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Josh percebeu que Any estava perto porque as luzes vermelhas de emergência se explodiram também diante de sua fala, e ele quase riu por sua reação, se Lincoln não tivesse agarrado seu pescoço e pressionado a arma contra sua cabeça.

- O que ela está fazendo!? - gritou.

Lincoln não era um homem experiente naquilo, sempre ficou atrás de uma mesa e de um telefone mandando em todo mundo, até a forma que segurava a arma era insegura porque nunca havia feito aquilo. Ele era apenas um homem que perdeu tudo e estava desesperado, heyoon havia se aproveitado daquilo, de alguém que não tinha mais o que perder e faria de tudo para ganhar o que fosse.

- Não faço ideia - murmurou, tentando inclinar a cabeça, já ficando sem ar como outro pressionando o braço contra sua garganta.

- Ela está aqui porque você mandou, claro que sabe. O que ela está fazendo, porra!? Eu juro que vou cortar a garganta dela!

- Eu não controlo ela - declarou, e engoliu em
seco porque aquilo era muito verdade.

Os passos foram pequenos e lentos, e com confiança demais Any entrou pela porta, todos apontaram as armas para ela, até mesmo Lincoln se afastou de Josh para fazê-lo. Mas ninguém pôde atirar, não quando ela tinha as mãos para cima e segurava duas bombas.

- Encontrei num dos carros - ela falou. - Acho que vai fazer um estrago se eu deixar cair - comentou, encarando distraidamente uma das bombas.

Josh pressionou os lábios.

Que porra ela estava fazendo?

Any não batia bem da cabeça, ele sabia, ela era impulsiva e maluca a ponto de jogar a bomba em cima deles nem se importando que os dois iriam morrer também.

Puta merda.

- Espera, espera - um dos soldados de Lincoln falou, se aproximando. - Me da isso, garota, vai explodir todo mundo aqui se deixar cair.

- Eu gosto de explosões - ela rebateu, dando um passo para trás.

- Atirem logo nela! - Lincoln gritou.

- Se atirarmos as bombas caem, todo mundo morre, porra! - o outro gritou.

- Eu sabia que não deveria estar aqui, que isso não ia dar certo - outro começou a resmungar.

- Ela não vai soltar isso, vai morrer também - Lincoln falou.

Ana deu de ombros.

- A única coisa que importa aqui é que você vai morrer, do mesmo jeito que os outros já morreram também.

Os soldados se mexeram, desacreditados.

- Brad, fala comigo? - um deles falou pelo rádio.

- Jason? -O outro chamou também pelo aparelho.

- Equipe de frente, responda!

Any pressionou os lábios num sorrisinho.

- Haviam dezessete homens, não tem como você ter matado todos eles!

Any levantou uma das sobrancelhas.

- Eu tenho uma proposta - anunciou. - Vocês podem sair, não tem nada a ver com isso e só caíram na conversa de um amnador. A única pessoa que eu vim atrás é do Lincoln. E vocês devem ter família, pessoas para quem querem voltar...

Não foi com orgulho que os três soldados que restaram sequer olharam para trás enquanto seguiam para a porta de forma rápida. Lincoln não conseguiu ter reação diante a traição, pois assim que os homens chegaram do lado de fora, os gritos foram audíveis e um som horrível se propagou pelo lugar.

A garota do dom - 50 tonsOnde histórias criam vida. Descubra agora