Seu lindo sonho

Capítulo 31

VOLTEI!!!! Caras leitoras, sei que todas estão ansiosas pelo momento que eles irão ficar juntos, mas a estória está sendo construída aos poucos, se eu colocasse eles juntos do nada, ficaria sem nexo. Tenham calma, que tudo vai se resolver. Tem mais um capítulo pronto e logo logo eu retorno aqui. Comentem bastante e me digam o que vocês acham que vai acontecer no próximo cap. Beijos, boa leitura!!!

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Ana narrando

Assim que voltamos pra casa, o Gu me levou pro aeroporto e eu embarquei, longe do Gustavo, eu refleti sobre tudo que tinha acontecido durante aqueles dias em São Paulo, entendia o motivo do Felipe ficar bravo, estávamos há uma semana do nosso casamento e eu estava na casa da família daquele que eu sabia que ele não gostava e mesmo ele não tendo ficado feliz com a minha decisão de ir, ele tinha ido me esperar na faculdade com flores, mesmo que eu não gostasse muito, confesso, ele não merecia isso. Cheguei em Londrina, pedi um uber pra minha casa, deixei minhas coisas, comi uma coisinha rápida, peguei meu carro e fui em direção a clínica que eu fazia meu estágio, eu amava estar lá, fazendo o que eu amava, junto dos meus pequenos que eu era apaixonada, pelo menos em uma coisa eu havia feito a escolha certa e estava trilhando caminhos felizes. Quando estava saindo da clínica avisei Felipe que estava indo pra casa e pedi pra ele me encontrar lá, que me respondeu apenas com um "ok". Avisei ao Gustavo também que a viagem havia sido tranquila, porque conhecendo a peça, ele não pararia de ligar até eu dar um sinal de vida. Não sabia como agiria com Felipe, após o beijo que tinha trocado com o Gustavo, ele sabe quando eu minto pra ele ou quando estou escondendo algo. Cheguei em casa, tomei um banho e enquanto me vestia, ouvi a porta da sala ser aberta

Ana: Já estou indo Fe - disse alto para que ele me ouvisse, mas não tive uma resposta, quando terminei, sai do quarto e fui procurar por ele que estava sentado na mesa da cozinha, com um olhar perdido

Ana: Oi - disse em saber muito como começar a conversa

Felipe: Oi - disse com o semblante cansado

Ana: Acho que eu tenho que começar a falar né, me desculpa por não ter avisado que tinha perdido a hora e que voltaria mais tarde de São Paulo - comecei falando - desculpa por ter feito você de bobo na frente da minha faculdade

Felipe: E vai ser assim até quando Ana? - me perguntou

Ana: Não entendi, assim como? - indaguei confusa

Felipe: Eles sempre sendo sua prioridade, eles não podem ligar que você vai e move céus e terras por eles - falou - Você tem noção do que eu passei na sua faculdade? Eu, seu noivo, não sabia onde você estava

Ana: Você tem razão em ficar chateado e eu te pedi desculpas, mas não é pra tanto, eu não fui pra São Paulo pelo Gustavo, eu fui pela mãe dele que me chamou, mãe essa que sempre cuidou de mim como uma filha e não é porque estou noiva e irei me casar, que vou virar as costas pra quem sempre fez tudo por mim, nunca te proibi de sair com seus amigos ou de ver quem você gosta - disse me sentindo esgotada

Felipe: O problema é que meus amigos gostam de você, já os seus não.

Ana: Quem disse que eles não gostam de você? De onde você tirou isso?

Felipe: O Gustavo não gosta, isso já é o suficiente - falou passando a mão pelo cabelo - e mesmo você sabendo que ele não gosta de mim, você insiste em ser amiga dele

Ana: Ele não gostar de você, não interfere em nada nos meus sentimentos - falei sem entender onde ele queria chegar - Eu não vou acabar com minha amizade com ele por esse motivo, o Gustavo me viu crescer

Felipe: Você vai se fingir de cega até quando Ana Flávia - disse alterando o tom de voz e me assustando - eu e você sabemos muito bem o motivo dele não gostar de mim

Ana: Independente do motivo dele não gostar de você, isso não muda o que eu sinto por você - respirei fundo - vamos parar com isso, estamos há praticamente uma semana do nosso casamento, eu não quero ficar brigando com você, ainda mais pelo mesmo motivo de sempre, por favor Fe - supliquei

Felipe: Então porque você simplesmente não para de dar tanta atenção pra ele desse jeito e acaba logo com essa amizade? Você não consegue perceber que ele é o motivo para todas as nossas brigas?

Ana: Eu não vou entrar nesse assunto de novo Felipe, chega! Eu me afastei o suficiente que eu podia dele, mas excluir ele da minha vida, eu não vou - falei esgotada - ou você entende isso de uma vez por todas, ou podemos acabar com esse noivado aqui mesmo - disse séria, olhando no fundo dos olhos dele

Felipe: Não! Isso não Ana, por favor, eu não sei mais viver sem você - falou vindo perto de mim e se ajoelhando na frente da cadeira que eu estava sentada, segurando minhas mãos - eu só estou inseguro, eu amo você e não quero te perder, por favor Ana

Ana: Então esquece isso, por favor, essa insegurança é boba e sem nexo

Felipe: NÃO É BOBA, MUITO MENOS SEM NEXO - ele gritou me fazendo soltar as mãos dele - me desculpa - passou a mão pelo rosto e levantou - Não é boba, eu acho que as vezes o seu sentimento por ele, vai muito além de amizade - disse sem me olhar - eu morro de medo de te perder pra ele

Ana: Fe, olha pra mim - disse chegando perto dele - Não existe nada disso, confia em mim. Eu te escolhi, escolhi pra ser meu parceiro de vida Fe. Você não vai me perder pra ninguém, muito menos pro Gustavo - falei - mesmo que as vezes pareça que não, mas você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, para de pensar bobagem, por favor. Eu te amo e não vejo a hora do nosso dia chegar

Felipe: Me perdoa, eu nunca senti nada assim por ninguém antes, eu não saberia viver sem você Ana, você é meu porto seguro, você é minha casa e meu lugar seguro - me disse com os olhos cheios de lágrimas - as vezes eu sinto que ele é uma ameaça pro nosso relacionamento

Ana: Ele não é, ele só tem ciúmes como qualquer irmão teria, ele me vê como a irmã mais nova dele Fe, nós fomos criados juntos e eu não posso mudar a relação que nós temos um pelo outro. Mas nós vamos nos casar, seremos uma dupla e ninguém irá nos separar

Felipe: Me perdoa, me perdoa por ser tão inseguro - acariciou meu rosto - Eu te amo

Ana: Eu também - fechei meus olhos sentindo o carinho, sem coragem alguma de encarar ele depois de dizer que também o amava. Eu sentia uma gratidão por tudo que ele fez por mim, e todos os dias pedia a Deus para nascer em meu peito um amor e o dono dele ser pra sempre esse homem que estava na minha frente, porque eu precisava me apaixonar o mais rápido possível por ele.