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Any não viu mais Josh naquela noite, ele havia seguido com heyoon para o escritório e lá ficaram por horas enquanto a morena via filmes na sala, até que se cansou e subiu para o quarto.

Ignorou completamente todos os sentimentos amargos que lhe abateram. Não podia ser aquele tipo de garota. Heyoon estava ali bem antes dela, heyoon sempre esteve e ela não iria sumir só porque Any chegou.

-  Ei, carinha, você por aqui - ela cumprimentou Ratatoulle, o encontrando debaixo de seu travesseiro quando fora o ajeitar para se deitar.

- Tem que ficar na sua caixa, por favor, filho - falou, pegando o bichinho vestido numa regatinha vermelha e então o colocando em sua caixa de papelão. - Não me olhe assim, vai acabar fazendo xixi na minha cama ou então eu vou rolar por cima de você. Já conversamos sobre isso, nada de dormir na cama da mamãe.

A porta de seu quarto sendo aberta a assustou um instante, e fez Ratatoulle voar para se esconder em sua caixa.

- E eu posso? - Josh murmurou, fechando a porta de volta atrás de si.

Any o encarou, levantando uma das sobrancelhas. Ele estava vestido apenas com calça de dormir, o cabelo úmido e o cheiro gostoso de banho tomado e shampoo invadiu quarto e sua mente.

- Quer dormir na minha cama? - ela questionou, surpresa.

Josh deu de ombros.

- Eu quero dormir com você, na verdade, na sua cama ou na minha, até no chão pode ser - ele respondeu.

Any se sentou na própria cama, distraída em arrumar o edredom.

- Nao sei se me sinto confortável com isso - declarou.

Josh franziu o cenho e se aproximou dela.

- Estou levando um fora? - ele questionou, o tom foi divertido, mas o olhar denunciava que a pergunta era séria e ele podia estar com certo medo da resposta.

Any passou a mão pelo rosto e colocou as pernas para a cama, se cobrindo.

- Você estava com a heyoon há alguns minutos, ficou por horas, logo depois de ter estado comigo, e sem contar que. - ela deu de ombros, suspirando.

Não queria ser aquele tipo de garota, mas seu coração apertava e sua garganta doía com tudo aquilo. Sabia que não era nada demais para Josh, mas para ela era, e para ela era muito mesmo.

-A primeira coisa que você fez quando chegou de viagem também foi estar com ela... por horas. Eu não sei o que vocês tem, mas eu não quero ficar no meio disso, ou de escanteio, sei lá. Não me arrependo do que aconteceu no carro, eu quis, de verdade, e não trocaria nem um segundo, mas também não quero ser estepe para quando a loira na estiver aqui - declarou.

Ela deitou a cabeça no travesseiro, se arrumando de lado, e cobriu até metade do rosto como edredom. Jamais diria as palavras "eu ou ela", não passaria pela humilhação de ser rejeitada pois com toda certeza ele escolheria a outra, então preferia apenas acabar com tudo enquanto ainda era tempo, enquanto ainda podia salvar seu coração.

Porque ela podia salvar seu coração, não podia? Era importante para Josh e ele era importante para ela, mas na vida em que viviam aquilo era o máximo que podiam ser um para o outro.

- Vou deixar uma coisa bem clara agora: não tenho nada com a heyoon. Não estava trepando com ela quando eu cheguei de viagem e muito menos hoje. Acha que eu sou filha da puta de tirar sua virgindade numa hora e na outra está transando outra mulher?- ele resmungou de forma irritada, mas então suspirou, passando a mão pelo rosto.

Sabia que precisava ter paciência com Any. Com qualquer outra, ele teria reclamado sobre não ter que dar satisfação e muito estar preso a nada, não tinha dona. Mas com Any ele queria resolver, queria que ela entendesse, e precisaria explicar para que a garota pudesse fazer aquilo.

A garota do dom - 50 tonsOnde histórias criam vida. Descubra agora