A garota do dom - 50 tons

18

Any ouviu de longe o telefone tocando, não era dela, ela sequer tinha um, mas a insistência a fez sair do quarto pela primeira vez no dia.

Josh havia saído há algumas horas, e seu coração não acalmou desde então. Era engraçado, ela sabia se defender, ele sabia se defender, ela tinha uma arma ao seu lado, tinha todas as estratégias rápidas em sua cabeça, ninguém poderia entrar na casa porque ninguém sabia o novo código de segurança, mas... mas ela não relaxava desde o segundo que Josh passou pela porta.

Desceu as escadas, ainda escutando o irritante
som do telefone tocando, chegando até o escritório de Josh. Antes de abrira porta, ela teve sina entrando no corredor apressada.

- Esse telefone nunca toca quando Dom não está em casa, as chamadas são redirecionadas para o telefone da empresa - ela comentou, abrindo a porta.

- E você vai atender? - Any questionou.

Seu coração batia rápido e apertado, tudo era motivo para estar em alerta de repente, até o bendito telefone tocando de repente.

- E se for importante? - sina  deu de ombros, mas também não pegou o aparelho do gancho.

Era um telefone sem fio, moderno, e no configurados de chamadas tinha apenas a palavra NOTE aparecendo. Any se sentiu como num filme de terror.

Ignorando as probabilidades, Any pegou o telefone. Como alguém poderia matá-la com uma ligação também? Não havia como ter perigo.

- Alô - ela murmurou baixinho.

- Any - a voz de Josh fez o coração e toda a tensão de Any desabar em um milésimo. Ela suspirou de forma audível. - Está tudo bem?

- Está, está sim - ela se apressou em dizer, engolindo em seco. - Eu só... não fazia ideia de quem poderia ser.

- Eu queria que você atendesse, mas lembro de ter deixado ordens de que não era para entrar no meu escritório - ele resmungou. Ela revirou os olhos - De qualquer forma, preciso ser rápido. Há um compartimento na parede ao lado da porta, é um sensor, só tocar no lugar certo, a senha é 2123, você vai saber o que fazer com o que encontrar.

- Você quer que eu faça isso agora? - ela perguntou, se aproximando da parede.

- Assim que desligar - sua voz estava urgente, mas também numa espécie de suspiro.

- O que está acontecendo? - Any disparou, sentindo o coração apertar.

- Estão cercando o prédio - ele contou. - Não vou arriscar as pessoas que estão aqui, são inocentes e não tem nada a ver com isso.

- Como assim? Do que você está falando? Sai logo daí! - ela bradou.

- Não dá. Seria um desastre. Pelo menos assim
vão saber que Josh Beauchamp quem foi pego, a polícia vai atrás, a mídia vai estar em cima. Não vão agir muito rápido, vão ter que se preocupar com a exposição. Isso vai te dar tempo. Escuta, você precisa fazer exatamente como está nas instruções, se não vai dar certo, e eu juro que se fizer merda e ser pega, eu consigo sair de lá só para te dar uma surra - ameaçou.

Any não perdeu tempo em rebater, sua mente processando o que Josh estava dizendo.

- Você quer se deixar ser pego? Eles vão te matar.

- Não vão. Precisam de mim - respondeu.

- Vão te torturar - ela corrigiu.

- Faz o que eu estou mandando - mandou.

- Não é "faz o que eu estou mandando" como se eu não me importasse - ela brigou. - Para de ser babaca. Não está tudo bem você ser machucado. Que porra, Josh.