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Quando finalmente a Range Rover parou aos arredores da mansão, onde geralmente ficavam os carros de Josh, Any abriu os olhos, admirando a grande estrutura ao lado, o campus iluminado por luzes de papel e postes em volta, a varanda com a luz acesas e alguns cômodos da casa também. Parecia ter sido meses que passou longe, mas fora apenas um dia eterno.

Um dia que a cansou e a fez viver por um ano inteiro - pensou.

Tirou o cinto de segurança e abriu a porta, mas quando percebeu que Josh apenas se recostou no banco, se virou para ele.

- Você não vem? - questionou.

Ele fechou os olhos, se recostando contra o banco, do mesmo jeito que ela havia feito antes, e então suspirou.

- Só preciso de um minuto - repetiu a fala dela.

Ele havia lhe respeitado, Ihe deixou em silencio e ainda acariciou seu cabelo durante todo o caminho, e Any não ia admitir, mas aquilo lhe fez absurdamente bem.

- Posso ficar? - ela perguntou um pouco tímida.

- Você precisa entrar, está frio. E tem que tomar banho também, pode ter alguma parte do sangue dele em você, e eu tenho que... - ele suspirou novamente quando Any apenas voltou a fechar a porta e colocou os pés sobre o banco.

- Vou ficar quietinha, prometo - disse, abraçando os joelhos.

- Isso é possível? - ele ironizou.

- Você não tem muita fé enm mim, né? - ela deu de ombros.

- Na verdade, eu tenho muita, muita fé em você - disse, e então abriu os olhos para olhar para ela. - Chega a ser assustadora a forma como eu confio em você.

- Não confia em mim, só confia no fato de que eu nunca conseguiria te derrotar.

- Acredita mesmo nisso?

Ela pressionou os lábios um no outro, e então desviou o olhar. Ela acreditava sim. Acreditava porque não achava que poderia haver motivos para Josh confiar nela.

Ele levou a mão até ela, chamando sua atenção novamente e ganhando seus olhos sobre si.

- Sabe, existe um motivo para ninguém saber quem eu sou - ele comentou.

- Para ninguém ir atrás de você de verdade. Se não o conhecem, não podem te pegar.

- Não, se não me conhecem, não sabem o que é importante para mim - ele corrigiu. – Nunca poderiam fazer nada contra mim de verdade, Any, se me pegam, e dai? Vão me torturar para que? Ninguém nunca vai ser eu, não temo que tirarem de mim se estão comigo.

Any engoliu em seco, acompanhando o raciocínio do outro.

- E se não sabem quem eu sou, como poderiam conseguir algo de mim? Não sabem quem são meus pais, meus amigos, onde é minha casa... Não sabem de nada, não podem barganhar com nada, então precisam se curvar a mim, porque eu não tenho a perder contra eles... – contou, e então levou a mão que estava sobre Any, para seu queixo, levantando seu rosto. - Até agora confessou.

Ela franziu o cenho.

- Como assim? - questionou confusa.

- Ninguem nunca descobriu nada sobre o Dom, eu sempre me esforcei mais do que até o impossível para isso. Mas agora, de alguma forma, sabem sobre você, sobre sua importância para mim.

Any não soube o que dizer. Sabia que era importante, ela conseguia desvendar coisas sobre as missões, conseguia ajudar Sawyer em lugares pequenos, e Noah adorava que ela era uma pequena amiga para Sina. Aquela era a sua importância, mas não era uma importância insubstituível.

A garota do dom - 50 tonsOnde histórias criam vida. Descubra agora