequila e me intimou a tomar um shot, argumentou que era meu dia e que eu precisava comemorar. A partir daquele momento, foi ladeira abaixo, senti meu corpo relaxar pela bebida e estava rindo aos 4 ventos, dançava com as meninas quando um sertanejo começou a tocar, senti Gustavo me puxar pela cintura, me dando uma "juntada" que fazia minhas pernas ficarem bambas, estávamos dançando, quando ele deu um meio giro comigo e colocou minhas costas do peito dele, continuamos dançando, quando ele sussurra no meu ouvido

Gustavo: Assim você me mata Aninha, já te disse, mas você está tão linda, tem tanto marmanjo babando em você - disse em um tom de ciúmes me fazendo rir

Dançamos mais um pouco juntos, dividi ele com minhas amigas, com minhas primas, nos divertimos tanto e bebi mais um pouco. Um tempo depois todo mundo quis ir embora, estava me sentindo mais animada que qualquer outro. Nos dividimos nos carros e obviamente ele não desgrudou de mim, assim que entramos ele me olhou

Gustavo: Posso te fazer uma pergunta? - perguntou baixinho

Ana: Pode ué - olhei pra ele

Gustavo: Você tá se relacionando com alguém? - me perguntou e eu franzi o cenho

Ana: Não, de onde você tirou isso? - perguntei confusa

Gustavo: De lugar nenhum, só queria saber - disse e ficou quieto.

Fomos o caminho todo dando risada e conversando, alguns foram pra casa dos meus pais, alguns pro hotel e o Gustavo e a Duda, tinham ido pra minha casa comigo, chegamos e o Gustavo correu pro banheiro tomar banho antes de todo mundo, eu fui pro meu quarto e entrei no chuveiro lá, não via a hora de tirar aquele vestido e aquela maquiagem. Coloquei uma camisola preta, tinha combinado com a Duda que dormiríamos juntas e ela despacharia o Gustavo pro quarto de hóspedes. Sai do banheiro e pra minha surpresa ou não tão surpresa assim, ele estava deitado na minha cama, só de cueca.

Ana: O que você tá fazendo aqui seu cara de pau? - perguntei já rindo

Gustavo: Vim dormir com você ué, tô aproveitando que você tá felizinha e me deu uma trégua da geleira que estava me mantendo - disse fazendo cara de convencido

Ana: Você não tem vergonha na cara - dei risada, conferi se a Duda já tinha deitado, apaguei todas as luzes e voltei pro quarto, apagando a luz e deitando do lado dele

Gustavo: O teu objetivo é me matar hoje Ana Flávia? - ele falou e deitou com a barriga pra cima, passando a mão pelo rosto

Ana: O que eu fiz? - perguntei inocentemente

Gustavo: Essa sua camisola preta, ta tirando minha sanidade - continuou com os olhos fechados

Ana: Eu não fiz nada, eu achei que a Duda que iria dormir comigo - disse a ele - a culpa é sua que se infiltrou na minha cama

Gustavo: Ana Flávia, você não sabe o perigo que corre Ana Flávia - disse e eu dei risada. Virei de costas pra ele, me preparando pra dormir, quando senti ele me abraçar por trás

Ana: Desgruda Gustavo - falei rindo

Gustavo: Não vou desgrudar - falou e se aconchegou mais em mim, estava fazendo carinho na mão dele, quando senti a outra descer pra minha coxa, subindo de forma lenta e arrepiando meu corpo todo, a mão dele parou na minha cintura e me virou de frente com ele, a mão dele voltou a subir de forma lenta, me deixando ofegante, antes que a mão subisse ainda mais, eu segurei a dele, fazendo com que ele entrelaçasse nossas mãos, colou nossas testas e roçou os lábios dele nos meus.

Ana: Gu - disse em um sussurro

Ele acabou com nossa distância, colando nossos lábios em um beijo envolvente, levei minha mão até a nuca dele, puxando os cabelos dele, que saudades eu sentia da boca dele na minha

Gustavo: Que saudades do seu beijo Aninha - sussurrou e eu tomei a iniciativa de beijar ele novamente, aprofundamos o beijo e senti ele puxar minha perna pra cima dele, quando eu percebi que as coisas iriam avançar, fui diminuindo a intensidade do beijo, até fazer ele se afastar

Ana: Acho melhor a gente parar por aqui Gu - disse sentindo meu corpo pegando fogo

Gustavo: Tudo bem Ana - disse respirando fundo e passando a mão no meu rosto, eu sabia que pra ele era bem mais difícil, visto que ele deveria ficar dolorido - vamos dormir vai - disse, me dando um beijo na testa e me aconchegando nele - Boa noite minha princesa, eu te amo.

Ana: Boa noite ursinho, eu também amo você, aliás, obrigada pela música - disse isso com os olhos já fechados, sentindo o sono tomar conta do meu corpo

Gustavo: Não precisa agradecer, você é minha musa inspiradora - disse e senti que ele estava sorrindo

Seu lindo sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora