A garota do dom - 50 tons

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Any estava confortavelmente deitada na cama - que nem era dela e indo contra as ordens médicas -e recostada no travesseiro - que também não era dela enquanto olhava para a TV o noticiário das 20h.

Anunciava a morte de Josh Beauchamp, o caso todo remetia a um sequestro relâmpago que deu errado e os sequestrados e a vitima morreram numa explosão num balcão abandonado.

Any se perguntava como Josh iria arrumar aquela merda toda. Ou se ele estava pelo menos se preocupando com aquilo. Que era o que não parecia já que haviam se passado quase duas semanas e ele não acordava por pura preguiça.

Flynn havia dito que o corpo dele ainda não estava pronto, mesmo com os aparelhos desligados, ele não havia acordado ainda. Uma semana inteira.

- Você fica dormindo e o mundo pegando fogo- Any comentou, voltando a zapear pelos canais.

Estava deitada ao lado de Josh, encolhinha ao seu lado enquanto Flynn ainda não havia ido expulsa-la dali e reclamar que ela estava "apertando" o paciente ao se deitar com ele na cama que claramente só cabia o mesmo.

- Fica mesmo na preguiça, vai ter um monte de B.O para resolver quando acordar, e eu vou ficar só de pernas para o ar porque não vou te ajudar - resmurngou.

Ela olhou de soslaio, percebendo que Josh nem sequer respirou diferente.

- Se você acordar agora, eu tiro a roupa para você- tentou, se aproximando de seu ouvido para dizer baixinho. - E ainda fico sem arrumar problemas por... hã, uma semana. Eu não bato em ninguém e nem brigo com você. Deveria aceitar, eu nunca ofereci um acordo tão bom, e ainda vai me ter sem roupa.

Ela observou o peito dele subir e descer totalmente uniforme, seus olhos sequer triscaram também.

- Saiba que estou me sentindo especificamente ofendida agora - declarou, e então suspirou, descansando a cabeça em seu ombro. - Acorda, por favor. Sinto sua falta. E você nunca nunca mais vai me escutar dizendo essas coisas, deveria aproveitar e acordar e rir de mim por estar tão melosa. Eu aguento.

A porta do quarto se abriu, a um Flynn nada contente entrou.

- Hora de sair, Gabrielly, o Dom precisa de paz - resmungou.

Ele parou de ter medo dela no segundo em que a garota acordou, segundo ele, ela era insuportável, e se o matasse estaria fazendo um favor, e se ele a matasse aguentaria as consequências com prazer também.

Okay que Any estava deixando todo mundo louco, mas também estava surtando com tudo aquilo. Estava uma bagunça lá fora, a notícia de que Dom havia caído era séria, e estavam aguardando o momento em que uma guerra iria começar. Se Josh não acordasse logo, não sabiam se poderia ter conserto algum dia o desastre que iria desatar. Sayvwer e Noah sequer tiveram tempo de se recuperarem de verdade, tentando estabelecer a ordem entre as gangues da cidade - e do país. Sem contar que não faziam ideia de aonde sina poderia estar, somente Josh podia dar aquela informação, ele tinha dito a verdade quando disse que ninguém sabia da rota de fuga.

Any havia tentado ajudar - mas segundo Noah,
ela só havia piorado porque em vez de garantir que estava tudo ordem, ela matou cinco capangas de um dos líderes de uma gangue importante da cidade.

Então ela foi decretada a ficar dentro do banker onde ainda estavam escondidos em segurança, para o desespero dos que tinham que ficar lá também porque assim ela deixava todo mundo louco.

Ninguém a controlava - a não ser Josh. E era como se todos esperassem logo que ele acordasse mais para segurar a menina do que realmente por se importarem. O que era um absurdo, mas não podia ser julgado também.