Devaga, Any colocou os pés sobre o banco, olhando de soslaio para josh, verificando se ele irá achar ruim, mas o mesmo apenas sorriu para ela, levando a mão que estava na marcha para bagunçar seu cabelo como se dissesse que
tudo bem.- O meu pai surtava quando eu fazia isso no carro dele - ela disse, mais relaxada e confortável. - Eu não consigo evitar, de repente meus pés estão no banco.
Josh riu baixinho.
- Não se preocupe com isso, pode colocar os pés nos bancos de todos os meus carros - ele falou.
Any sorriu.
- Você é quase uma figura paterna só que de uma forma boa - ela brincou.
Josh revirou os olhos, xingando baixinho sobre como ela era um pesadelo.
- Você tem muito daddy issues para alguém do
seu tamanho - ele rebateu.Ela deu de ombros.
- O meu pai sempre foi a única pessoa de que eu me lembro. Não que ele tenha estado comigo exatamente, mas ele não me deixou morrer de fome e sempre voltava para casa - ela disse. - Mas quem saber? Você foi adotado aos oito anos, eu sei disso, li sobre você. E antes de ser adotado, morava em Detroit. Tem que ter algum "issues", só que você já é adulto e bem resolvido.
Josh acabou rindo, balançando a cabeça, e então deu de ombros.
- Tem razão, até os oito a minha vida foi um "issues" infinito - contou, prestando atenção na estrada. Estava chovendo, mas as ruas estavam movimentadas aquele horário, e eles levariam um tempo para chegar aonde precisavam. Minha mãe era uma prostituta.
Ele observou pelo espelho retrovisor Any piscar os olhos rapidamente.
- Uma profissão e tanto - ela comentou.
Ele negou.
- Não, ela era prostitua porque era viciada em metanfetamina, e acho que esse era o jeito mais rápido dela conseguir dinheiro. E ela fazia sucesso com isso, era bonita demais, e logo arrumou um cafetão, claro. Ele era... o pior tipo de homem possível.
- Era seu pai?
- Não. Eu tinha três anos quando ela começou com as essas coisas, mas também não sei quem é meu pai, sempre foi ela apenas.
Any assentiu, apoiando o queixo nos joelhos,
prestando atenção no outro.- E onde ela está agora? Você foi para o conselho tutelar? Por isso foi adotado pelos seus pais? - ela disparou.
- Nao. Ela teve uma overdose e morreu. O cafetão percebeu que uma criança não dava tanto dinheiro quanto ele pensava, não se a criança surtava com qualquer um que chegasse perto dela.
Any arregalou os olhos.
- Você...?
- Não, não - ele negou rapidamente. - Não chegou a acontecer nada, esses caras não tem paciência para criança. Então ele só me deixou trancado em casa e nunca mais voltou. A polícia chegou quatro dias depois.
- Quatro dias!?
- E a médica que cuidou de mim era a Úrsula, enfim, você pode imaginaro que aconteceu.
- E a sua mãe?
- Encontraram o corpo dela atrás da casa, disseram que foi overdose, que ela injetou uma quantidade absurda. Mas sei lá... Eu acho que ela viu demais o que não devia. Ele não se preocupou em perder alguém que dava muito dinheiro para ele, e você só não se preocupa daquele jeito porque teria algo muito mais a perder.
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A garota do dom - 50 tons
FanfictionAny é uma mercadoria, ela sabe disso, só não sabia que existia alguém que poderia ser tão apegado a uma compra, principalmente um dos maiores vendedores do país. Adaptação da: @PudinzinhoAzul 💖