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Estreito, apertado, o seu tamanho tão certo que ela as vezes agarrava no espaço e precisava se esforçar para conseguir ir a frente, e o pior: não conseguia voltar. Precisava seguir em frente até o fim, e depois o mesmo caminho também de frente. Tentava se concentrar em lembrar as vias que precisava virar mesmo escutando a voz de Reynolds pelo ponto em seu ouvido. Foi um pouco confuso entender como funcionava as escutas: ela escutava todo mundo, era isso.

Josh estava num grande salão acima dela, onde havia um baile beneficente acontecendo, e a garota precisava colocar os sensores de movimento em um único cômodo, era o lugar que precisava encontrar, abrir uma fresta e com ela atravessar do chão do salão e entregar o "pacote" para Josh. Era uma escuta gravadora, que Josh precisava gravar a confissão sobre algo de alguém. Reynolds havia lhe explicado que era proibido o uso de tais coisas no evento, mas que era muito importante josh conseguir aquela gravação por isso aquela algazarra toda para conseguirem.

- Voce vai encontrar um viés, é aonde tem a primeira pilastra. Tem que contar sete, na sétima começao escritório, e aí você procura a corrente de ar - Reynolds falou.

- Dom vai entrar no escritório em sete minutos, precisa ir mais rápido - Saywer falou do outro lado. - Não deixa cansar, da impulso com os pés e não com os braços, os cotovelos você só apoia - instruiu.

Any preferiu não falar nada, guardando fôlego. Aquilo era pior do que fazer flexões e abdominais, e ela sabia que se não estivesse treinando naqueles dias, não conseguia chegar nem na metade do caminho.

Não vendo a hora de chegar ao fim, aonde felizmente conseguiria andar livremente, ela se apressou mais, pensando no pote de ouro (suas pernas esticadas).

- Dom esta-e-le... Any-y... - a voz de Reynolds se
perdeu quando a garota avançou um pouco mais.

O coração de Any disparou, mas ela não tinha como voltar para saber se era interferência, pois tinha uma um cano de água passando do esgoto passando bem acima de sua cabeça, e outro ao seu lado agora. O barulho era ensurdecedor.

Tentando não entrar em pânico, Any seguiu mais rápido seu caminho, acabando por chegar no fim, onde precisaria dar um jeito de não cair de cabeça, mas chegar ao chão.

Era nojento, o cheiro era insuperável, e ela queria vomitar só de pensar que se não conseguisse se segurar sua cabeça entraria naquela água podre. Com insegurança, ela não conseguia sair, pensando na melhor estratégia, e sem Reynolds ou Saywer lhe dando dicas, se sentia perdida e com certo medo.

Deu um grito alto que ecoou pelos cantos e reverberou contra seu corpo com o som quando viu algo subindo pelo canto. Quase que por reflexo acabou de arrastando para fora, provavelmente por sobrevivência automática de seu corpo em não cair de cara naquele mofo corrido de água preta, conseguiu se segurar nos canos ao lado e colocar os pés no chão antes de cair com tudo.

Respirando fundo, e se arrependo no mesmo instante por conta do cheiro, ela mirou o trocinho que havia lhe assustado.

Era um rato.

Um ratinho de tamanho médio com um rabo maior que ele, parecia mais assustado que ela provavelmente por ver alguém ali, tentando fugir a todo custo.

Any tentou não pensar no fato em que ele estava seguindo pelo caminho que ela teria que voltar, e se concentrou em correr para colocar os sensores. Precisava encontrar Josh e lhe entregar o pacote, e sentia que havia perdido muito tempo ja.

Ainda sem qualquer comunicação, seguiu tocando nas paredes, as mãos revestidas em luvas antiderrapantes e grossas, quando percebeu aonde não havia corrente de águae sim de ar, colocou o produto que Reynolds havia lhe dado.

A garota do dom - 50 tonsOnde histórias criam vida. Descubra agora