Capítulo 22

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Ana: Óbvio que sim Gustavo - virei as coisas voltando pra sala, ouvindo a porta fechar e ele vir atrás de mim - eu não me casaria se não gostasse

Gustavo: Mas você disse que me ama - ele falou confuso, cada vez mais perto de mim

Ana: Você não pode fingir que essa conversa não existiu e que eu não escrevi nada naquele convite? Não importa se eu te amo, se eu só gosto do Felipe, o que importa é que eu vou casar com ele e ponto - bufei irritada já com essa conversa, quando percebi já estava entre ele e a parede, enquanto ele mexia no meu cabelo, pedia numa oração silenciosa que Deus me desse autocontrole

Gustavo: Nem se eu te implorar de joelhos pra você desistir desse casamento e tentar comigo? - perguntou baixinho olhando nos meus olhos

Ana: Não Gustavo, não vou tentar nada e não vou terminar meu noivado - disse e tirei a mão dele dos meus cabelos, forçando ele se afastar de mim - Já falei 50 vezes, você está confuso e com medo de perder nossa amizade, e com isso ta se iludindo que podemos ter algo e me iludindo também - respirei fundo

Gustavo: Não quero te iludir não - disse se defendendo

Ana: Você só tá confuso Gu, você só não percebeu ainda - falei e ouvi meu celular tocar, desviei dele e fui ver quem precisava de mim

Gustavo: Ai ai Ana, você está tão enganada com o seu melhor amigo - disse respirando fundo - você ainda vai se surpreender comigo - disse e eu o ignorei olhando a mensagem da minha mãe que me falava pra ir almoçar com eles

Ana: Aham Gustavo, aham - disse sem dar importância - você pode me levar nos meus pais antes de ir embora? Tô com preguiça de dirigir - sorri com carinha de cachorro que caiu na mudança

Gustavo: Quando que eu não faço algo que você me pede Ana Flávia? - disse revirando os olhos e se jogando novamente no sofá - vai se trocar logo

Fui para o meu quarto, pensando na conversa que tivemos durante o café, não tocamos no assunto casamento, só conversamos bobagens e nos provocamos, como a tempo não fazíamos, sorri boba lembrando de como eu me sentia confortável ao lado dele. Escolhi uma roupa confortável pra colocar e fui me trocar, ainda estava somente de lingerie na frente do espelho me olhando, percebendo que eu havia emagrecido, a faculdade e o casamento estavam me deixando louca, mas antes que eu concluísse meus pensamentos e me vestisse, ouvi a porta do meu quarto sendo aberta com tudo

Gustavo: ANA FL... - ele travou quando percebeu que eu estava só de lingerie, a cena pareceu acontecer em câmera lenta, ele me olhando dos pés a cabeça com a boca aberta em choque, eu puxando a coberta de cima da cama rapidamente pra me cobrir - Nossa Senhora - respirou fundo e eu dei dedo a ele, o fazendo rir

Ana: Sai daqui agora Gustavo - disse sentindo meu rosto quente de vergonha - não sabe bater na porta? - disse brava

Gustavo: Eu esqueci

Ana: Ta bom, sai daqui - pedi sem paciência

Gustavo: Você tava quase perfeita Aninha - se aproximou, me puxando pela cintura

Ana: Quase? - perguntei gaguejando

Gustavo: Pra ficar perfeita só se você tivesse sem nada, com meu corpo por cima do seu - disse sussurrando, me fazendo engasgar

Ana: Sai daqui agora - disse empurrando ele pelo peito e ele saiu rindo

Tranquei a porta do quarto, passei a mão pelo meu rosto pensando que ele iria me deixar louca. Me vesti e sai pra encontrar ele sentado no sofá mexendo no celular, chamei o insuportável indo em direção a porta, sem olhar pra ele, estava morrendo de vergonha e sabia que quando ele abrisse a boca, seria pra soltar alguma piadinha. Descemos até a garagem entrando no carro e em meio a conversas e risadas ele estacionou na frente da casa dos meus pais, antes que eu conseguisse descer do carro, leia fugir dele leitora, ele me puxou pra um abraço, dando um beijo no meu pescoço fazendo meu corpo inteiro arrepiar

Ana: Vai com Deus ursinho, se cuida e não corre na estrada - disse me afastando dele e olhando nos olhos

Gustavo: Vou me cuidar, prometo - disse sorrindo de lado

Ana: Beijo Gu - disse descendo do carro, mas antes que eu fechasse a porta, ouvi ele me chamar

Gustavo: Te amo, não esquece, qualquer coisa me liga

Ana: Também te amo cabeção, me avise quando chegar - fechei a porta e fui em direção a porta da casa dos meus pais, ouvindo ele dar a partida no carro

Seu lindo sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora